sexta-feira, 27 de setembro de 2013

OI…SOU SEU ORIXÁ!


“Eu estou ao seu lado e sou aquele que nunca desacredita dos seus sonhos.
Sou eu que as vezes altero seu itinerário, e até atraso seus horários para evitar acidentes ou encontros desagradáveis.
Sim, sou eu que falo ao seu ouvido aquelas “inspirações” que você acredita que acabou de ter como “grande idéia”.
Sou eu quem te causa aqueles arrepios quando você se aproxima de lugares ou situações que vão te fazer mal.
E sou eu quem chora por você quando você com a sua teimosia insiste em fazer tudo ao contrário só para desafiar o mundo.
Quantas noites passei na cabeceira de sua cama velando por sua saúde, cuidando de sua febre e renovando suas energias.
Quantos dias eu te segurei para que você não entrasse naquele ônibus, carro e até avião?
Quantas ruas escuras eu te guiei em segurança? Não sei, perdi a conta, e isso não importa.
O que realmente importa, e o que me deixa triste e preocupado, é quando você assume a postura de vítima do mundo
Quando você não acredita na sua capacidade de resolver os problemas, quando você aceita as situações como insolúveis
Quando você pára de “lutar” e simplesmente reclama de tudo e de todos.
Quando você desiste de ser feliz e culpa outra pessoa pela sua infelicidade.
Quando você deixa de sorrir e assume que não há motivos para rir, quando o mundo está repleto de coisas maravilhosas.
Quando se esquece até de mim, seu Orixá, aquele que Olorum deu a honra de auxiliar nessa missão tão difícil que é viver e progredir.
Já que me deixaram falar diretamente com você, gostaria de te lembrar,
Que estou ao seu lado sempre, mesmo quando você acredita estar totalmente só e abandonado,
Até nesse momento eu estou segurando a sua mão, eu estou consolando seu coração,
Eu estou te olhando, e por te amar demais, fico triste com a sua tristeza, mas, como eu sei que você nasceu para brilhar,
Eu agradeço a Olorum a oportunidade bendita de te conhecer e cuidar de você, porque você é realmente muito especial.

Seu Orixá, que acredita em você!


domingo, 22 de setembro de 2013

Erês na Umbanda



 Ibeijada, Yori, Erês, Dois-Dois, Crianças, Ibejis, são esses vários nomes para essas entidades que se apresentam de maneira infantil.Quando chegam no terreiro transformam o ambiente em pura alegria.

YORI: um dos raros termos sagrados que se manteve sem nenhuma alteração. Esse termo, assim como Yorimá, era de pleno conhecimento da pura Raça Vermelha, só se apagando do mental do Ser humano após a catástrofe da Atlântida. Ele ressurgiu através do Movimento Umbandista, em sua mais alta pureza e expressão. Traduzindo este vocábulo através do alfabeto Adâmico, temos: A Potência Divina Manifestando-se; A Potência dos Puros.

BEIJADA: Nome dado no Brasil, às entidades que se apresentam sob a forma de crianças. São, conforme a crença geral, nos cultos afro-brasileiros e na Umbanda, as falanges dos Orixás gêmeos africanos IBEJIS

IBEJI : (ib: “nascer”; eji: “dois”) Orixás gêmeos africanos que correspondem, no sincretismo afro-brasileiro, aos santos católicos Cosme e Damião. Ibeji na nação Keto, ou Vunji nas nações Angola e Congo.

DOIS DOIS: Nome pela qual são designados os santos católicos Crispim e Crispiniano; os santos Cosme e Damião; o Orixá africano IBEJI e a falange das crianças na Umbanda.

ERÊ: Vem do yorubá iré que significa “brincadeira, divertimento”. Existe uma confusão latente entre o Orixá Ibeji e os Erês. É evidente que há uma relação, mas não se trata da mesma entidade. Ibeji, são divindades gêmeas, sendo costumeiramente sincretizadas aos santos gêmeos católicos Cosme e Damião. Erês, Crianças, Ibejada, Dois-Dois, são Guias ou Entidades de caráter infantil que incorporam na Umbanda.




Essa linha é regida por Pai Oxumarê e possuem esse poder de renovação e incrivel capacidade de alegrar todos ao redor, o Amor é a própria energia manipulada pelas crianças.São espiritos naturais, que jamais passaram pelo processo de encarnação, encantados da natureza, seres de imensa luz e sabedoria, que utilizam da roupagem infantil para nos trazer sabedoria através de um sorriso.


