terça-feira, 26 de março de 2013

A Lenda da Caridade



Diz interessante lenda do Plano Espiritual que, a princípio, no mundo se espalham milhares de grupos humanos, nas extensas povoações da Terra.

O Senhor endereçava incessantes mensagens de paz e bondade às criaturas, entretanto, a maioria de desgarrou no egoísmo e no orgulho.

A crueldade agravava-se, o ódio explodia...

Diligenciando solução ao problema, o Celeste Amigo chamou o Anjo Justiça que entrou, em campo e, de imediato, inventou o sofrimento.

Os culpados passaram a resgatar, os próprios delitos, a preço de enormes padecimentos.

O Senhor aprovou os métodos da Justiça que reconheceu indispensáveis ao equilíbrio da Lei, no entanto, desejava encontrar um caminho menos espinhoso para a transformação dos espíritos sediados na Terra, já que a dor deixava comumente um rescaldo de angústia a gerar novos e pesados conflitos.

O Divino Companheiro solicitou concurso ao Anjo Verdade que estabeleceu, para logo, os princípios da advertência.

Tribunas foram erguidas, por toda parte, e os estudiosos do relacionamento humano começaram a pregar sobre os efeitos doma ledo bem, compelindo os ouvintes à aceitação da realidade.

Ainda assim, conquanto a excelência das lições propagadas repontavam dúvidas em torno dos ensinamentos de virtude, suscitando atrasos altamente prejudiciais aos mecanismos da elevação espiritual.

O Senhor apoiou a execução dos planos ideados pelo Anjo da Verdade, observando que as multidões terrestres não deveriam viver ignorando o próprio destino.

No entanto, a compadecer-se dos homens que necessitavam reforma íntima sem saberem disso, solicitou cooperação do Anjo do Amor, à busca de algum recurso que facilitasse a jornada dos seus tutelados para os Cimos da Vida.

O novo emissário criou a caridade e iniciou-se profunda transubstanciação de valores.



Nem todas as criaturas lhe admitiam o convite e permaneciam, na retaguarda, matriculados ns tarefas da Justiça e da Verdade, das quais hauriam a mudança benemérita, em mais longo prazo, mas todas aquelas criaturas que lhe atenderam as petições, passaram a ver e auxiliar doentes p obsessos, paralíticos e mutilados, cegos e infelizes, os largados à rua e os sem ninguém.

O contato recíproco gerou precioso câmbio espiritual.

Quantos conduziam alimento e agasalho, carinho e remédio para os companheiros infortunados recebiam deles, em troca, os dons da paciência e da compreensão, da tolerância e da humildade e, sem maiores obstáculos, descobriram a estrada para a convivência com os Céus.

O Senhor louvou a caridade, nela reconhecendo o mais importante processo de orientação e sublimação, a benefício de quantos usufruem a escola da Terra.

Desde então, funcionam, no mundo, o sofrimento, podando as arestas dos companheiros revoltados: a doutrinação informando aos espíritos indecisos quanto às melhores sendas de ascensão às Bênçãos Divinas; e a caridade iluminando a quantos consagram ao amor pelos semelhantes, redimindo sentimentos e elevando almas, porque, acima de todas as forças que renovam os rumos da criatura, nos caminhos, humanos, a caridade é a mais vigorosa, perante Deus, porque é a única que atravessa as barreiras da inteligência e alcança os domínios do coração.

Chico Xavier Autor: Meimei

"A maior caridade que podemos fazer pela Doutrina Espírita é a sua divulgação." Chico Xavier - Emmanuel

sexta-feira, 22 de março de 2013

Mediunidade de Ogã





Ser Ogã é participar de forma efetiva e consciente nos trabalhos. Isso exige conhecimento, concentração, responsabilidade e mediunidade. Sim, mediunidade. O Ogã também é médium, sabia? É o médium responsável pelo canto, pelo toque, pela sustentação e equilíbrio harmônico dos rituais. Diferente do que muita gente pensa, um Ogã pode incorporar, porém a sua mediunidade manifesta-se normalmente de forma diferente do restante do corpo mediúnico. Manifesta principalmente através da sua intuição, das suas mãos, braços e cordas vocais onde os Guias responsáveis pelo toque e pelos cantos imantam os seus médiuns, tal como fazem os demais, e comandam todo setor da curimba. Esses mestres da música atuam ativamente, mas de forma pouco perceptível à grande maioria dentro do ritual de Umbanda e, muitas vezes, são poucos lembrados ou sequer é conhecida a sua existência. Mas não é verdade que todos os Guias da casa saúdam “os atabaques” quando incorporados nos seus médiuns? Na realidade, eles estão saudando seus “colegas anônimos” de trabalho, a magia e força lá assentada e que se manifesta através dos seus médiuns (Ogãs) que os representam junto ao atabaque.

Porém, às vezes, essa atuação “passiva” desses guardiões do mistério do som torna-se “ativa” e acontece uma espécie de “incorporação”: o Ogã toca um ponto ou um toque por ele até então desconhecido e depois esquece-o. Isto deve-se ao fato de todos os Ogãs trabalharem de forma ativa e mediúnica em parceria com esses mentores, profundos conhecedores dos mistérios do som ou da música.

Os atabaques, quando devidamente consagrados e ativados pelos Ogãs, são verdadeiros instrumentos de auxílio espiritual, pois são capazes de canalizar, concentrar e irradiar energias que tanto podem ser movimentadas pelo próprio Ogã como pelas entidades de trabalho para os mais diversos fins.

Salve a Coroa dos Ogãs da Umbanda.

fonte: Umbanda - Força e luz - https://www.facebook.com/UmbandaForcaELuz

Oração dos médiuns na Umbanda




Senhor, agradeço a honrosa tarefa que me foi dada, de servir por intérprete de nossos Orixás, Guias e Protetores, bem assim de espíritos que precisem manifestar-se para a satisfação de suas missões espirituais.

Grato sou por servir de porta-voz aos espíritos de luz ou iluminados, instrutores de irmãos menos favorecidos, que me usam para divulgar os santos ensinamentos, prestando-lhes a assistência e a caridade necessárias a sua redenção ou alívio de suas dores físicas e morais, bem assim resolvendo problemas espirituais que os afligem.

Dá-me, oh! Deus, o esclarecimento devido para que não faça mau uso, não me orgulhe e nem tire proveito dessa faculdade em benefício próprio. Consciente das responsabilidades, procurarei sempre trilhar o caminho do Bem e da Moral Cristã, para ter a assistência dos bons espíritos, nossos guias, desenvolvendo assim, ainda mais a minha mediunidade sempre em benefício de meus semelhantes.

Que pela sua bondade sejam benvindos os Orixás, Guias e Protetores de luz e afastadas as entidades inferiores que venham mistificar ou perturbar os nossos trabalhos, ministrando maus conselhos que induzam a erros irmãos aflitos que aqui vêm em busca de lenitivo aos seus sofrimentos ou de solução para problemas materiais.

Compreendendo meu dever, diante de elogios, procurarei não me orgulhar ou me envaidecer dessa atividade espiritual, pois estou consciente de que os conselhos e orientações dadas aos irmãos que me procuram, não me pertencem, sendo eu apenas um simples instrumento de que se servem os guias para ajudar e amparar os necessitados.

Se, por acaso, alguma vez, inconscientemente falhar em meu trabalho, que a minha humildade aceite resignadamente a crítica corretiva e eu tenha o erro por lição no aperfeiçoamento e progresso da minha mediunidade.

E, assim, compenetrado de meus deveres, aqui fico à disposição dos guias e protetores para a prática do Bem e da Caridade.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Concentração na Umbanda




Vamos falar sobre a Concentração:
(…)
Você está equilibrado emocionalmente e psicologicamente com a sua saúde em perfeito estado? 
São pontos primordiais para uma boa Concentração dentro de um terreiro de Umbanda, ou fora dele. 

Dizemos fora dele, aos Médiuns que estejam prontos e com a permissão do guia chefe do Centro, para desempenhar os seus trabalhos e consultas fora do terreiro. O equilíbrio destas funções é necessário para qualquer Médium em desenvolvimento, ou já desenvolvido, para que possa trabalhar na linha da Fé e Caridade. 

