domingo, 30 de setembro de 2012

Oração a Santa Sara


“Santa Sara, pelas forças das água, Santa Sara, com seus mistérios, possa estar sempre ao meu lado, pela força da natureza.
Nós, filhos dos ventos, das estrelas e da Lua cheia, pedimos à senhora que esteja sempre ao nosso lado; pela figa, pela estrela de cinco pontas; pelos cristais que hão de brilhar sempre em nossas vidas. E que os inimigos nunca nos enxerguem, como a noite escura, sem estrelas e sem luar.
A Tsara* é o descanço do dia-adia, a Tsara é a nossa tenda. Santa Sara, me abençoe; Santa Sara, me abençoe; Santa Sara, me acompanhe. Santa Sara, ilumine minha Tsara, para que todos que batam à minha porta eu tenha uma palavra de amor e de carinho. Santa Sara, que eu nunca seja uma pessoa orgulhosa, que eu seja sempre a mesma pessoa humilde.”

*Tsara é uma espécie de espaço mágico dos ciganos






ORAÇÃO PARA A CABOCLA JUREMA


Juremá, Linda Cabocla de Pena
Rainha da Macaiá
Ouve o meu Clamor.
Jurema me livra dos perigos e das maldades
Ô Cabocla, tu que és Rainha da folha
Nunca me deixe em falta
Que o teu bodoque seja sempre certeiro
Contra os que tentarem me destruir.
Jurema caminha comigo, ô Cabocla
E me ajuda nesta jornada da Terra.
Jurema que a sua força, junto com vosso Pai Caboclo Tupinambá
Me acompanhe hoje e sempre
Em nome de Zambi,
Salve a Cabocla Jurema!



Oração ao Nosso Senhor do Bonfim


Senhor do Bom Fim, o céu e a terra são obra de Vossas mãos; o sol se obscurece ante a Vossa luz; e, contudo, as trevas deste mundo Vos rejeitam. De braços abertos, pregados na cruz, exclamastes: "Tudo está consumado".
Vossa vida chegou ao fim. Foi um bom fim, porque lá onde findou a Vossa vida surgiu a vida da graça, do amor e do perdão para todos nós, pretos e brancos, ricos e pobres.
Bom Jesus, Senhor do Bom Fim, esclarecei a minha crença, fortalecei a minha fé, guiai-me pelo caminho luminoso da nossa santa religião.
Senhor do Bom Fim! Que Vosso sangue lave os meus pecados; que as Vossas dores aliviem os meus sofrimentos; que a Vossa morte garanta a minha na eternidade.
Que Assim seja!







terça-feira, 25 de setembro de 2012

Homenagem para a vó Dolores


Para começar, os sons dos passarinhos que ela tanto gosta:



Agora, no clima, bem tranquilo, sua oração:



Prece a vovó Dolores

Benevolente e iluminada Vó Dolores das Candeias, peço a tua proteção e bendigo a tua presença em todos os momentos de nossas vidas.
Quero pedir-te que venha em nosso auxílio juntamente com toda tua corrente bendita
Traga a nós a benção de teus sábios conselhos; a paz que trazes no olhar.
Seca nossas lágrimas com tua ternura.
Livra-nos do perigo e da incerteza.
Vó peço-te coragem nos momentos difíceis.
A tu que sofreste tanto e suportaste tudo com humildade e perdão, peço força e luz.
Que nós possamos olhar o mundo com tua sabedoria e perdoar nossos irmãos com a mesma facilidade com a que somos amados por ti amada e bendita preta-velha

Que assim seja!




Agora, podemos cantar:


A música da vó para aprendemos como se canta:






A música da vó como a gente canta no Lar

Lá vem vovó descendo a ladeira com sua sacola,
Com seu patua,com sua mironga,ela vem e angola(2x)
Eu quero ver vovó,eu quero ver,
Eu quero ver se filho de santo tem querer!(2x)





VOVÓ DOLORES (outra música para a vó)

Eu fui no canaviá 
Eu fui lá, eu fui colher cana
Encontrei foi muitas flores
Encontrei Vovó Dolores




Obrigada vó por tudo!

segunda-feira, 24 de setembro de 2012

Crises

Ensinamentos das pretas-velhas:

Meu filho está confuso?
É preciso coragem para modificar, para decidir e ousar. A vida, meu filho, só permite a vitória daqueles que ousam. que decidem, que realizam. Quando a crise visita os meus filhos, é que já é hora de modificar alguma coisa. A crise é sentimental? É preciso modificar a visão a respeito de si e do outro e promover as mudanças. O amor só sobrevive se for alimentado, adubado e regado com carinho, doçura, pequenos gestos; enfim, uma série de coisas aparentemente pequenas, muito importantes para manter a vida sentimental. A crise é econômica? Que tal modificar a forma de gerenciar sua vida, seus negócios e suas próprias aspirações?
A crise, quando se apresenta na área social, é um convite à reavaliação de suas posturas, de sua forma de ver a vida e de seu envolvimento com o mundo e a sociedade. É preciso que as pessoas se sintam apaixonadas. Sem envolvimento. sem apaixonar-se por uma idéia, uma pessoa ou um ideal, a vida parece perder o sabor.
Qualquer crise, meu filho, é uma forma mais direta que a vida encontra de nos dizer que temos de modificar algo ou nós mesmos. Isso não é fácil, eu sei! Mas é possível realizar, os desafios existem para estimular a gente a crescer e encontrar uma saída mais simples, ou para nos empurrar rumo a uma solução que está muitas vezes ao nosso lado o tempo todo. É que a gente se acostuma fácil com a boa-vida e se acomoda.
“Deus ajuda a quem cedo madruga” — esse aforismo popular é um reflexo da mais pura realidade. É preciso começar cedo a se organizar e procurar soluções. Quando falo em organização, meus filhos acham que é algo difícil de realizar. Mas afirmo que as coisas só são difíceis enquanto você achar que é difícil.
Quando os meus filhos decidirem que é preciso, que é possível, e assim aliarem sua vontade de realização ao conhecimento de sua necessidade, aí será fácil. Reclamar, chorar e adiar decisões não resolve problema algum.
Aliás, meu filho, tem algumas coisinhas que você poderá fazer em benefício próprio. Não adie aquilo que você tem de fazer. Adiar é uma forma de sabotar a si próprio.
Não procure culpados ou culpas, vá atrás de soluções e assuma sua responsabilidade. Aprenda a se organizar e agir.
Meus filhos estão acostumados a reagir e, então, não conquistam a vitória. Choram e lamentam, mas ainda isso é uma reação.
Seja uma pessoa ativa. Em vez de reagir, aja. Uma ação é muito mais inteligente do que uma reação.
É preciso ter coragem para mudar. As crises são o grito da vida nos chamando à modificação.