No decorrer das consultas vão trabalhando com seu elemento de ação sobre o consulente, modificando e equilibrando sua vibração, regenerando os pontos de entrada de energia do corpo humano. Esses seres, mesmo sendo puros, não são tolos, pois identificam muito rapidamente nossos erros e falhas humanas. E não se calam quando em consulta, pois nos alertam sobre eles. Por apresentarem aspecto infantil podem não ser levadas muito a sério, porém o seu poder de ação fica oculto, são conselheiros e curadores, por isso foram associadas à Cosme e Damião, curadores que trabalhavam com a magia dos elementos. O elemento e força da natureza correspondente a Ibeji são todos, pois ele poderá, de acordo com a necessidade, utilizar qualquer dos elementos. Eles manipulam as energias elementais e são portadores naturais de poderes só encontrados nos próprios Orixás que os regem. Estas entidades são a verdadeira expressão da alegria e da honestidade, dessa forma, apesar da aparência frágil, são verdadeiros magos e conseguem atingir o seu objetivo com uma força imensa. Embora as crianças brinquem, dancem e cantem, exigem respeito para o seu trabalho, pois atrás dessa vibração infantil, se escondem espíritos de extraordinários conhecimentos. Imaginem uma criança com menos de sete anos possuir a experiência e a vivência de um homem velho e ainda gozar a imunidade própria dos inocentes. A entidade conhecida na umbanda por erê é assim. Faz tipo de criança, pedindo como material de trabalho chupetas, bonecas, bolinhas de gude, doces, balas e as famosas águas de bolinhas -o refrigerante e trata a todos como tio e vô.




Nomes :

Rosinha, ---> Da Cachoeira, Do Jardim, etc ...
Mariazinha  ---> Da Praia, da Beira da Praia, etc ...
Ritinha, 
Pedrinho ---> Da Praia, da Pedreira, etc...
Paulinho,
Joãozinho,
Francisquinho, 
Cosminho,
Crispim,
Flechinha,
Estrelinha,
Damiana,
 etc...



Alguns deles incorporam pulando e gritando, outros descem chorando, outros estão sempre com fome, etc... Estas características, que às vezes nos passam desapercebido, são sempre formas que eles têm de exercer uma função específica, como a de descarregar o médium, o terreiro ou alguém da assistência.



A festa de Cosme e Damião, santos católicos sincretizados com Ibeiji, à 27 de Setembro é muito concorrida em quase todos os terreiros do pais. Uma curiosidade: Cosme e Damião foram os primeiros santos a terem uma igreja erigida para seu culto no Brasil. Ela foi construída em Igarassu, Pernambuco e ainda existe.



Comem :  bolos, balas, refrigerantes, normalmente guaraná e frutas.
Velas: Cor-de-rosa, azul claro, brancas.
Flores: Rosas brancas e cor de rosa, flores do campo
Frutas: Uva, pêssego, goiaba, maçã, morango, cerejas, ameixas.
Comidas: Doces, Frutas, Arroz Doce, Cocadas, Balas, Bolo
Bebidas: Guarané, Suco de frutas
Portais de Cura: Flores, quartzo rosa e azul, mel, velas brancas,rosas e azuis.





                                                               Diversos pontos






Exú- Mirim (2 matérias)


Os mirins atuam no campo das intenções. Antes de que a força pomba gira realize com a sua atuação na área dos desejos, as crianças de esquerda já despertaram a intenção para algo. É por isso que, dependendo da situação em que a pessoa estiver, a oferenda para as três linhas da esquerda (exu, pomba gira e mirim) é melhor e até indicada.


Exu mirim e pomba gira menina são também os fatores descomplicadores e atrasadores da evolução. Descomplicadores tendo em vista que, num período curto de tempo, descomplicam situações que antes pareciam impossíveis. Atrazadores da evolução no sentido de retirar da pessoa algo que ela tem, mas não possui a maturidade para usufruir daquilo. Um exemplo, como todo respeito a outras doutrinas, é quando umbandistas ou demais espiritualistas deixam a sua doutrina e se filiam a religiões presas a dogmas e conceitos. Se formos entender bem, vemos a atuação dos mirins regredindo algo na vida daquela pessoa pelo fato de ser aquela regressão algo necessário para a evolução concreta do indivíduo.