Não é porque um Médium tem vinte anos de mediunidade que ele está sempre pronto para concentrar para qualquer guia ou entidade. Meus irmãos o ato de você se concentrar nada mais é do que você ligar um rádio dentro da sua mente e sintonizar uma estação. Essa estação que você tenta captar é a ligação que você Médium tem com o Mundo Espiritual. Neste momento é que vem a importância de um Centro. 

Queridos e amados irmãos, para você aprender a se concentrar é importantíssimo verificar onde você está pisando e quem vai lhe desenvolver, pois você ira se doar plenamente a essa pessoa. Assim é recomendado que você veja e reflita no que está fazendo, e no passo que irá dar, pois uma vez que você estiver Concentrando em um lugar que não seja de bem, você irá receber a comunicação de Espíritos que não estejam do bem também. 

Para uma Concentração de bem e perfeita, é importante que esses pontos acima estejam em perfeita harmonia com o irmão. 

Para o Médium novo nunca se deve concentrar com o Mundo Espiritual fora de um Centro, sem a presença de seu Médium Chefe. Assim como há irmãos no Mundo Espiritual que queiram ajudar, também tem irmãos que só querem atrapalhar ou mesmo prejudicá-lo. Às vezes não fazem por mal, mas por ignorância ou falta de esclarecimento. 

Existem alguns locais que temos que evitar nos Concentrarmos, a não ser que tenhamos autorização. São eles: encruzilhadas, cemitérios, hospitais, capelas, centros em visita, casa de Exú, pôr brincadeira ou curiosidade.

Concentração: simples:

Peça licença a Deus. 
Peça licença a nosso pai Oxalá. 
Peça licença e proteção ao Dono do Gongá. 
Peça licença e proteção a seu Anjo de Guarda. 
Afaste tudo que estiver tomando a sua atenção. 
Feche os seus olhos. 
Sinta o seu corpo. 
Respire fundo lentamente. 
Bloqueie seus ouvidos para o que tiver escutando. 
Através do pensamento eleve-se e transporte-se até onde você quer chegar. 
Leve o pensamento até quem você quer sintonizar ou chamar. 
Solte o corpo e mente. 
Não fique ansioso. 
Não interfira com outros pensamentos. 
Confie plenamente nos seus guias ou entidades. 
Entre no compasso e nas batidas do tambor se houver. 
Sinta arrepios, calor, frio, vontade de chorar, rir, pular, dançar, felicidade. 

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Deste modo, você está pronto para a incorporação, o irmão abrirá um canal, podemos assim dizer, para o mundo Espiritual. Muito importante também é para que e para quem vamos abrir esse canal!

Na Umbanda nos comunicamos com o Mundo Espiritual através dos guias, Orixás e entidades dentro da nossa filosofia e rituais, bem como já sabemos. 

Um canal aberto sem propósito tende a abrir campo para indesejáveis incorporações nem sempre fáceis de doutrinar. 

Outra coisa muita importante é a Corrente de Concentração.

Quando se abre uma Corrente de Concentração com todos os Médiuns do Centro, os irmãos devem levar o pensamento a Oxalá pedindo força e saúde para o filho que pediu a corrente. Se for uma corrente de descarrego levar o pensamento ao irmão que precisa de ajuda, mas lembre-se Médium novo não pode se concentrar nesta gira. Peçam encaminhamento para o irmão ou irmãos que estão atrapalhando a vida de quem está sendo descarregado. Nunca com ódio nem raiva e muito menos brincadeira. Lidar com o Mundo Espiritual não é fácil, quanto mais se forem irmãos sem esclarecimento.

(…)

Fonte: http://umbanda.wordpress.com/

Hino de Umbanda Linha Branca-Homenagem aos Orixas





Penso no dia que logo vai nascer
E o meu peito se enche de emoção
A esperança embate o meu ser
Eu sou feliz e gosto de viver.

Pela beleza dos raios da manhã
Eu te saúdo Mamãe Iansa
Pela grandeza das ondas do mar
Me abençoe Mamãe Iemanja

A mata virgem tem seu semeador
Ele é Oxossi Oke Oke Aro!
Na cachoeira eu vou me refazer
Nas águas claras de Oxum ai eio

Se a injustiça faz guerra de poder
Valha-me a espada de Ogum, Ogunhe
Não há doença que venha me vencer
Sou protegido(a) de Abaluae

Eu sou de Paz
Mas sou um lutador
A minha lei quem dita é Xangó
A alegria já tem inspiração
Na inocência de Cosme e Damião

Não tenho medo
Vou ter medo de que?
Tenho ao meu lado Nanã Boruque
E essa luz que vem de OXALÁ
Tenho certeza vai me iluminar...

E essa luz que vem de OXALÁ
Tenho certeza vai nós ILUMINAR!

segunda-feira, 18 de março de 2013

Oração ao Senhor Exú Ventania




Grandioso Espirito de Luz, Senhor Exú Ventania, venho ajoelhado pedir-lhe o anseio de vossa sagrada Luz, a Proteção, a Paz, a Alegria, a Saúde, o Amor e a Prosperidade.
Com Vossa Força dos Ventos, ventai todo Ódio, Rancor, Raiva, Ira de minha vida! Ventai tudo que é mal de meus caminhos. Cortai com Vossa Força e Grande Poder, todo ar de maldade e falsidade que nossos inimigos nos transmitem através do olhar, da mente, das artimanhas da magia negra, do coração amargurado, da inveja que por algum motivo teve sobre nosso ser.
Exú Ventania, com sua Força e Grande Poder de Justiça, abri nossos caminhos, para que, consigamos alcançar todos os nossos objetivos e realizar metas positivas em nossas vidas!
Que Iansã com sua Força, possa fortalecer nossa conduta e fazer de nós membros do amor a Zambi. Que Xangô faça de nós, Valentes Guerreiros, diante os desafios que a vida nos oferecer. Que Ogum faça com que vençamos os ataques dos inimigos visíveis e invisíveis; e saibamos por Oxalá perdoar estes mesmos que nos atacam e prejudicam por qualquer motivo!
Que Pela Força de Seu Ventania, possamos vencer tudo! Que Ventania esteja na frente, pois com Venta só não vence quem não quer.

Laroiê Mojubá Seu Ventania

Pomba-gira


Pombajira

Pombajira, Bombogira ou Pombagira é uma entidade que trabalha na Umbanda, sendo equivalente à forma feminina de Exu. O termo deriva de Pambu Njila, o nkici equivalente a Exu na língua quimbundo e nação de Angola.

História

Há diversas manifestações de inúmeras falanges dessas entidades, que costumam auxiliar seus médiuns nos terreiros de Umbanda, como por exemplo: Sete Saias, Maria Padilha, Rosa dos Ventos, Rainha das 7 Encruzilhadas, Pombagira da Calunga, Pombagira das Almas, Pombagira Cigana, Pombagira Maria Mulambo, Rosa Vermelha, Dona Rosinha Caveira, entre outras[1].
As oferendas são inúmeras, sempre acompanhadas de champagne de boa qualidade e bebidas fortes como o gim, bourbon e, em isolados casos, aguardente. A elas são oferecidos cigarrilhas e cigarros de filtro branco, rosas vermelhas, sempre em numero ímpar, mel, licor de anis, que é uma de suas bebidas preferidas, espelhos, enfeites, jóias, bijuterias, batons, perfumes, enfim, todo o aparato que toda mulher gosta e preza.
Os despachos às pombagiras são feitos em encruzilhadas em forma de "T", cemitérios, estradas e, em alguns casos, jardins.

Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.