(matéria postada pela Rose no face)


quinta-feira, 20 de setembro de 2012

Evocação dos Espíritos



Introdução

No atual contexto do movimento espírita, a evocação dos espíritos está quase totalmente esquecida, dando-se preferência às manifestações espontâneas, privando com isto os grupos espíritas de um importante instrumento para o tratamento dos processos obsessivos.
Kardec informa no Cap.XXV do Livro dos Médiuns, que devemos usar "as duas maneiras de agir" (evocações e espontaneidade), pois as duas "têm suas vantagens e só haveria inconveniente na exclusão de uma delas".
Todo o capítulo XXV do Livro dos Médiuns é dedicado ao estudo da evocação, mostrando que a sua prática era corriqueira, sendo usada normalmente por Kardec e pelos centros espíritas da época.
Pretendemos demonstrar os benefícios e as limitações no uso das evocações, e que sua prática pode ser natural dentro dos trabalhos da casa espírita, como as comunicações espontâneas o são atualmente. Como nos demonstra Kardec no citado capítulo do Livro dos Médiuns, com as evocações poderemos aumentar a nossa capacidade de prestar serviços ao próximo no campo mediúnico.

Quem podemos evocar?

No item 274 do Cap. XXV do Livro dos Médiuns Kardec diz: "Podemos evocar todos os Espíritos, seja qual for o grau da escala a que pertençam: os bons e os maus...". Podemos evocar todos os espíritos, mas isto não quer dizer que todos vão atender os nossos chamados. Eles virão conforme a nossa evolução, a necessidade e a seriedade do trabalho proposto.
Podemos classificar e evocação dos espíritos de duas maneiras, levando em consideração a forma de como é feita:

Evocação direta e pessoal: é aquela em que citamos o nome de determinado espírito, evocando-o de uma forma pessoal. Temos que tomar muito cuidado com este tipo, pois se mal usado ou orientado pode transformar a nossa reunião mediúnica em sala de consultas, objetivando mais o interesse pessoal do que a caridade evangélica.

Evocação indireta: é quando não citamos um determinado nome, mas quando pedimos a presença e a assistência de nossos mentores e guias espirituais. A Codificação nos ensina que toda a prece é uma invocação, e invocar é chamar através da oração, pedir um socorro, um auxílio ou uma proteção; ou seja, é evocar através do pensamento, de uma forma indireta.

Quando e por que evocar?

Na psicografia:

Não aconselhamos o uso da evocação nestes trabalhos, principalmente se ele estiver voltado para o recebimento de mensagens de sofredores, pois nestes casos a espontaneidade é essencial para a credibilidade das mensagens recebidas, onde as informações podem ser checadas de uma forma mais isenta. Chico Xavier nos deixa uma valiosa lição neste sentido, pois quando o seu trabalho de psicografia estava no auge, ele recebia inúmeros pedidos de parentes para receber mensagens dos entes queridos desencarnados. Chico na sua humilde sabedoria, sempre evitou levar nomes para serem evocados para este fim, e se justificava dizendo: "o telefone toca de lá para cá".

Nas mensagens instrutivas:

O que podemos fazer aqui é no máximo uma evocação indireta, chamando sem citar nomes os mentores ou guias da casa. Não há a necessidade de se fazer uma evocação direta, pois podemos receber mensagens instrutivas de qualquer espírito evoluído que estiver trabalhando conosco. O mais importante neste caso é o exame racional e lógico da mensagem recebida, conforme ensina a Codificação, para se evitar a mistificação.

Nas reuniões mediúnicas de desenvolvimento:

No desenvolvimento mediúnico, é necessário, conforme O Livro dos Médiuns, dar ênfase à flexibilização da faculdade mediúnica, ou seja, condicionar os médiuns a trabalharem com vários tipos de espíritos. E isto só será possível se usarmos também a evocação junto com a comunicação espontânea dos espíritos. Podemos evocar de uma forma indireta sofredores, obsessores, suicidas etc; treinando desta forma o médium na flexibilização de sua mediunidade, e junto a isto aproveitando para desenvolver um atendimento mais específico a tais entidades.

Nas salas de passes:

Não é necessária uma evocação direta. Devemos pedir aos bons espíritos para nos assistirem através da evocação indireta, ou seja, somente por uma prece direcionada aos nossos mentores e guias.

Nas reuniões mediúnicas de desobsessão:

Como citamos na introdução, toda reunião mediúnica tem que se valer das evocações e da espontaneidade, conforme nos ensina Kardec. Na nossa experiência, usamos a espontaneidade para o recebimento de instruções dos nossos mentores e abrimos espaços para que eles possam usar um certo número de comunicações livres para atender entidades necessitadas, das quais não temos o conhecimento prévio. Usamos a evocação indireta no tratamento das obsessões que necessitam de um atendimento mediúnico, como explicaremos adiante.