Toda essa criançada gosta muito de chocolate e coca cola pura, pingada em mel ou em bebida em suas oferendas. Deixam sempre o recado de que jamais devemos mentir para eles. Quase sempre ele nos conhece muito melhor do que nós mesmos, pois são ariscos e espertos, entram em lugares que exus ou quaisquer outra entidade entra, por isso se engana aqueles que pensam que eles são apenas meninos de rua ou filhos de prostituta.


A meninada de esquerda costuma ser brincalhona em suas incorporações. São extremamente sinceras em suas falas, raramente (ou nunca) escondem algo. Ás vezes podem parecer desprovidos de educação, porém, estão, se realmente doutrinados, realizando seus trabalhos. São sempre vinculados a algum exu ou pomba gira, sendo estes responsáveis, muitas vezes, pelos nomes que os mirins adotam.

Observe:
Exu do Lodo → Exu Mirim Lodinho
Exu Calunga → Exu Mirim Calunguinha
Exu Tranca Rua → Exu Mirim Tranquinha
Exu Caveira - Exu Mirim Caverinha
Pomba Gira Maria ... → Pomba Gira Menina Mariazinha ...
Pomba Gira Rosa ... → Pomba Gira Menina Rosinha ...
Pomba Gira da Praia, do Sobrado, da Estrada, etc → Pomba Gira Menina da Praia, Menina do Sobrado, Menina da Estrada, etc.


Porém, nem sempre o médium que trabalhe com a pomba gira Maria Padilha trabalhará com a mirim Mariazinha, ou Mariinha, mas, claramente vemos, que isso é o mais comum.



Segundo a Umbanda de Saraceni, o médium trabalha sempre com um exu mirim e uma pomba gira menina, porém, um será mais ativo do que outro. Ou seja, um vai incorporar mais do que o outro. Saraceni afirma ainda que os mirins são espíritos que, assim como as crianças de direita, são encantados, vivendo na 7ª dimensão á nossa esquerda.



As incorporações dos mirins são consideradas por muitos como as mais feias da Umbanda, pelo fato de serem eles expositores de tudo o que tem o médium em seu interior. Porém, são, quando regidos pelos devidos exus ou pomba giras, são grandiosos trabalhadores.



As crianças de esquerda estão presentes em nossas vidas e merecem muito o nosso amor. Se um médium reclama que o seu mirim é mal educado, cabe ao aparelho tentar "doutrinar" a si mesmo, pois certamente aquele espírito estará copiando ou expondo aquele comportamento para modificar algo no médium.

Esses pequeninos se apegam muito aos médiuns que os amam, tomando inclusive as dores do aparelho em algumas situações. Já ouvimos muitas histórias desse tipo. Por isso, amemos nossas crianças, tanto de direita quanto de esquerda. Aprendamos com elas o máximo que pudermos, hoje e sempre!






Os Mirins protegem?



Observamos atualmente que muitos umbandistas têm duvidado da eficácia do trabalho das crianças, tanto das de direita, quanto das de esquerda. A estes damos uma sonora resposta: os grandes magos não precisam de muito para trabalhar.



Por falta de conhecimento e certa "diversidade" existente entre casas que trabalham com os pequenos da esquerda, muitos duvidam de seus trabalhos e ensinamentos, colocando a prova até mesmo sua importância no trabalho umbandista e espiritualista em geral.



Recentemente li artigos de outras páginas que diziam que exus mirins eram exus adultos. Já observei que muitos médiuns incorporam as pomba giras meninas (mirins) acreditando incorporar uma pomba gira "adulta". Sem querer mexer no fundamento que cada um aplica aos seus trabalhos, todos nós temos que concordar que um dos motivos do preconceito é justamente este: o mistério por trás destes espíritos, que sempre se apresentam brincando, falando, algumas vezes, em voz elevada, desmanchando demandas, etc.



Se formos investigar mais profundamente o trabalho destes guias, notaremos que, assim como as outras entidades de Umbanda, cada arquétipo por eles utilizado têm um fundamento. Desta forma, entramos na resposta da pergunta que dá título a esta postagem: sim! Os mirins são grandes protetores.