História da pomba-gira 7 saias



Jalusa Correia era uma bela mulher, morena de bastos cabelos negros, tinha ainda magníficos olhos verdes que a todos encantava. Aos dezessete anos se casou e teve dois filhos, que foram por algum tempo a razão de sua existência.
Quando estava prestes a completar seu vigésimo terceiro aniversário uma tragédia abateu-se sobre ela, seu marido e filhos faleceram em um pavoroso acidente de trem e da noite para o dia tornou-se uma pessoa imensamente triste e solitária. Por muitos anos carregou o peso na consciência por não estar com eles nesse momento. Culpava-se intimamente porque nesse fatídico dia tivera uma indisposição séria e não quisera acompanhá-los na pequena viagem que mensalmente faziam à cidade vizinha. O remorso a torturava como se com isso conseguisse diminuir o tamanho de sua dor.
Dez anos se passaram até que Jalusa voltasse a sorrir, apesar do coração em frangalhos. Foi nesse período que Jorge apareceu em sua vida. O jovem viúvo logo se tomou de amores pela solitária e encantadora mulher. Conhecendo o trauma vivido por ela, teve a certeza de haver encontrado a mãe que sua filha precisava. A pequena Lourdes ficara órfã muito cedo e com apenas seis anos não conseguia esquecer a morte de sua genitora, tornando-se uma criança frágil e assustadiça.Não demorou muito para que se casassem. No inicio Jalusa foi exemplar, como mãe e esposa, de repente, sem entender o motivo, começou a odiar a pequena menina. Lourdes a irritava, cada palavra dita por ela, entrava em seus ouvidos como uma ofensa. A menina apanhava por qualquer coisa, eram palmatórias, surras de cipós e puxões de cabelo que a deixavam inteiramente dolorida. Com medo de dizer ao pai o que ocorria em sua ausência, Lourdes foi ficando a cada dia mais amarga e triste. Seus únicos momentos de alegria eram os passeios que fazia com o pai. Sempre que Jorge perguntava o que estava acontecendo ela mentia dizendo sentir saudades da mãe.
O ódio de Jalusa pela criança só aumentava, cada vez que a menina chegava perto dela, a lembrança de seus próprios filhos a atormentava: - Como pode uma criatura indecente dessas estar aqui, viva ao meu lado, e meus filhos lindos, mortos? - Era sempre nesses momentos que a menina era mais agredida. Um dia Jorge resolveu fazer uma surpresa e retornar mais cedo a casa. Ao entrar devagar para não ser notado, ouviu os gritos: - Sai vagabunda! - acompanhado do som de um tapa - abriu a porta justamente no instante em que sua filha era atirada contra um canto da parede. Num átimo, percebeu tudo que estivera ocorrendo em sua ausência. Correu até a mulher e a esbofeteou com rancor exigindo que saísse de sua casa imediatamente. Desse dia em diante, Jalusa passou a morar nas ruas, mendigando e xingando todas as crianças que lhe passassem por perto. Às vezes, chorava muito, mas logo se erguia e gargalhava alto. Em uma noite de intenso frio, seu espírito foi arrancado do corpo e levado para zonas sombrias onde por muitos anos procurou respostas para as mazelas passadas em vida. Depois de ter contato com suas vidas pregressas, percebeu os erros que cometia a cada encarnação onde sempre era a causadora de grandes males causados a crianças e suplicou ajuda para o ressarcimento de suas culpas.
Hoje, na vestimenta fluídica de Pomba-Gira das sete Saias, procura sempre uma maneira de atender aos que a procuram com simpatia e carinho. Quem a conhece em terra sabe de sua predileção por jovens mães e o respeito que nutre por todas as crianças. Está enfim a caminho de uma grandiosa evolução. Laroiê Dona Sete Saias!


História da pomba-gira Maria Mulambo



Conta-se que a história de Maria Mulumbo que essa Pomba gira nasceu em berço de ouro, cercada de luxo. Seus pai e mãe não eram Reis, mas faziam parte da corte no pequeno reinado. Maria Mulambo cresceu sempre bonita e delicada. Com seus trejeitos, sempre foi chamada de princesinha, mas não era. Maria Mulambo aos seus 15 anos, foi pedida em casamento pelo rei, para casar-se com seu filho de 40 anos.

Foi um casamento sem amor, apenas para que as famílias se unissem e a fortuna aumentasse. Os anos se passavam e Maria Mulambo não engravidava. O reino precisava de um outro sucessor ao trono. Maria amargava a dor, além de manter um casamento sem amor, ser chamada de árvore que não dá frutos; e nesta época, toda mulher que não tinha filhos era tida como amaldiçoada.
Parcialmente a isso tudo, a nossa Maria Mulambo era uma mulher que praticava a caridade, indo ela mesma aos povoados pobres do reino, ajudar aos doentes e mais necessitados. Nessas suas idas aos locais mais pobres, conheceu um jovem, apenas dois anos mais velho que ela, que havia ficado viúvo e tinha três filhos pequenos, dos quais cuidava como todo amor. Foi amor à primeira vista, de ambas as partes, só que nenhum dos dois tinha coragem de aceitar esse amor. O rei morreu, o príncipe foi coroado e Maria Mulambo declarada rainha daquele pequeno país.

Todo o povo adorava Maria Mulambo, mas alguns a viam com olhar de inveja e criticavam Maria Mulambo por não poder engravidar. No dia da coroação os pobres súditos não tinham o que oferecer a Maria Mulambo, que era tão bondosa com eles. Então fizeram um tapete de flores para que Maria passasse por cima. A nossa Maria se emocionou; seu marido, o rei, morreu de inveja e ao chegar ao castelo trancou Maria no quarto e deu-lhe a primeira das inúmeras surras que ele lhe aplicaria. Bastava ele beber um pouquinho e Maria Mulambo sofria com suas agressões verbais, tapas, socos e pontapés. Mesmo machucada, nossa Maria não parou de ir aos povoados pobres praticar a caridade.Num destes dias, o amado de Maria, ao vê-la com tantas marcas, resolveu declarar seu amor e propôs que fugissem, para viverem realmente seu grande amor. Combinaram tudo. Os pais do rapaz tomariam conta de seus filhos até que a situação se acalmasse e ele pudesse reconstruir a família. Maria fugiu com seu amor apenas com a roupa do corpo, deixando ouro e jóias para trás.

O rei no princípio mandou procurá-la, mas, como não a encontrou, desistiu. Maria Mulambo agora não se vestia com luxo e riquezas,agora vestia roupas humildes que, de tão surradas, pareciam mulambos; só que ela era feliz. E engravidou. A notícia correu todo país e chegou aos ouvidos do rei. O rei se desesperou em saber que ele é que era uma árvore que não dá frutos. A loucura tomou conta dele ao saber que era estéril e, como rei, ele achava que isso não podia acontecer. Ele tinha que limpar seu nome e sua honra.Mandou seus guardas prenderem Maria, que de rainha passou a ser chamada de Maria Mulambo, não como deboche mas, sim, pelo fato de ela agora pertencer ao povo. Ordenou aos guardas que amarrassem duas pedras aos pés de Maria e que a jogassem na parte mais funda do rio. O povo não soube, somente os guardas; só que 7 dias após esse crime, às margens do rio, no local onde Maria foi morta, começaram a nascer flores que nunca ali haviam nascido. os peixes do rio somente eram pescados naquele local, onde sófaltavam pular fora d’água. Seu amado desconfiou e mergulhou no rio, procurando o corpo de Maria Mulambo; e o encontrou.

Mesmo depois de estar tantos dias mergulhado na água, o corpo estava intacto; parecia que ia voltar à vida. os mulambos com que Maria Mulambo foi jogada ao rio sumiram. Sua roupa era de rainha. Jóias cobriam seu corpo. Velaram seu corpo inerte e, como era de costume, fizeram uma cerimonia digna de uma rainha e cremaram seu corpo. O rei enlouqueceu. Seu amado nunca mais se casou,cultuando-a por toda a vida, à espera de poder encontrá-la de novo. À espera de poder reencontrar sua Maria. No dia em que ele morreu e reencontrou Maria Mulambo, o céu se fez do azul mais límpido e teve início a primavera.
Assim termina a Lenda de Maria Mulambo um pomba gira muito reverenciada.