Na desobsessão:

De acordo com a classificação da Codificação, a obsessão pode ser simples, degenerada, fascinação ou subjugação. Na obsessão simples, não é necessário um tratamento espiritual profundo, pois o próprio paciente, com um pouco de boa vontade, pode, com a freqüência regular a uma casa religiosa, livrar-se deste processo obsessivo. 
Mas já nas obsessões degeneradas, fascinações e subjugações se faz necessário um contato mais direto com o espírito obsessor, e só teremos um controle sobre isto se ligarmos a comunicação da entidade ao paciente em tratamento. Isto acontece se fizermos uma evocação indireta, ou seja, se levarmos o nome do paciente para a reunião e orarmos para ele, pedindo aos bons espíritos para ajudá-lo. E que se houver alguma entidade ligada ao caso, sendo necessária a sua comunicação, que possa ser feita desta forma. 
Quando um Grupo Espírita tem vários tratamentos de desobsessão e só pratica a comunicação espontânea, fica difícil o controle e a doutrinação destas entidades, pois as comunicações não estarão ligadas diretamente aos casos em tratamento. 
Somente desta maneira iremos criar um sistema de tratamento onde poderemos acompanhar com mais facilidade e evolução do tratamento desobsessivo, junto ao encarnado e ao desencarnado.

Textos das obras complementares que desaconselham a evocação

Emmanuel - O consolador - Questão 369

- É aconselhável a evocação direta de determinados espíritos?
- Não somos dos que aconselham a evocação direta e pessoal, em caso algum.
- Se essa evocação é passível de êxito, sua exequibilidade somente pode ser examinada no plano espiritual. Daí a necessidade de sermos espontâneos, porquanto, no complexo dos fenômenos espiríticos, a solução de muitas incógnitas espera o avanço moral dos aprendizes sinceros da Doutrina. O estudioso bem-intencionado, portanto, deve pedir sem exigir, orar sem reclamar, observar sem pressa, considerando que a esfera espiritual lhe conhece os méritos e retribuirá os seus esforços de acordo com a necessidade de sua posição evolutiva e segundo o merecimento do seu coração.
- Podereis objetar que Allan Kardec se interessou pela evocação direta, procedendo a realização dessa natureza, mas precisamos ponderar, no seu esforço, a tarefa excepcional do Codificador, aliada a necessidades e méritos ainda distantes da esfera de atividade dos aprendizes comuns.

Emmanuel - O Consolador - Questão 380

- Qualquer comunicado com o invisível deve ser espontâneo, e o espiritista cristão deve encontrar na sua fé o mais alto recurso de cessação do egoísmo humano, ponderando quanto à necessidade de repouso daqueles a quem amou, e esperando a sua palavra direta, quando e como julguem os mentores espirituais conveniente e oportuno. 

André Luiz - Desobsessão - Cap.34

- No curso do trabalho mediúnico, os esclarecedores não devem constranger os médiuns psicofônicos a receberem os desencarnados presentes, repetindo ordens e sugestões neste sentido, atentos ao preceito de espontaneidade, fator essencial ao êxito do intercâmbio.

Conclusão:

Conforme a parábola de Jesus sobre os talentos, temos um trabalhador que escondeu o talento que o Senhor da Seara lhe deu para ser usado, por medo de perdê-lo ou usá-lo mal. Quando foi prestar contas do que tinha feito com o talento, este lhe foi tirado e dado àquele que tinha usado e aplicado os talentos recebidos.
Estamos vendo o Movimento Espírita se comportar desta forma perante a evocação, que é nada além de um talento que nos foi dado para usarmos em prol do bem comum. Estamos escondendo e enterrando este talento por medo e omissão, deixando de prestar um serviço valioso ao próximo.
A evocação é simplesmente um instrumento, que pode ser usado para o bem ou para o mal, depende do livre-arbítrio de cada um. A Doutrina Espírita nos orienta de uma forma objetiva e racional na prática deste instrumento, no sentido de trazer os benefícios que ele e nenhum outro pode trazer. Estamos condenando o instrumento pelo mau uso que se pode fazer com ele. Este tipo de posicionamento é semelhante ao de Moisés que condenou a prática da mediunidade pelo mau uso que os Judeus e os Egípcios faziam dela, e até hoje estamos sentindo os efeitos deste comportamento radical.
De acordo com a Codificação, a evocação deve ser usada junto com as comunicações espontâneas, pois cada uma pode prestar valiosos serviços dentro da prática mediúnica. Nenhuma das duas deve ser descartada, pois com isto ficaremos com deficiência de instrumentos mediúnicos principalmente no tratamento racional e sistemático dos processos obsessivos, como também da pesquisa e da investigação mediúnica.

TATUAGEM E PIERCING NA VISÃO ESPÍRITA



O que pensa a doutrina espírita sobre as tatuagens e piercings?
Pensa que o bom senso é a melhor medida.
A doutrina espírita não se coloca contra nada, apenas orienta. Colocamos aqui o que acreditamos ser a maneira certa de agirmos para não sofrermos no futuro. Mas, a decisão em seguir ou não deixamos a critério de cada um. Primamos pelo livre arbítrio.

Não é a tatuagem que mostrará o caráter de uma pessoa. Apesar que, há certos desenhos funestos, sensuais, com palavreados chulos que, poderão ser formadores de preconceito além de atrair espíritos funestos, sensualistas que marcarão a psicosfera mental e perispiritual onde a pessoa poderá levar após sua desencarnação.

A doutrina pede também cuidado com o corpo físico. E certas atitudes são verdadeiras agressões que, muitas vezes, ferem a parte adornada, causando danos irreversíveis ao corpo físico.