Trabalhando sobre o auxílio e a coordenação dos "adultos de esquerda", os mirins compõem o campo vibracional do orixá menor Yariri, que corresponte a vibração de Yori, que controla a linha das crianças. Assim sendo, sua existência é fundamentada. Eles são grandes instrumentos regredidores de evolução. Eis aí um dos motivos pelo qual os chamamos de protetores.



Na verdade, quando se tira algo de alguém, o mirim está extraindo da pessoa algo que poderia prejudicá-la futuramente. Exemplo: um médium, que, pelo seu desequilíbrio, é afastado dos trabalhos espirituais pelas crianças da esquerda. Logo, não consiste o afastamento um castigo, mas sim uma proteção contra futuros prejuízos, visto que aprendemos no Espiritismo que uma das leis que regulamenta a prática mediúnica é a afinidade, que, neste caso, fará com que o médium em desequilíbrio atraia também entidades em desequilíbrio, criando um processo no qual as entidades causam cada vez mais desequilíbrio no médium, que acaba por alimentá-las, gerando fortíssimos processos obsessivos.



Por aí chegamos a conclusão de que os mirins "antecipam" ações. Ou seja, eles vêm antes de algo acontecer. E é aí que entramos em um outro fator importantíssimo deste guia: o trono das intenções. Assim como os mirins regridem, eles também impulsionam. A sua impulsão se dá, entre outras formas, pela geração de benéficas intensões no indivíduo, o que fará despertar neste o desejo (pomba gira) e consequentemente a vitalidade (exu).



Sabendo que os mirins são "crianças", podemos conceber a ideia de que suas ações podem ser extremistas, por não preocuparem muito com a consequência do que fazem (eis aí um dos motivos para realizarem trabalhos muito rapidamente). Não medindo consequências, têm os pequeninos o poder quase que instintivo de proteger muito aqueles que os amam, chegando em alguns momentos a "tomar a dor" de seu companheiro.




É por essas e outras que concluímos que os mirins são sim guardiões fortes, assim como os exus e pomba giras. Seguram trabalhos, protegem pessoas, locais, e fazem tudo isso muito bem. É por isso que devemos amá-los e respeitá-los. Eles são sim meninos de guarda. São companheiros de todas as horas, e como diriam as frases:
"Ele é Exu! / É Exu Mirim! / Não me nega nada / Sempre me diz sim!"





Estas matérias foram tiradas na íntegra do blog:
http://jardimdaibejada.blogspot.com.br

Este site é muito legal, eles estão fazendo uma campanha para esclarecer sobre esta entidade tão prestativa na umbanda. Eles tem até uma página no facebook : www.facebook.com/criancasdeesquerda.


Como de costume: Músicas






Para finalizar mais uma música que eu achei para eles


Aqui está a letra: 

"É Mirim, é Mirim, é Mirim
É Mirim, Pirlim Pim Pim!
Pisa no Galho
Pisa no Toco
Tira encrenca
Tira sufoco!"





Ciganos Mirins na Umbanda



Confesso que jamais havia ouvido falar da terminologia correspondente ao título deste post. Tempos atrás ouvi um programa cigano numa rádio umbandista (Toques de Aruanda) e ouvi esta nomenclatura. Talvez todos aqui estejam se perguntando, mas sim, os ciganinhos e as ciganinhas existem.

Como quase todas as linhas de trabalho, a linha dos ciganos é também composta por seus mirins, essenciais para o trabalho. Os ciganos mirins, no entanto, formam uma linha pouquíssima conhecida, fazendo a intersecção entre a linha das crianças e a linha dos ciganos. Diferentemente dos erês, os ciganinhos não brincam muito, mantendo uma postura de maior seriedade. Eles gostam mesmo é de dançar.


Quando em terra, se divertem dançando, dando passes e realizando a tarefa principal desta linha: a cura e o equilíbrio. São exímios curadores, trazendo aprendizados milenares de magia, leitura de mãos (ciganinhas), cura, em especial física, e reequilíbrio geral. Podem descer tanto junto a egrégora cigana como junto a ibejada. Eis aí um dos motivos pelo qual não são percebidos.