Origem: http://juntosnocandomble.blogspot.com.br/2009/09/pomba-gira-maria-mulambo.html

terça-feira, 12 de março de 2013

Início dos médiuns na Umbanda




O grande medo de todo médium que inicia sua caminhada na Umbanda é o da incorporação consciente. Nove entre dez médiuns sentem-se inseguros em suas primeiras incorporações. 

É muito comum ouvirmos frases do tipo “Eu vejo tudo, não posso estar em transe”. A culpa dessa dúvida que assola nossos terreiros é dos próprios dirigentes que não esclarecem aos iniciantes como é esse processo e dos irmãos mais antigos que insistem em dizer que são totalmente inconscientes, talvez para valorizar a sua (deles) mediunidade ou com medo de serem tachados de mistificadores. 

Acalmem-se todos! Há muitos anos as entidades deixaram de usar a inconsciência como fator preponderante para o bom trabalho exercido pelo médium. Muito pelo contrário, hoje sabemos que noventa e cinco por cento dos médiuns são conscientes ou semiconscientes. A inconsciência completa é muito rara e pouquíssimas vezes revelada, justamente para não causar essa insegurança tão presente em nossa religião. 

Pensemos no exemplo da água misturada ao açúcar. Quando adicionamos um ao outro teremos um terceiro liquido inteiramente modificado, mas com ambos os elementos nele. Assim se processa a incorporação, a mente do médium aliada à energia gerada pela entidade que se aproxima , unem-se em perfeita harmonia e conseguem, utilizando os conhecimentos de ambos, um trabalho mais compacto e correto. Não se acanhem em dizer que são conscientes, pois a insistência dessa postura pode levá-los a falhas que aí sim, darão margens à suspeitas de mistificação. 

Nos primeiros anos da Umbanda havia a necessidade da inconsciência, os médiuns tinham vergonha de entregar-se ao trabalho sem reservas. Como deixar que um espírito se arrastasse pelo chão falando como criança? Ou ainda sentasse em um banco com um pito na boca? Eram atitudes que assustariam o aparelho e o levariam a afastar aquela entidade. Com a evolução constante da lei, todos conhecem perfeitamente as capas fluídicas que nossas entidades usam e não existe mais a necessidade delas esconderem de seus médiuns a forma com que se apresentam. 

O cuidado a se tomar nos terreiros cabe aos dirigentes com informação e doutrina abundante para que o velho fantasma da insegurança se afaste de vez de nossas casas.

Luiz Carlos Pereira
De: Umbanda - Força e Luz

Marinheiros na Umbanda




Ser marinheiro de Umbanda significa ser eterno amante do mar e de seus mistérios, significa auxiliar pessoas e espíritos necessitados com os recursos do mar, dos mistérios das águas. Os marinheiros são milhares de espíritos que em suas últimas encarnações viveram do mar, pelo mar e para o mar, dentro de embarcações. Alguns navegaram, outros submergiram nas águas profundas, outros foram arrastados pelas ondas para dentro dele e outros foram levados para outros lugares pelas correntes marítimas. Esses espíritos, quando encarnados, foram capitães do mar, comandantes de navios, soldados da marinha, bucaneiros, piratas, pescadores, navegantes e todos os eternos amantes do mar e dos seus mistérios.

Os marinheiros, no lado espiritual, vivem submersos no fundo do mar, a realidade aquática da vida, que é a região do povo d’água, os seres aquáticos elementais da água. Nessa dimensão aquática, a água os deixa firmes, ao contrário do que acontece quando incorporados. Na matéria, cambaleiam de forma ondulada, balanceando, ao liberar o poder de seu mistério por meio de ondas magnéticas no campo espiritual do médium e do templo. Seus magnetismos absorvem muito do álcool do corpo do médium e, para não paralisar nenhuma das funções de se médium e dar fluidez e volatilidade às suas vibrações de espíritos, expandindo seus campos magnéticos, estabilizando e equilibrando a incorporação, utilizam a energia do rum ou da cachaça para executar as funções que lhes cabem.

Incorporados em seus médiuns, os marinheiros se movimentam e dançam como se estivessem se equilibrando sobre o tombadilho de um barco ou de um navio em alto mar, mas o que realmente acontece é que eles se manifestam sob a irradiação de Mãe Yemanjá, cujo magnetismo faz com que eles tenham os movimentos das ondas do mar. Podem ser regidos também por outras mães d’água, como Nanã, Oxum e até mesmo Obá, formando uma linha de “povos da água”. Seus magnetismos aquáticos dão a impressão de que o solo está se movendo sob seus pés e por isso eles imitam os marujos nos tombadilhos dos navios.

Esses espíritos são extrovertidos, alegres e cordiais, colocando os consulentes à vontade. São magos nos mistérios aquáticos e trazem-nos a possibilidade de libertação dos nossos entraves. A forte vibração da energia aquática dilui cargas trevosas, purifica pessoas e ambientes e atua no trabalho de cura. Mãe Yemanjá é a senhora do lado de cima da Grande Calunga, o mar, e Omolu é o senhor do lado de baixo da Pequena Calunga, a terra, e sustentador do eterno vai-e-vem das águas.

HEI! MARUJADA!

Fonte http://www.seteluzesdivinas.org/
De: Umbanda - Força e Luz

EXU MIRIM : AS CRIANÇAS ESQUECIDAS


EXU MIRIM : AS CRIANÇAS ESQUECIDAS

Falar de Exu Mirim é falar de uma falange de espíritos que, apesar de inseridos como trabalhadores da Corrente Astral de Umbanda, ao longo dos anos, foram colocados do lado de fora dos Terreiros por puro preconceito, nascido da falta de conhecimento e da intolerância com "O Diferente".Toda discriminação é fruto da falta de competência para lidar com situações que fogem ao "senso comum". É mais fácil omitir, esconder, ignorar,desprezar do que aceitar, educar, doutrinar. Para isso, seria precisa um mínimo de esforço para aceitar "O outro" em sua essência e buscar um relacionamento saudável. Muitos umbandistas(infelizmente a maioria), por não conhecerem e não terem coragem de enfrentar desafios, ignoram solenemente esses "meninos rebeldes" da esquerda:Os Exus Mirins.

Exu Mirim é uma falange de espíritos "infantilizados" que trabalham na linha dos Exus. São as "Crianças da Esquerda".Militam ao lado dos Guardiões .Estão para estes do mesmo modo que as "Crianças da Direita"(Ibejis) estão para Caboclos e Pretos Velhos. São grandes trabalhadores do astral e por terem a roupagem fluídica e o mental de crianças apresentam características da personalidade infantil ainda em processo de lapidação: curiosidade, falta de limites,rebeldia,extrema sinceridade e intolerância. Imaginem que os Ibejis sejam aquelas crianças que todos queriam como filhos:dóceis, amorosas,inocentes. Os Mirins seriam os filhos rebeldes,questionadores e difíceis de conviver . Aquelas crianças que escondemos das visitas. São os trabalhadores de Umbanda que muitos terreiros escondem ou deixam do lado de fora por não saberem como lidar com eles. Mas Exu, que é sábio e conhece a fundo os Mirins, sabe que o trabalho desses "Exuzinhos " é imprescindível na corrente astral de Umbanda. Por isso acolheu esses espíritos em sua linha, e trabalha lado a lado com esses grandes "Pequenos Guardiões". Exu Mirim é a criança que precisamos doutrinar e amar. Cabe ao médium conhecer e saber trabalhar com essa vibratória, doutrinando e nunca permitindo se influenciar pelo mental poderoso dos Mirins. O Médium deve agir como um tutor que precisa ser muitas vezes rígido e nunca se desequilibrar mentalmente quando estiver trabalhando com esses espíritos. Muitas das façanhas de Exu Mirim se devem ao comportamento do médium . Do mesmo modo que muitos discriminam e julgam os Exus, por desconhecerem que os excessos cometidos por essas entidades partem muito mais do médium do que propriamente desses guias tão responsáveis e conhecedores do seu papel no astral. Os Exus Mirins foram vítimas da falta de conhecimento dos terreiros. Por isso foram julgados,sem direito a defesa, e condenados ao exílio.