"Durante o processo de tatuagem, a pele é perfurada de 80 a 150 vezes por segundo para injetar os pigmentos coloridos.
Os pesquisadores ressaltam que os instrumentos entram em contato com o sangue e fluidos corporais. Com isso, infecções podem ser transmitidas se o instrumento é usado em mais de uma pessoa sem ser esterilizado ou devidamente higienizado. Além disso, as tintas próprias da tatuagem não são mantidas em embalagens esterilizadas e podem servir de transporte para infecções. Outros riscos relacionados à tatuagem apontados pelo estudo incluem reações alérgicas, HIV, hepatite B, infecção de fungos e bactérias, e outros riscos associados à remoção de tatuagens." 
A pessoa tatuada só poderá doar sangue após um ano. Então, se um filho, um amigo, um parente precisar de nosso sangue antes de um ano, não poderemos socorrer.

Segundo Divaldo Pereira Franco, pessoas que tatuam o corpo inteiro ou o enchem de piercings, são almas que ainda trazem reminiscências vivas de encarnações em épocas bárbaras, quando guerreiros sanguinários se utilizavam desses meios para se impor frente aos adversários.
Mas, muitas pessoas também fazem tatuagem por estar na moda, pelo conflito da adolescência, etc., que mais tarde, muitos se arrependem.
Então, a doutrina deve orientar e esclarecer quando possível. Proibir nunca. Respeitar sempre.

Qual a importância do corpo físico para os espíritas?

O corpo físico é patrimônio que Deus elaborou para servir de veículo ao Espírito nas suas variadas reencarnações. É com ele que o Espírito pratica seus conhecimentos e vive experiências necessárias, melhorando-se dia-a-dia. Assim, devemos ter para com nosso corpo um carinho e uma atenção especial, zelando e ofertando-lhe o que de melhor a natureza pode lhe dar. Daí o necessário repúdio as drogas, desde as mais simples, como o cigarro e a bebida alcoólica, até as mais graves; daí também o cuidado com a higiene; com a alimentação e os sentimentos equilibrados, enfim, com a saúde do corpo. 
Como disse Joanna de Ângelis no livro “Dias Gloriosos”: “Todo corpo físico merece respeito e cuidados, carinho e zelo contínuos, por ser a sede do Espírito, o santuário da vida em desenvolvimento.”

Texto de: Mocidade Espírita Allan Kardec


quarta-feira, 19 de setembro de 2012

Referente a palestra do equilíbrio


Referente aos recados do dia 02/09


ORAÇÃO  DO  DISCÍPULO

Emmanuel

Senhor Jesus!
Do pesado madeiro de minha inconsciência, em que as minhas fraquezas Te crucificaram, ouve-me os rogos e não me negues Teu socorro constante.
Vidente Divino, dá-me a graça de ver os favores com que me enriqueces, em forma de lutas e sofrimentos.
Benfeitor Eterno, faze-me sentir a alegria do Céu, em minhas dores terrestres.
Oleiro Paciente, aquece a argila do meu frágil coração para que se transforme em vaso proveitoso ao Teu serviço.
Sábio Juiz, infunde-me respeito às leis divinas que esperam a minha regeneração para a eternidade.
Companheiro Atencioso, auxilia-me a ser irmão de todas as criaturas.
Médico infalível, cura-me as chagas íntimas, alimentadas por minha própria imprevidência.
Amigo Admirável, sela meus lábios para o mal e inspira-me o amor infatigável ao bem.
Mestre Abnegado, não me faltes com as Tuas lições de cada dia.
Semeador Celeste, protege a Terra de minh’alma contra os vermes da má vontade e da preguiça para que eu Te encontre incessantemente no trabalho que me concedeste.
Senhor das Bênçãos, não me relegues aos inconscientes desejos que nascem de mim e sustenta-me abençoado caminho da vida reta em que devo negar a mim mesmo, tomar a cruz salvadora de minhas próprias obrigações e marchar ao Teu encontro, hoje e sempre.
Assim seja.

Livro A Luz da Oração. Psicografia de Francisco Candido Xavier - Espíritos Diversos.

terça-feira, 18 de setembro de 2012

As sete linhas de Umbanda

Gente, esta é uma homenagem as sete linhas de Umbanda. Em cada uma, há uma descrição de quem é, suas  lendas, suas características e a de seus filhos. 



Xangô

XANGÔ – SÃO JERÔNIMO


Sincretizado a São Jerônimo, Xangô é o Orixá da sabedoria e da justiça, sua cor é o marrom.
São Jerônimo nasceu na cidade de Estrido, Dalmacia, nas atuais fronteiras da Iugoslávia, por volta do ano 340 e ele foi um dos grandes escritores de seu tempo. Tornou-se monge e partiu para o Oriente, fixou-se na Síria entregando-se a uma vida de penitências e orações. Regressando a Roma, foi feito secretário do papa São Damaso que lhe deu a missão de traduzir as Sagradas Escrituras para o latim, obra que ficou conhecida como Vulgata dando origem a Biblia atual.
Xangô é o responsável pela solução das pendências e das injustiças, dando a quem merece o devido castigo e, a vitória ao injustiçado.
Xangô simboliza a lei de causa e efeito, seu fetiche é a machada de dois gumes ou a balança de dois pratos, simbolizando a justiça e a imparcialidade. 
Recorrem a Xangô todos os injustiçados, perseguidos espiritual e materialmente.
Os domínios de Xangô são as pedreiras e as cachoeiras, de Xangô emanam forças poderosíssimas, é a Ele que recorremos   quando necessitamos de ajuda nos processos que demandem muita energia, nas demandas espirituais, nos processos judiciais, enfim, todos os assuntos ligados à lei e a justiça.
Nossos irmãos africanos nos ensinaram que Xangô é o Orixá atuante simbolicamente sobre as tempestades e tudo que dela provenha como raios, chuva com trovoadas, etc.
Xangô como todos os Orixás jamais desampara aqueles que a Ele recorrem.
De Xangô emanam a autoridade, a justiça e o saber. Ele jamais erra e não permite o erro de seus filhos. É o protetor dos   bons juizes, dos bons advogados e de todos aqueles que tenham contato com as práticas das leis.
Nas demandas espirituais após Ogum ou os outros Orixás envolvidos nessas demandas terem feito o seu trabalho,Xangô virá obrigatoriamente cumprir a lei de Deus de causa e efeito.
A vibração de Xangô, nas evocações que ocorrem nos templos de Umbanda, é fortíssima. Quando incorporado em nossos médiuns transmite sempre a imagem de alguém forte como a rocha, todos pressentem sua tremenda força.
Em muitos pontos cantados de Xangô, ouve-se a frase; “

Não brinque com Xangô, porque Xangô não brinca não”.