Pela calma que passam, não demoram para serem confundidos com ciganos normais. Se assim ocorrer, os mirins tratam de aceitar as denominações, não fugindo dos ensinamentos da casa. Desta forma, dão normalmente apenas o primeiro nome que trazem, não se identificando como mirins. Porém, por terem alguns comportamentos infantis quando descem, podem ser aderidos aos erês, formando o que seria uma ibejada do oriente cigano, ou seja, se alguém os aceitar como crianças, eles passam a trabalhar e atuar como crianças. O que querem é trabalhar, seja de qualquer forma.

Estão sempre abertos a trabalhar e a se mostrar. Sempre que aceitos, com carinho, eles se apresentam como são com todo o seu amor e sua inocência. As meninas gostam de tiaras e pulseiras, os meninos, de arquétipos próprios de suas raízes ciganas.

Os nomes que dão, assim como com as demais meninadas, é o diminutivo de nomes adultos, exemplo:

Cigana Esmeralda - Esmeraldinha
Cigano Rodrigo - Rodriguinho
Cigano Pablo - Pablinho (Pablito) 





A forma com que o nome vem pode variar de entidade a entidade. Algumas se apresentarão com nomes espanhóis no diminutivo, outras, com nomes realmente em português. Ao que tudo indica, os nomes indicam, como nos mirins de esquerda, a linha de ciganos adultos que trabalham. Lembramos sempre que não é simplesmente pelo fato de o médium trabalhar com o cigano Wladimir, que o seu ciganinho será "Wladimirzinho".
Suas oferendas podem ser entregues nos jardins ou em locais específicos. Normalmente são recheadas de frutas carregando alguns doces e tem-se o costume de, após o processo, doar as guloseimas e tudo mais que for comestível usados no trabalho a crianças que vivem em situação de miséria, lembrando a fama cigana de povo nômade.
Sabemos ainda muito pouco sobre eles, no entanto, podemos aprender ainda mais, basta aceitá-los como trabalhadores. O trabalho espiritual é rico demais e nele todos são aceitos. Aceitemos e desfrutemos dos benefícios que a espiritualidade nos traz.

Referências: Vídeo - Ciganos Mirins:




Processo de Incorporação dos Erês



Sr. Tranca Rua (s) das Almas, mediunizando mãe Gladys Camorim em seu programa de rádio, disse certa vez que a incorporação das crianças era uma das mais difícies (se não for a mais) que existia na Umbanda.
Sempre que presenciamos uma gira de ibejada, vemos que os médiuns incorporam muito rapidamente suas crianças, que praticamente dispensam a tradicional concentração. Podemos dizer ainda mais: o aparelho do erê "treme" fortemente durante a possessão. E porque isso acontece?
A incorporação de criança se dá de forma particular dentre as entidades. Os exus e as pombas giras vibram o nosso cháckra básico. Os pretos velhos também regulam este, no entanto, atuam sobre outros de forma mais ou menos particular. Na criança, é um pouco diferente.

Observe a ilustração a seguir:




O chackra laríngeo é a unidade de força mais utilizada na incorporação dos pequeninos. Este centro é responsável, especialmente, por modificar a voz do aparelho, afinando-a. No entanto, o que chama atenção na possessão que estamos estudando é a descarga energética no aparelho.
Nos instantes da incorporação, ocorre uma fortíssima descarga de energia em todos os chackras do médium, o que provoca os "tremidos" e, muitas vezes, sua queda ao solo. É justamente este fato que faz da possessão de ibejada algo tão particular dentro da Umbanda. Ou seja, enquanto os demais guias atuam especialmente sobre um chackra, a atuação da criança é sobre o chackra laríngeo, modificando a voz do médium e, em seguida, poderosamente sobre os demais núcleos energéticos.
A descarga nos centros de força é o que provoca no médium, além do tremor e da queda, a alta sensação de inquietude, agitação e alegria no aparelho. É de costume geral o juizo de que incorporação de criança, quando tem que acontecer, médium nenhum consegue segurar, justamente pelo fato de termos pouco domínio sobre o nosso corpo perispiritual.
As sensações adicionais variam entre os médiuns. Alguns, quando recebem erês de Iemanjá, dizem sentir a presença do mar e da brisa fresca da praia nos poucos instantes de concentração que se tem antes da possessão. Existem ainda os médiuns que sentem vontade de doce, outros, sentem suas mãos tocadas por poderosa força que a coloca em posição de oração, fato este que acontece quando a criança bate palmas assim que desce nos terreiros. Em geral, o costume entre médiuns é dizer que sentem a vibração dos guias pelas costas, ou seja, sentem como se algo viesse a eles, o que não é diferente quando o assunto é ibejada.
Muitos são aqueles erês que dançam ou agitam o corpo do médium. Nessas atitudes, acabam por ativar outros chackras particulares. No entanto, não há preocupação quanto a possível desregulação dos centros de força, tendo em vista que os erês são grandes mestres na área da regulação de chackras.
Com tudo isso entendemos a frase de Sr. Tranca Rua (s). A incorporação dos erês é considerada difícil pelo fato de mexer com muitos chackras, com muita energia diferente da que temos no plano físico e com uma estrutura mediúnica complexa. No entanto, infelizmente vemos muitos médiuns mistificando suas crianças e produzindo atitudes particulares que em nada condizem com os erês. As crianças são alegria, são amor, precisam ser respeitadas e amadas. Sua luz está aí para que todos vejam. Afinal, não é á toa que a linha que este blog cultua é uma das três linhas primárias da Umbanda, segundo o próprio Caboclo das 7 Encruzilhadas.