Os Mirins são grandes trabalhadores do astral. Possuem grande conhecimento de magia e manipulam com maestria os elementais. São freqüentemente enviados,pelos Exus, aos submundos do astral como espiões. Sua sagacidade, rapidez e coragem fazem com que possam se infiltrar nas zonas inferiores sem serem percebidos. Quando enviados em missão desagregam e neutralizam trabalhos de baixa magia com a mesma facilidade que plasmam campos de força para a proteção de terreiros ou outros lugares sob a proteção dos Exus. Como quase não trabalham atuando em um médium ,quando chegam nos terreiros demonstram certos hábitos adquiridos no astral, como esconder ou camuflar o rosto. Costume adquirido por frequentemente estarem infiltrados entre os espíritos da baixa espiritualidade. Por raramente estarem interagindo com médiuns , quando estão entre os encarnados se mostram ariscos e desconfiados. No entanto, quando respeitados e bem acolhidos demonstram fidelidade e até mesmo uma certa afabilidade.

Os Exus Mirins obedecem a mesma hierarquia que os outros Exus. Não podemos esquecer que apesar de espíritos infantilizados, não deixam de ser EXUS. Trazem no ponto riscado: Os símbolos mágicos condizentes com a linha que trabalham. Os sinais cabalísticos identificam a falange a qual pertencem, o guardião a quem obedecem e o Orixá a quem estão ligados por afinidade .Recebem o "Nome de Guerra" de acordo com sua falange ou com o elemento natural que representam. Assim temos Exus Mirins do fogo, da terra, da água e do ar, se apresentando com os nomes de Labareda, Foguinho,Faísca,Fagulha, Brasinha, Caveirinha,Calunguinha, Pó de Terra, Toco de osso, Toquinho,Tiquinho,Ondinha,Malandrinho, Maria Caveirinha, Mariazinha da Calunga, Corisco, Barinha, Fumaça,Trovoada e tantos outros nomes que se apresentam nos terreiro.

As crianças da esquerda existem. Isso é um fato incontestável. São elas os incompreendidos e desprezados Exus Mirins. Os espíritos da corrente de Umbanda que foram rotulados e assumiram o arquétipo de "meninos maus". Os degredados dos terreiros, isolados,condenados ao abandono,amaldiçoados. Crianças rebeldes que fumam, bebem e atazanam a vida de quem os contrariam. Crianças de quem ninguém assume a paternidade.

Já é tempo de consertarmos essa grande injustiça. A Umbanda,mãe amorosa que acolhe a todos sem distinção, amparando e guiando um número infinito de espíritos encarnados e desencarnados, não pode abandonar os Mirins a sua própria sorte, condenando ao exílio uma de suas linhas de trabalho mais aguerridas no combate a baixa espiritualidade. Mirim é o olho que tudo vê, depurando e auxiliando os espíritos necessitados. São os "pupilos" de Exu, que os amparou dando-lhes um campo de ação na Lei de Umbanda. Os Mirins vêm resistindo bravamente ao preconceito e descaso com que são tratados, mas não deixam de cumprir o seu papel de "Pequenos Soldados da Lei". Vencendo demanda para filho de fé. Até por aqueles que olham com desprezo e desconfiança os pequeninos Exus trabalhando no terreiro. Para esses, Mirim deixa um recado: "Sou a escuridão da luz e a luz da escuridão. Sou o reflexo da tua alma. Fogo,terra,água e ar. Magia de redenção e perdição. Sou ambíguo. Exu. O menor de todos. Pequenino em minha grandeza. Apenas MIRIM!

LAROIÊ MIRIM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!

Professora Maria Amélia Martins.
Diretora de Estudos do TCP (Templo Caminho da Paz)

quinta-feira, 7 de março de 2013

SÍNDROME DO PÂNICO NA VISÃO ESPÍRITA




Outro distúrbio que tem atingido níveis alarmantes é a síndrome do pânico. Qual a explicação que o Espiritismo oferece para esse transtorno?

Divaldo Franco: (...) O nome pânico vem do deus Pan, que na tradição grega apresenta-se com metade do corpo com forma humana e a outra com modulagem caprina. O deus Pan era guardador das montanhas da Arcádia e, quando alguém adentrava nos seus domínios, ele aparecia, produzindo no visitante o estado de pânico, palavra essa derivada do seu nome. Portanto, é um distúrbio muito antigo.

Invariavelmente a psicogênese do ponto de vista espírita encontra-se na consciência de culpa do paciente por atos perturbadores praticados na atual existência ou em existências pretéritas, o que proporciona um comportamento inseguro, desconfiado. Trata-se de alguém que busca esconder-se no corpo para fugir dos problemas que foram praticados anteriormente. Quando irrompe a síndrome do pânico, a sensação é terrível, porque é semelhante à da morte. É eminentemente um distúrbio feminino, embora atinja também, segundo os especialistas, o sexo masculino.

Segundo estou informado, faltando, naturalmente, confirmação científica, a síndrome do pânico nunca matou ninguém durante o surto, entretanto, aquela sensação horrorosa é praticamente igual à de morte.

Que fazer? Orar. Ter a certeza de que ela é de breve curso, procurar respirar profundamente, acalmar-se, vincular-se a Deus, rogar a proteção dos Espíritos nobres. Assim, lentamente, dá-se uma descarga de adrenalina, procedente das glândulas supra-renais, e o indivíduo refaz-se, passando aquele período mais doloroso, fazendo simultaneamente a terapêutica com um psiquiatra e, de acordo com a psicogênese, um psicólogo ou psicanalista. Nada obstante, eu sugeriria pessoalmente que a pessoa procurasse também as terapêuticas espíritas, quais as das boas palavras, das reuniões doutrinárias, do conhecimento de si mesmo, dos passes ou bioenergia, da água magnetizada e, por extensão, do socorro que os bons Espíritos propiciam através das reuniões mediúnicas de desobsessão, que dispensam a presença dos pacientes.

Entrevista com Divaldo Pereira Franco-
Fonte virtual: Grupo de Estudos Allan Kardec
Fan page: Brilhe a vossa Luz
De: Umbanda Cabocla

CAUSAS DA OBSESSÃO




Sob o ponto de vista global, podemos afirmar que as causas da obsessão se alicerçam em nossas imperfeições, quais sejam: vícios, paixões exacerbadas, perversões sexuais, crimes, ganância, apegos excessivos à pessoas e objetos, que nos colocam em estado de sintonia vibratória com os espíritos desencarnados em função da afinidade moral, estando então o Ser sujeito a reajustes e resgates específicos.


Na visão de Emmanuel e Scheila, apresentadas através das obras psicografadas por Francisco C. Xavier, as possíveis causas de obsessão são:

a cabeça e mãos desocupadas;
a palavra irreverente;
a boca maledicente;
a conversa inútil e fútil, prolongada;
a atitude hipócrita;
o gesto impaciente;
a inclinação pessimista;
a conduta agressiva;
o apego demasiado a coisas e pessoas;
o comodismo exagerado;
a solidariedade ausente;
tomar os outros por ingratos ou maus;
considerar nosso trabalho excessivo;
o desejo de apreço e reconhecimento;
o impulso de exigir dos outros mais do que de nós mesmos;
fugir para o álcool ou drogas estupefacientes.

Na análise do Livro dos Médiuns, feita por Ney Prieto Peres (Boletim MEDNESP n.º 2 – dezembro de 1992), são apontadas as seguintes causas de obsessão:

vingança de espíritos contra pessoas que lhes fizeram sofrer nessa ou em vias anteriores;
Desejo simples de fazer os outros sofrerem, por ódio, inveja, covardia;
Para usufruir dos mesmos condicionamentos que tinham quando na vida física, induzem seus afins a cometê-los;
Apegos às pessoas pelas quais nutriam grandes paixões quando em vida;
Por interesses em destruir, desunir, dominar, provocar o mal, manter distúrbios, partindo de espíritos inteligentes das hostes inferiores.