Essa frase transmite claramente sua autoridade e intolerância com os erros dos homens.
Xangô está sempre associado à força, Ele é autoritário, capaz de despertar o respeito por suas determinações e leis, com poder para decidir sobre o bem e o mal. 
As suas determinações serão sempre obedecidas por todos, gostem ou não. Por estar associado à firmeza da rocha e à estabilidade que as pedreiras transmitem, que são os seus domínios, delas emana a sua força.
Em suas obrigações podem ser usadas flores brancas, velas de cor marrom ou brancas, cerveja preta e água da cachoeira. Nesse sentido, é comum ver as obrigações que lhe são feitas nas pedreiras e cachoeiras, sendo que em muitos casos depositam lá uma verdadeira parafernália de objetos e comidas como o quiabo com feijão fradinho e outras coisas mais, como o vinho e licores diversos. 
Não há necessidade de pedir a Xangô a justiça, Ele a fará sempre mesmo que você não peça ajuda a Ele. Na realidade evite pedir justiça, se você pedir a justiça, tenha certeza que Ele atenderá o seu pedido, mas como qualquer ser humano você tem em seu passado alguma coisa da qual se envergonha e Xangô também vai ver os seus erros e lhe dará também, ao mesmo tempo, o seu pagamento por suas obras. 
Você se sente injustiçado? Então aguarde, Xangô fará a justiça por você, sem que exista a necessidade de pedir coisa alguma a Ele; mas se pedir, prepare-se, você também receberá o seu pagamento. 
Se o assunto é ligado a lei e aos seus processos e você possui a verdade ao seu lado, pode recorrer a Ele com toda a garantia de vitória, mas só proceda desta forma se tiver à verdade ao seu lado, porque se você é o errado na questão, tenha certeza que Ele vai puni-lo. 
A justiça de Xangô é baseada em leis Divinas, leis que tem origem Divina e não podem ser manipulado pelos homens, seja sábio.
Cor ....................... Marrom
Domínios ................ Pedreiras e cachoeiras
Atuação ................. A justiça
Saudação ............... Kaô cabecile
Elemento ............... Terra
Matéria tirada do site:  http://www.nuss.com.br/os-orixas/xango.html








Iansã


Salve o Dia 04 de Dezembro!
Eparrei Oyá!

Mitos, Lendas, Associações e Principais Características
Senhora da Tarde, Dona dos Espíritos, Senhora dos Raios e das Tempestades.
Oyá, mais conhecida no Brasil como Yansã, foi uma princesa real na cidade de Irá, na Nigéria em 1450a.C.. Sobrinha-neta do rei Elempe e neta de Torossi(mãe de Xangô), conquistou com valentia, coragem e dedicação seu caminho para o trono de Oyó.
Conhecedora de todos os meandros da magia encantada, nunca se deixou abater por guerras, problemas e disputas.
Foi mulher de seu primo Xangô e ajudou-o a conquistar vários reinos anexados ao Império Yorubano. Porém, abandonou-o em defesa de sua cidade natal, disposta a enfrentá-lo.
Oyá recebeu, de Olorun, a missão de transformar e renovar a natureza através do vento, que ela sabe manipular. O vento nem sempre é tão forte, mas, algumas vezes, forma-se uma tormenta, que provoca muita destruição e mudanças por onde passa, havendo uma reciclagem natural. Normalmente, Oyá sopra a brisa, que, com sua doçura, espalha a criação, fazendo voar as sementes, que irão germinar na terra e fazer brotar uma nova vida. Além disso, esse vento manso também é responsável pelo processo de evaporação de todas as águas da terra, atuando junto aos rios e mares. Esse fenômeno é vital para a renovação dos recursos naturais, que, ao provocar as chuvas, estarão fertilizando a terra.
Divindade eólica, sopram os ventos que afastam as nuvens, para a passagem dos raios desferidos por Xangô. E é o raio que abre os reservatórios do céu, para fazer cair a chuva, relação comum em todas as mitologias.
Apesar de dominar o vento, Oyá originou-se na água, assim como as outras yabas, que possuem o poder da procriação e da fertilidade. Está relacionada com o número 9, indicativo principal do seu odú.
Oyá está associada ao ar, ao vento, a tempestade, ao relâmpago/raio (ar+movimento e fogo) e aos ancestrais (eguns). Na Nigéria ela é a deusa do rio Niger. É a menina dos olhos de Oxalá, seu protetor, e a única divindade que entra no Ibalé dos Eguns(mortos).
Oyá tem ligações com o mundo subterrâneo, onde habitam os mortos, sendo o único orixá capaz de enfrentar os eguns. Entre as individuações da multifacetária Iansã, uma delas é como Deusa dos Cemitérios.
Impetuosa, guerreira e de forte personalidade, é reverenciada no culto dos eguns. Em yorubá, chama-se Odò Oyà.
Oyá, em tempos remotos, era patrona (ou matrona) de uma sociedade secreta feminina, que cultuava os ancestrais (pessoas já desencarnadas pertencentes à religião), que denominamos Egungun. Foi o orixá Ogun que conseguiu acabar com a primazia das mulheres nesse culto, que passou a ser exclusivamente masculino. Mas, apesar disto, Oyá ainda é reverenciada nessa sociedade.
Oyá, segundo a mitologia, é um orixá muito forte, enfrentando a tudo e a todos por seus ideais. Não aceita a submissão ou qualquer tipo de prisão.
Faz parte de sua indumentária a espada curva (alfanje), o erukere, que usava para sua defesa, além de muitos braceletes e objetos de cobre.
Sua dança é muito expansiva, ocupando grande espaço e chamando muita atenção.
Duas espadas e um par de chifres de búfalo representam a imagem de Oyà.
Suas contas são vermelhas ou tijolo, o coral por excelência, o monjoló (uma espécie de conta africana, oriunda de lava vulcânica).
Seus símbolos são: os chifres de búfalo, um alfanje, adaga, eruesin [eruexin] (confeccionado com pelos de rabo de cavalo, encravados em um cabo de cobre, utilizado para "espantar os eguns").
Com Oxalá aprendeu sobre o uso do raciocínio e o dom da paciência. Por isso ela não desiste facilmente de seus objetivos, sabendo esperar o momento certo para conquistá-los.
Oyá é puro movimento. Não pode ficar parada, para não extinguir sua energia. O vento nunca morre, ele está sempre percorrendo novos espaços.
Arquétipo
Arquetipicamente, Iansã é a mulher guerreira que, em vez de ficar no lar, vai à guerra. São assim os filhos de Iansã, que preferem as batalhas grandes e dramáticas ao cotidiano repetitivo.
Costumam ver guerra em tudo, sendo portanto competitivos, agressivos e dados a ataques de cólera. Ao contrário, porém, da busca de certa estratégia militar, que faz parte da maneira de ser dos filhos de Ogum, que enfrentam a guerra do dia-a-dia, os filhos de Iansã costumam ser mais individualistas, achando que com a coragem e a disposição para a batalha, vencerão todos os problemas, sendo menos sistemáticos, portanto, que os filhos de Ogum.
São quase que invariavelmente de Iansã, os personagens que transformam a vida num buscar desenfreado tanto de prazer como dos riscos. São fortemente influenciados pelo arquétipo da deusa aquelas figuras que repentinamente mudam todo o rumo da sua vida por um amor ou por um ideal. Faz parte dos filhos de Iansã a maior arte dos militantes políticos não cerebrais por excelência. Ao mesmo tempo, quando rompem com uma ideologia e abraçam outra, vão mergulhar de cabeça no novo território, repudiando a experiência anterior de forma dramática e exagerada, mal reconhecendo em si mesmos, as pessoas que lutavam por idéias tão diferentes. Talvez uma súbita conversão religiosa, fazendo com que a pessoa mude completamente de código de valores morais e até de eixo base de sua vida, pode acontecer com os filhos de Iansã num dado momento de sua vida.
Da mesma forma que o filho de Iansã revirou sua vida uma vez de pernas para o ar, poderá novamente chegar à conclusão de que estava enganado e, algum tempo depois, fazer mais uma alteração - tão ou mais radical ainda que a anterior.
O temperamento dos que têm Oyá como Orixá de cabeça, costuma ser instável, exagerado, dramático em questões que, para outras pessoas não mereceriam tanta atenção e, principalmente, tão grande dispêndio de energia.
São do tipo Iansã, aquelas pessoas que podem ter um desastroso ataque de cólera no meio de uma festa, num acontecimento social, na casa de um amigo - e, o que é mais desconcertante, momentos após extravasar uma irreprimível felicidade, fazer questão de mostrar, à todos, aspectos particulares de sua vida.
Como esse arquétipo que gera muitos fatos, é comum que pessoas de Iansã surjam freqüentemente nos noticiários. Ao mesmo tempo, é um caráter cheio de variações, de atitudes súbitas e imprevisíveis que costumam fascinar (senão aterrorizar) os que os cercam e os grandes interessados no comportamento humano.
Os Filhos de Iansã são atirados, extrovertidos e chocantemente diretos. Às vezes tentam ser maquiavélicos ou sutis, mas só detidamente. A longo prazo, um filho de Iansã sempre acaba mostrando cabalmente quais seus objetivos e pretensões. Eles têm uma tendência a desenvolver vida sexual muito irregular, pontilhada por súbitas paixões, que começam de repente e podem terminar mais inesperadamente ainda. São muito ciumentos, possessivo, muitas vezes se mostrando incapazes de perdoar qualquer traição - que não a que ele mesmo faz contra o ser amado. Ao mesmo tempo, costumam ser amigos fiéis para os poucos escolhidos ara seu círculo mais íntimo.
Um problema, porém, pode atrapalhar tudo: a inconstância com que vê sua vida amorosa; outros detalhes podem também contaminar os aspectos profissionais.
Todas essas características criam uma grande dificuldade de relacionamentos duradouros com os filhos de Iansã. Se por um lado são alegres e expansivos, por outro, podem ser muito violentos quando contrariados; se têm a tendência para a franqueza e para o estilo direto, também não podem ser considerados confiáveis, pois fatos menores provocam reações enormes e, quando possessos, não há ética que segure os filhos de Iansã, dispostos a destruir tudo com seu vento forte e arrasador.
Resumo
Sincretismo: Santa Bárbara
Suas cores: vermelho e coral
Saudação : Eparrei!
Seu dia : Quarta-feira
Comida predileta: acarajé, milho temperado com camarão e azeite de dendê.
Frutas e verduras: manga rosa, uva vermelha, maçã, cenoura, quiabo.
Plantas: espada de Iansã (borda amarela) e bambu.
Elemento: fogo e ar
Festa: 4 de dezembro, dia de Santa Bárbara, com quem está identificada.
Pedras: rubi, coral, granada.