Na avaliação de nosso mentor espiritual André Luiz (Evolução Em Dois Mundos, psicografado por Francisco C. Xavier, 11ª edição, 1989, pg. 130) caminhamos pelo universo “sentidos e reconhecidos pelos nossos afins, temidos e hostilizados ou amados e auxiliados pelos irmãos que caminham em posição inferior à nossa. Isto porque exteriorizamos, de maneira invariável, o reflexo de nós mesmos, nos contatos de pensamento a pensamento, sem necessidade das palavras para simpatias ou repulsões fundamentais.” 

O mesmo mentor, (Mecanismos da Mediunidade – Francisco C. Xavier – Waldo Vieira, 13ª edição, 1994, pg., 82-83) nos diz “É o pensamento contínuo fluxo energético, incessante, revestido de poder criador inimaginável, (...). A corrente mental, segundo anotamos, vitaliza particularmente todos os centros da alma e, consequentemente todos os núcleos endócrinos e junturas plexiformes da usina física, em cuja urdidura dispõe o Espírito de recursos para os serviços da emissão e recepção ou exteriorização dos próprios pensamentos e assimilação dos pensamentos alheios.”

Indoval Moreli Heiderick

Fonte: Portal do Espírito

segunda-feira, 4 de março de 2013

COMO MANTER A CASA LIVRE DE ESPÍRITOS OBSESSORES



Muitas casas da população terrestre passam a ser também a casa de muitos espíritos obsessores. Eles convivem como se fossem suas verdadeiras casas. Há casas onde existe uma infinidade de espíritos inferiores. Há uma série de razões para que estes espíritos permanecem nestas casas, mas uma coisa é certa: eles se afinizam com os moradores encarnados destas casas. Muitos e muitos problemas trazem estes irmãos inferiorizados aos habitantes destas moradias.

Quem são estes espíritos? Muitas vezes são parentes das pessoas que ainda estão encarnadas: pai, mãe, irmãos, tios, compadres etc. São aqueles que não sabem ainda que faleceram e permanecem junto aos seus como se nada tivesse acontecido. Outros são espíritos invejosos que não desejam que esta família progrida, que evolua e passam a atormentar todos os membros da casa. Alguns são espíritos bandoleiros, peregrinos das ruas que não têm para onde ir e se alojam em qualquer casa, qualquer lugar para eles está bom. Alguns são os antigos donos destas casas, como são materialistas, não querem sair dali, pois acham que aquela propriedade é sua por direito. Muitos são espíritos vingativos, aqueles a quem prejudicamos no passado: nós os matamos, roubamos seus maridos, suas mulheres, surrupiamos-lhes os bens, deixamo-nos na miséria, maltratamos, cortamos braços, pernas, dedos, arrancamos olhos, orelhas, etc. Estes são os mais problemáticos, pois este ódio continua por séculos.

Muitos problemas vão sofrer os habitantes destas residências; brigas, intrigas, fofocas, falcatruas, doenças, miséria, bebedeiras, farras, sexo desenfreado, roubos, assassinados, etc. Eles vão enfrentar todo tipo de problemas.

Temos algumas regrinhas para manter os nossos irmãos longe de nossas casas. A primeira delas é a pessoa ter uma religiosidade. Eu disse religiosidade, não religião. Religião é um nome dado pelos humanos. Religiosidade é aquela que faz a ligação verdadeira com Deus. Aqueles que são simples, humildes de coração, que não cometem tantos erros, que não fazem falcatruas, que mantém uma boa educação, que estuda e trabalha, ajuda os necessitados, deixam de ser beberrões, farristas, sejam responsáveis, honestos, sinceros, bons de coração, que não mantém sexo fora do casamento, que não façam do sexo um rol de pensamentos negativos, que orientam bem os seus filhos, que se afastem de todos os vícios.

""Devemos manter as nossas casas sempre limpas, tudo colocado em seus devidos lugares, bem arejadas, janelas e portas abertas (a casa deve ter muro para evitar problemas com roubos). As nossas coisas não podem estar jogadas por qualquer lugar, nossas camas bem arrumadas. Os nossos quintais devem estar sempre limpos, sem acúmulos de lixo ou coisas velhas por toda parte.""

As pessoas que moram nestas casas precisam ser respeitosas, tratar bem a todos com os quais convivem e os que os visitam. Deve-se evitar todo tipo de palavrões, mentiras e fofocas.

Não devemos usar das músicas pauleiras, som muito alto atrapalhando os vizinhos. No momento das músicas muito altas, vários vizinhos estão enviando pensamentos negativos para a sua casa, além de se estar abusando dos direitos, pois o meu direito só vai até onde começa o direito do outro. Deve-se evitar também as festas em que se extrapolam nas bebidas, nos jogos, na gritaria, pois os espíritos inferiores gostam muito disso. Deve-se usar uma música suave rodar durante o dia para melhorar o ambiente.

O evangelho no Lar é importantíssimo. Por isto a família deve reunir todos os membros da casa num determinado dia da semana e sempre no mesmo horário fazer o Evangelho no Lar. Por exemplo num domingo: às 12 horas todos se reúnem, fazem uma prece de abertura, leiam uma página da Bíblia, de preferência dos 4 evangelistas, ou quem é espírita, do Evangelho ou um livro qualquer com uma bela mensagem religiosa. Faz-se um breve comentário, agradece a Deus, pede a proteção divina para o Lar durante toda a semana. Neste Lar os espíritos inferiores não vão ter vez.

Deve-se também, ao se deitar, fazer uma oração de agradecimento a Deus e pedir a Deus a proteção para toda a noite. Os nossos mentores, anjos de guarda, espíritos familiares vão-nos ajudar durante toda a noite. Façamos isto sempre e vamos ter uma vida feliz.

Henrique Pompilio de Araújo

Fonte: Artigonal

domingo, 3 de março de 2013

Mediunidade não é brincadeira. Cuide-se!!!





Quantos irmão sofrem sem saber que são médiuns, por medo, por vergonha, ou por não entenderem.
Para você que está vendo sua vida ir para trás, está triste, deprimido, não tem amor pela vida mais. Entenda, você pode estar sofrendo com o lado negativo da espiritualidade.
Busque ajuda, busque um caminho, seja ele qual for na umbanda, kardecismo, candomblé, etc, busque uma religião, não fique em casa sofrendo, padecendo, lute contra este negativo que quer te destruir, as vezes são irmãos que desencarnados não tem a compreensão que morreram, e ficam ali te prejudicando. Se cuide, as vezes sem saber, você é médium e sente toda essa energia ao seu redor. Cuide-se!!

COMO SE LIVRAR DE ENERGIAS NEGATIVAS




Há várias formas de se purificar das energias negativas do nosso dia a dia, podemos citar algumas:

1. Orações, preces, entoação de mantras e sons místicos.

2. Passear na natureza a sentir a sua energia. 

3. Banhos de ervas, de sal grosso ou de mar.

4. Meditação.

5. Tomar um banho e sentir a energia ruim sendo levada pela água.

6. Ouvir uma música inspiradora.

7. Leituras edificantes

8. Assistir a filmes humanistas ou de grandes personalidades espirituais (Filme do Gandhi, do Chico Xavier, Sócrates, do Padre Pio de Pietrelcina, de Madre Tereza de Calcutá, de Sâo Francisco de Assis, dentre outros)

(Hugo Lapa)

sábado, 2 de março de 2013

Olha o que acontece quando você acha que está sozinho


Momentos com Chico Xavier - Adelino da Silveira




SAUDADES DE JESUS...

Estávamos na residência do Chico.
Seu estado de saúde não lhe permitia deslocar-se até o Centro.
A multidão se comprimia lá na rua em frente, quando o portão se abriu, a fila de pessoas tinha alguns quarteirões. Foram passando uma a uma em frente ao Chico.
Pessoas de todas as idades, de todas as condições sociais e dos mais distantes lugares do País.
Algumas diziam:
- Eu só queria tocá-lo...
- Meu maior sonho era conhecê-lo...
- Só queria ouvir sua voz e apertar sua mão.
Uns queriam notícias de familiares desencarnados, espantar uma idéia de suicídio.
Outros nada diziam, nada pediam, só conseguiam chorar.