Oxóssi



Divindade da caça que vive nas florestas. Seus principais símbolos são o arco e flecha, chamado Ofá, e um rabo de boi chamado Eruexim. Em algumas lendas aparece como irmão de Ogum e de Exú.
Oxossi é o rei de Keto, filho de Oxalá e Yemanjá, ou, nos mitos, filho de Apaoka (jaqueira). É o Orixá da caça; foi um caçador de elefantes, animal associado à realeza e aos antepassados. Diz um mito que Oxossi encontrou Iansã na floresta, sob a forma de um grande elefante, que se transformou em mulher. Casa com ela, tem muitos filhos que são abandonados e criados por Oxum.
Oxossi vive na floresta, onde moram os espíritos e está relacionado com as árvores e os antepassados. As abelhas pertencem-lhe e representam os espíritos dos antepassados femininos. Relaciona-se com os animais, cujos gritos imita a perfeição, e caçador valente e ágil, generoso, propicia a caça e protege contra o ataque das feras. Um solitário solteirão, depois que foi abandonado por Iansã e também porque na qualidade de caçador, tem que se afastar das mulheres, pois são nefastas à caça.
Está estreitamente ligado a Ogum, de quem recebeu suas armas de caçador. Ossãe apaixonou-se pela beleza de Oxossi e prendeu-o na floresta. Ogum consegue penetrar na floresta, com suas armas de ferreiro e libertá-lo. Ele esta associado, ao frio, à noite, à lua; suas plantas são refrescantes.
Em algumas caracterizações, veste-se de azul-turquesa ou de azul e vermelho. Leva um elegante chapéu de abas largas enfeitados de penas de avestruz nas cores azul e branco. Leva dois chifres de touro na cintura, um arco, uma flecha de metal dourado. Sua dança sumula o gesto de atirar flechas para a direita e para a esquerda, o ritmo é “corrido” na qual ele imita o cavaleiro que persegue a caça, deslizando devagar, às vezes pula e gira sobre si mesmo. É uma das danças mais bonitas do Candomblé.
Orixá das matas, seu habitat é a mata fechada, rei da floresta e da caça, sendo caçador domina a fauna e a flora, gera progresso e riqueza ao homem, e a manutenção do sustento, garante a alimentação em abundância, o Orixá Oxossi está associado ao Orixá Ossaê, que é a divindade das folhas medicinais e ervas usadas nos rituais de Umbanda.
Irmão de Ogum, habitualmente associa-se à figura de um caçador, passando a seus filhos algumas das principais características necessárias a essa atividade ao ar livre: concentração, atenção, determinação para atingir os objetivos e uma boa dose de paciência.
Segundo as lendas, participou também de algumas lutas, mas não da mesma maneira marcante que Ogum.
No dia-a-dia, encontramos o deus da caça no almoço, no jantar, enfim em todas as refeições, pois é ele que provê o alimento. Rege a lavoura, a agricultura, permitindo bom plantio e boa colheita para todos.
Segundo Pierre Verger, o culto a Oxossi é bastante difundido no Brasil mas praticamente esquecido na África. A hipótese do pesquisador francês é que Oxossi foi cultuado basicamente no Keto, onde chegou a receber o título de rei. Essa nação, porém foi praticamente destruída no século XIX pelas tropas do então rei do Daomé. Os filhos consagrados a Oxossi foram vendidos como escravos no Brasil, Antilhas e Cuba. Já no Brasil, o Orixá tem grande prestígio e força popular, além de um grande número de filhos.
O mito do caçador explica sua rápida aceitação no Brasil, pois identifica-se com diversos conceitos dos índios brasileiros sobre a mata ser região tipicamente povoada por espíritos de mortos, conceitos igualmente arraigados na Umbanda popular e nos Candomblés de Caboclo, um sincretismo entre os ritos africanos e os dos índios brasileiros, comuns no Norte do País.
Talvez seja por isso que, mesmo em cultos um pouco mais próximos dos ritos tradicionalistas africanos, alguns filhos de Oxossi o identifiquem não com um negro, como manda a tradição, mas com um Índio.
Oxossi é o que basta a si mesmo. A ele estiveram ligados alguns Orixás femininos, mas o maior destaque é para Oxum, com quem teria mantido um relacionamento instável, bem identificado no plano sexual, coisa importante tanto para a mãe da água doce como para o caçador, mas difícil no cotidiano, já que enquanto ela representa o luxo e a ostentação, ele é a austeridade e o despojamento.

CARACTERÍSTICAS:

Cor
Verde (No Candomblé: Azul Celeste Claro)
Fio de Contas
Verde Leitosas (Azul Turquesa, Azul Claro)
Ervas
Alecrim, Guiné, Vence Demanda, Abre Caminho, Peregum (verde), Taioba, Espinheira Santa, Jurema, Jureminha, Mangueira, Desata Nó. (Erva de Oxossi, Erva da Jurema, Alfavaca, Caiçara, Eucalipto)
Símbolo
Ofá (arco e flecha).
Pontos da Natureza
Matas
Flores
Flores do campo
Essências
Alecrim
Pedras
Esmeralda, Amazonita. (Turquesa, Quartzo Verde, Calcita Verde)
Metal
Bronze (Latão)
Saúde
Aparelho Respiratório
Planeta
Vênus
Dia da Semana
Quinta-feira
Elemento
Terra
Chakra
Esplênico
Saudação
Okê Arô (Odé Kokê Maior)
Bebida
Vinho tinto (água de coco, caldo de cana, aluá)
Animais
Tatu, Veado, Javali. (qualquer tipo de caça)
Comidas
Axoxô – milho com fatias de coco, Frutas.(Carne de caça, Taioba, Ewa – feijão fradinho torrado na panela de barro, papa de coco e frutas.)
Numero
6
Data Comemorativa
20 janeiro
Sincretismo:
S. Sebastião.
Incompatibilidades:
Mel, Cabeça de bicho (nas imolações e alimentos), Ovo
Qualidades:
Êboalama, Orè, Inlé ou Erinlè, Fayemi, Ondun, Asunara, Apala, Agbandada, Owala, Kusi, Ibuanun, Olumeye, Akanbi, Alapade, Mutalambo

ATRIBUIÇÕES:
Oxossi é o caçador por excelência, mas sua busca visa o conhecimento. Logo, é o cientista e o doutrinador, que traz o alimento da fé e o saber aos espíritos fragilizados tanto nos aspectos da fé quanto do saber religioso.
AS CARACTERÍSTICAS DOS FILHOS DE OXÓSSI
O filho de Oxossi apresenta arquetipicamente as características atribuídas do Orixá. Representa o homem impondo sua marca sobre o mundo selvagem, nele intervindo para sobreviver, mas sem alterá-lo.
Os filhos de Oxossi são geralmente pessoas joviais, rápidas e espertas, tanto mental como fisicamente. Tem portanto, grande capacidade de concentração e de atenção, aliada à firme determinação de alcançar seus objetivos e paciência para aguardar o momento correto para agir.
Fisicamente, os filhos de Oxossi, tendem a ser relativamente magros, um pou co nervosos, mas controlados. São reservados, tendo forte ligação com o mundo material, sem que esta tendência denote obrigatoriamente ambição e instáveis em seus amores.
No tipo psicológico a ele identificado, o resultado dessa atividade é o conceito de forte independência e de extrema capacidade de ruptura, o afastar-se de casa e da aldeia para embrenhar-se na mata, afim de caçar. Seus filhos, portanto são aqueles em que a vida apresenta forte necessidade de independência e de rompimento de laços. Nada pior do que um ruído para afastar a caça, alertar os animais da proximidade do caçador. Assim os filhos de Oxossi trazem em seu inconsciente o gosto pelo ficar calado, a necessidade do silêncio e desenvolver a observação tão importantes para seu Orixá. Quando em perseguição a um objetivo, mantêm-se de olhos bem abertos e ouvidos atentos.
Sua luta é baseada na necessidade de sobrevivência e não no desejo de expansão e conquista. Busca a alimentação, o que pode ser entendido como sua luta do dia-a-dia. Esse Orixá é o guia dos que não sonham muito, mas sua violência é canalizada e represada para o movimento certo no momento exato. É basicamente reservado, guardando quase que exclusivamente para si seus comentários e sensações, sendo muito discreto quanto ao seu próprio humor e disposição.
Os filhos de Oxossi, portanto, não gostam de fazer julgamentos sobre os outros, respeitando como sagrado o espaço individual de cada um. Buscam preferencialmente trabalhos e funções que possam ser desempenhados de maneira independente, sem ajuda nem participação de muita gente, não gostando do trabalho em equipe. Ao mesmo tempo , é marcado por um forte sentido de dever e uma grande noção de responsabilidade. Afinal, é sobre ele que recai o peso do sustento da tribo.
Os filhos de Oxossi tendem a assumir responsabilidades e a organizar facilmente o sustento do seu grupo ou família. Podem ser paternais, mas sua ajuda se realizará preferencialmente distante do lar, trazendo as provisões ou trabalhando para que elas possam ser compradas, e não no contato íntimo com cada membro da família. Não é estranho que, quem tem Oxossi como Orixá de cabeça, relute em manter casamentos ou mesmo relacionamentos emocionais muito estáveis. Quando isso acontece, dão preferência a pessoas igualmente independentes, já que o conceito de casal para ele é o da soma temporária de duas individualidades que nunca se misturam. Os filhos de Oxossi, compartilham o gosto pela camaradagem, pela conversa que não termina mais, pelas reuniões ruidosas e tipicamente alegres, fator que pode ser modificado radicalmente pelo segundo Orixá.
Gostam de viver sozinhas, preferindo receber grupos limitados de amigos. É portanto, o tipo coerente com as pessoas que lidam bem com a realidade material, sonham pouco, têm os pés ligados à terra.
São pessoas cheias de iniciativa e sempre em vias de novas descobertas ou de novas atividades. Têm o senso da responsabilidade e dos cuidados para com a família. São generosas, hospitaleiras e amigas da ordem, mas gostam muito de mudar de residência e achar novos meios de existência em detrimento, algumas vezes, de uma vida doméstica harmoniosa e calma.
O tipo psicológico, do filho de Oxossi é refinado e de notável beleza. É o Orixá dos artistas intelectuais. É dotado de um espírito curioso, observador de grande penetração. São cheios de manias, volúveis em suas reações amorosas, multo susceptíveis e tidos como “complicados”. É solitário, misterioso, discreto, introvertido. Não se adapta facilmente à vida urbana e é geralmente um desbravador, um pioneiro. Possui extrema sensibilidade, qualidades artísticas, criatividade e gosto depurado. Sua estrutura psíquica é muito emotiva e romântica.
LENDAS DE OXÓSSI:
Como Oxossi Virou Orixá
Odé era um grande caçador. Certo dia, ele saiu para caçar sem antes consultar o oráculo Ifá nem cumprir os ritos necessários. Depois de algum tempo andando na floresta, encontrou uma serpente: era Oxumaré em sua forma terrestre. A cobra falou que Odé não devia matá-la; mas ele não se importou, matou-a,cortou-a em pedaços e levou para casa, onde a cozinhou e comeu; depois foi dormir. No outro dia, sua esposa Oxum encontrou-o morto, com um rastro de cobra saindo de seu corpo e indo para a mata. Oxum tanto se lamentou e chorou, que Ifá o fez renascer como Orixá, com o nome de Oxossi.
Fonte: http://www.casaiemanjaiassoba.com.br/oxossi.html