Com uma simples palavra do Chico, seus semblantes se transfiguravam, saíam sorridentes.
Ao ver as pessoas ansiosas para tocá-lo, a interminável fila,
a maneira como ele atendia a todos fiquei pensando:
"Meu Deus, a aura do Chico é tão boa... seu magnetismo é tão grande, que parece que pulveriza nossas dores e ameniza nossas ansiedades".
De repente, ele se volta para mim e diz:
- Comove-me a bondade de nossa gente em vir visitar-me. Não tenho mais nada para dar.
Estou quase morto. Por que você acha que eles vêm?
Perguntou-me e ficou esperando a resposta. Aí, pensei:
Meu Deus, frente a um homem desses, a gente não pode mentir
nem dizer qualquer coisa que possa vir ofender a sua humildade (embora ele sempre diga que nunca se considerou humilde).
Comecei então a pensar que quando Jesus esteve conosco,

onde quer que aparecesse, a multidão o cercava. Eram pessoas de todas as idades, de todas as classes sociais e dos mais distantes lugares.
Muitos iam esperá-lo nas estradas, nas aldeias ou nas casas onde Ele se hospedava.
Onde quer que aparecesse, uma multidão o cercava. Tanto que Pedro lhe disse certa vez:
"Bem vês que a multidão te comprime".
Zaqueu chegou a subir numa árvore somente para vê-lo.
Ver, tocar, ouvir era só o que queriam as pessoas.
Tudo isso passou pela minha cabeça com a rapidez de um relâmpago.
E como ele continuava olhando para mim esperando a resposta, animei-me a dizer:
- Chico, acho que eles estão com saudades de Jesus.
Palavras tiradas do fundo do coração, penso que elas não ofenderam sua modéstia.
A multidão continuou desfilando.
Todos lhe beijavam a mão e ele beijava a mão de todos.

Lá pelas tantas da noite, quando a fila havia diminuído sensivelmente, percebi que seus lábios estavam sangrando. Ele havia beijado a mão de centena de pessoas.
Fiquei com tanta pena daquele homem, nos seus oitenta e oito anos, mais de setenta dedicados ao atendimento de pessoas, que me atrevi a lhe perguntar:
- Por que você beija a mão deles?

A humildade de sua resposta continuará emocionando-me sempre:
- Porque não posso me curvar para beijar-lhes os pés.

(Do livro Momentos com Chico Xavier - Adelino da Silveira).

Ogum e seus mensageiros.




A umbanda e suas entidades humildes e prestativas, são sinônimos de conforto, carinho; é aquele cantinho dos avós Pretos Velhos, praticamente nos mimando com seu amor mesclado de sábios ensinamentos escondidos nas entrelinhas.

Muitas vezes em nossa vida, o que precisamos é de um pulso forte, um chaqualhão bem dado. Um Pai que vê além da onde enxergamos . Que não tenha papas na língua e nos mostre a verdade sobre nós mesmos.

Se vamos gostar ou não daquilo que ele falar o importante é que vamos ouvir, pois estas palavras virão misturadas a verdades que até então eram só nossas, ou achávamos que eram.
Este Pai enérgico e indispensável é Ogum.

Os Caboclos de Ogum, ou como queiram chamar este espírito supremo em postura, que outrora foi um guerreiro, um soldado antigo ou um general, e hoje é uma fortaleza a nos guiar pelo melhor caminho, caminho este por ele mesmo aberto.

A gira de Ogum abre os caminhos para a prosperidade, o trabalho, o bom relacionamento familiar e amoroso. A gira de Ogum é para pedir que se faça acontecer as mudanças necessárias em sua vida, aquelas mudanças que muitas vezes nem nós mesmos estamos prontos para que aconteçam.

E o melhor é que eles premeditam, basta saber ouvir.

As entidades mensageiras do Orixá do ferro são apreciadoras da cerveja e da carne, não gostam de cachaça ou outra bebida de teor alcóolico elevado. Também se utilizam do charuto para as suas mirongas e defumações.

Como diz um de seus pontos cantados.: "Ogum não devia beber, Ogum não devia fumar, mas a fumaça é a nuvem que passa e a cerveja a espuma do mar..."

Avisos




sexta-feira, 1 de março de 2013

Os caboclos na Umbanda





Todos os Caboclos são regidos por um Mistério Maior que pertence ao Trono do Conhecimento (Regência do Orixá Oxóssi). 

Mas cada Caboclo (ou Cabocla) vem na Irradiação de um ou mais Orixás, pois eles próprios são “filhos”de determinado Orixá e perante outros Orixás foram iniciados para trabalharem em Seus Mistérios (exemplos: Caboclo Pena Branca: de Óxóssi e Oxalá; Caboclo Pena Dourada: de Oxóssi e Oxum; Cabocla do Mar: de Yemanjá; Caboclo Sete Montanhas: de Oxalá e Xangô).

Os Caboclos são espíritos muito esclarecidos e caridosos, assim como os Pretos-Velhos. Tiveram encarnações como cientistas, sábios, magos, professores etc. Alguns, em determinada encarnação, foram mesmo nativos (chamados de indígenas, aqui no Brasil). Enfim, no decorrer de encarnações, elevaram-se e vêm na Umbanda para auxiliar aos irmãos enfermos da alma e do corpo. Muitos são escolhidos pela Espiritualidade para serem os Guias-Chefes dos Terreiros ou então de seus médiuns.



Na linguagem comum, a palavra “caboclo” designa o homem nativo, às vezes mestiço de branco com indígena. Mas na Umbanda o significado é outro.



Os espíritos que se apresentam na Umbanda como Caboclos assumem a forma plasmada de "índios" em homenagem aos povos nativos do Brasil e de outras regiões do globo, que nutriam uma forte relação de amor e de respeito à Natureza e muito contribuíram com seus conhecimentos e valores morais e culturais para a formação da nossa Pátria. (V. “Arquétipos da Umbanda”, Rubens Saraceni, Madras Editora, 2007, páginas 89/94.) 



Nem todo Caboclo foi, necessariamente, um indígena.

RUBENS SARACENI explica que, há séculos, houve um momento em que os Regentes Planetários idealizaram uma estrutura de Trabalho Espiritual que reuniria espíritos desencarnados originários das mais diferentes religiões e culturas do planeta, arregimentados a partir de determinado grau espiritual, ético, moral e de conhecimentos.

Formaram-se grupos por afinidades (de valores culturais e morais, de especialidades etc.), porém todos voltados a um único propósito: ajudarem-se mutuamente na tarefa de auxílio à evolução de encarnados e desencarnados em geral. Com isto, também aceleravam as próprias evoluções, pois estavam realizando algo inédito: até então, os desencarnados se agrupavam no Astral conforme suas origens aqui na Terra, e ajudavam apenas aos “da sua gente”. Agora, a Espiritualidade punha em prática um verdadeiro Universalismo, reunindo num trabalho comum representantes de todas as religiões e crenças antigas, muitas já desaparecidas da face do planeta. Com o tempo, levas e levas de espíritos que desencarnavam puderam filiar-se àqueles grupos.

Então, os Regentes Planetários idealizaram uma religião que atuasse no plano Terra, por meio desses espíritos de índole universalista. O local escolhido foi o Brasil, país que estava destinado a receber povos de todas as origens e crenças (V. O livro “Brasil, Coração do Mundo e Pátria do Evangelho”, psicografia de Chico Xavier). A religião idealizada foi a Umbanda, que mais tarde o Senhor Caboclo das Sete Encruzilhadas trouxe ao plano material, manifestado no médium Zélio Fernandino de Moraes. Criaram-se as Linhas de Trabalho por especialidades de atuação; sendo que as primeiras homenageavam os povos formadores da nossa cultura: nativos (Caboclos) e africanos (Pretos-Velhos).


Os Caboclos incorporados também costumam estalar os dedos, bater no peito e estender o braço na direção do Altar. Tudo isto tem um significado magístico-religioso:

●Estalar dos dedos- Nossas mãos têm vários terminais nervosos que se comunicam com os sete chakras principais e com os chakras menores do nosso corpo. O estalar dos dedos se dá sobre o Monte de Vênus (a parte gordinha da palma da mão) e reequilibra a rotação e a frequência de todos os chakras, que voltam a funcionar plenamente. O equilíbrio vibracional gera a consequente descarga de energias desequilibradas (“negativas”). Ao estalar os dedos, o Caboclo provoca essas reações no campo magnético do médium ou, conforme o caso, descarrega o campo do consulente. Ao estalar os dedos da mão esquerda, ele absorve negatividades e faz uma limpeza energética; e quando estala os da mão direita, ele irradia cargas altamente positivas e reenergiza, acalma, cura etc.

●Bater no peito- Com isso, o Caboclo ativa o chakra Cardíaco do médium e equilibra suas emoções, possibilitando uma sintonia mais apurada com o medianeiro e a efetivação de um bom trabalho espiritual.

●Estender os braços (ou um braço) para o Altar- Com esse gesto, o Caboclo lança uma “flecha energética” que ativa os Poderes e Forças assentados e firmados no Terreiro, conforme a necessidade do trabalho espiritual a realizar.

Esses procedimentos criam um grande centro de Forças que facilita o amparo aos consulentes, ao próprio Terreiro e a toda a corrente mediúnica.

Alguns Caboclos, quando se despedem do Terreiro, dizem que vão “para Aruanda”, ou “para a cidade da Jurema”. Outros falam que vão “subir para o Humaitá”, e assim por diante. São referências às colônias astrais que existem ligadas ao planeta Terra, onde eles habitam, conforme o respectivo grau de evolução. E muitas vezes os Caboclos responsáveis por Terreiros levam para essas colônias os dirigentes e demais integrantes da corrente mediúnica (durante o desdobramento normal dos seus espíritos que acontece durante o sono físico), a fim de participarem de trabalhos de auxílio a encarnados e desencarnados, para estudarem e ou receberem. Um trabalho espiritual de Umbanda não termina no Terreiro, ele prossegue no Astral. Por isso, é importante que os médiuns sigam as orientações dos Guias Espirituais sobre os preceitos para antes e depois das Giras (manter pensamentos e sentimentos elevados e uma vida diária equilibrada, inclusive no campo sexual; abster-se, ao menos por 24 horas antes e depois do trabalho espiritual, do uso de bebida alcoólica, fumo e de qualquer substância nociva, mantendo uma alimentação isenta de alimentos de origem animal, porque são de difícil digestão; etc.).

Algumas pessoas perguntam o porquê de uma Linha de Trabalho Espiritual “homenagear” os povos nativos, supondo que eles seriam ignorantes e primitivos.

Para desfazer essa dúvida, vamos aqui reproduzir trechos do livro “MUITO ANTES DE 1500”, de DOMINGOS MAGARINOS (EPIÁGRA R.+.), que trata sobre as crenças e cultos religiosos dos povos nativos do Brasil e da América, com base em pesquisas realizadas por vários especialistas de renome. 



O Autor aponta que os povos nativos (“indígenas”) da América, na época do descobrimento, mantinham cultos muito parecidos com os das culturas indiana, egípcia e grega. Eles já cultuavam a Cruz, o Sol e O Menino Louro ou Menino Deus (seria o Menino Jesus dos cristãos). Isso indicaria uma origem comum entre essas culturas e a dos povos americanos.



Diz ele: Paulo Schliemen é de opinião que as culturas grega, egípcia, indiana e americana tiveram origem comum. Apolo, Osíris, Ormuzd, Indra, Tomatiuh e o próprio Amon-Rá, o Deus-Sol, tão venerado no velho Egito, derivam (...) de Rá-Ná, o Deus-Sol dos maias, porque a América foi o berço da helionose (culto ao sol), conforme atestam as ruínas de Tiahuanaco. Cieza de Leon, Garcilasso de La Vega e o próprio Clemente Rice argumentam que os símbolos solares, insculpidos nos milenares monumentos monolíticos encontrados nessa região, objetivam, plenamente, que toda a remotíssima civilização pré-incaica girou em torno do Sol, fato que autoriza e justifica a versão quíchua da antiguidade e da origem americana do culto solar.



Le Plongeon demonstrou que Osíris, Ísis e Seth são vocábulos derivados do idioma falado no México há mais de 11.500 anos antes da era Cristã.



Scott-Elliot, depois de estudar a Atlântida e os atlantes, sob vários pontos de vista, fala-nos da inédita cultura americana, dizendo: “Nada parece ter surpreendido mais os aventureiros espanhóis, no México e no Peru, do que a semelhança extraordinária das crenças religiosas, dos ritos, dos emblemas do velho mundo com os que encontraram no novo. Os padres espanhóis viram nessa semelhança a intervenção maléfica do diabo. O culto da Cruz entre os nativos e a presença desse símbolo nos edifícios e solenidades religiosas foram para eles motivo de assombro. De fato, em parte alguma do mundo, na Índia ou no Egito, a Cruz era tida em maior veneração do que entre os povos primitivos do continente americano. E o que é mais extraordinário é a semelhança das palavras que significam DEUS nas principais línguas antigas do Ocidente e do Oriente.”



Com efeito, DYAUS ou DYAUS-PIETER- DEUS, em sânscrito; THEUS ou ZEUS, em grego; DEUS PATER ou JÚPITER, em latim; DIÁ ou TÁ, em celta; YAH ou THIÁ, em hebraico; ZÉO, TÉO ou TÁO, no idioma dos atlantes e dos aborígenes da América pré-colombiana, confirmam plenamente a afirmativa do notável autor da History of Atlantis.

O mesmo quanto às divindades solares, como RÁ-ANGA, entre os brasis pré-históricos; GUARACY, entre os tupi-guaranis; UARASSÚ ou YARASSÚ (vocábulo tupi) entre os babilônios; RÁ-MANÚ, entre os assírios; RÁ-NÁ, entre os maias; INDI RÁ, RÁ-MÁ, RÁMA-TCHANDRA, RÁ-VI, entre os indianos; e ainda RÁ-MA, que originou o termo Roma, entre os romanos (cognominados ramnes).



Mas não é tudo: YUPITAN, que lembra Júpiter, é um vocábulo abanheenga, a fala do homem primitivo, a língua que precedeu o nheengatú, a língua boa, a língua sagrada dos tupis-guaranis. Esse vocábulo é composto por YÚ- que significa louro- e PITAN, que significa infante ou criança e, portanto, mancebo ou menino louro, designando o filho do Sol, como foi perpetuado em vários cultos aborígenes do Brasil.



O Menino Louro ou Deus Menino- Horus dos egípcios; Harpocrates dos gregos; Dionysius dos romanos, Menino Jesus dos primitivos cristãos e, ainda hoje, dos católicos romanos- é uma reminiscência milenar do esquecido YUPITAN da arcaica teogonia amerígena.

Esse YUPITAN ou YUPITÃ aparece, às vezes, sob a forma de YUBÁPITANGA. Chamam-no também ARAPITÃ, isto é, filho de ARACY, a mãe da luz (de ara=luz e cy= mãe, raiz, origem ou princípio). 



Humboldt, Prescott, Brasseur de Bourbourg, Le Plogeon e todos, em suma, que pesquisaram realmente as ruínas arqueológicas do México, do Peru, da Bolívia, do Chile e outros países da América, inclusive o Brasil, encontraram provas positivas de que o batismo, a confissão, a quaresma e outras cerimônias consideradas católicas constavam dos seus misteriosos rituais. HÚ, no Yucatan; INTI, em Cuzco; como AUM, na Índia e no próprio Peru, simbolizavam o IMPRONUNCIADO, o INOMINÁVEL {=Deus}.



QUETZALCOATL foi a primeira manifestação cristônica para os povos da 5ª. Raça Raiz. A sua identidade com Krishna, Zoroastro, Thôt, Orfeu e Jesus é incontestável. Foi a primeira humanização do Cristo cósmico. O Kukul-Kan dos maias. O Yurupari dos tupis-guaranis. (Fonte: OBRA CITADA, páginas 53/54, MADRAS EDITORA, 2005.) —