ONIBEJADA!

Texto na íntegra e imagem do chackra tirado do site: http://jardimdaibejada.blogspot.com.br/2013/03/processo-de-incorporacao-dos-eres.html




Clique aqui Pontos de Erês para ver mais pontos de Erês



sábado, 21 de setembro de 2013

A eterna primavera




É Primavera! A estação mais bonita do ano. Apesar de vivermos num país onde as mudanças de estações, muitas vezes passam despercebidas, já começamos a sentir que algo mudou: o verde das árvores parece mais vivo, há uma luminosidade diferente, as tardes estão mais longas, e flores desabrocham por toda parte, atraindo pássaros e insetos.

Nos países onde o inverno é rigoroso, a primavera é celebrada como o renascimento da Natureza, o retorno à Vida daquilo que se julgava morto, mas que na verdade, estava apenas adormecido. Por isso a Primavera é tão festejada em verso e prosa é pela sua relação com a Vida, ou mais ainda, com o Sol.

O Sol é a fonte de vida do nosso sistema. A palavra sol (do latim, solus), significa O Único. Ele é o grande doador de Vida, que sem ele, não seria possível.

Assim como a vida do nosso sistema solar depende do sol-estrela para sobreviver, nós também precisamos compreender e desenvolver nosso Sol interior, o nosso sol astrológico.

O Sol é o fator mais importante do mapa natal, é o próprio coração do mapa. Ele representa o caráter, a personalidade, o ego ou eu pessoal. Quando alguém pergunta nosso signo, respondemos dizendo o nome daquele que contém o nosso Sol. O signo onde se encontra o Sol, ou signo solar, indica a missão pessoal, o propósito individual que necessitamos manifestar em nossas vidas, para revelar nossa verdadeira natureza total, nossa individualidade, nosso poder pessoal, vontade e criatividade.

Na verdade, todos nós deveríamos nos esforçar na busca de nosso centro solar, de nossa energia primordial, assim como uma criança, que agindo movida apenas pela intuição, pela alegria e pelo prazer, sem medo de parecer ridícula ou tola, age com confiança, sendo simplesmente ela mesma, pura e verdadeira como um diamante bruto, mas igualmente belo, por tudo que poderá vir a ser, depois de lapidado. Nossa Individualidade. Talvez seja esse o significado das palavras do Divino Mestre quando falou, 'deixai vir a Mim os pequeninos, pois o Reino dos Céus pertence aqueles que se lhes assemelham...'

Mas a Individualidade não é o oposto da Fraternidade?

Fraternidade é nos sentirmos filhos de um mesmo Pai. Porém, esse sentimento só existe quando há Amor. O Sol é também uma expressão do Amor: - Amor Desprendimento, Amor Dádiva, Amor Vida. O Sol brilha sobre bons e maus, justos e injustos, à ninguém se nega, pois Amor que se guarda, que não se derrama, não é Amor, é Egoísmo. O Sol exerce uma atração magnética irresistível, orientando nossa vida, dando significado, motivação e indicando o rumo a seguir. Mas esse Sol tem que ser buscado nas profundezas de nossa natureza interior, ou espiritual, senão nunca conseguiremos transformar a consciência de sermos separados (Ego/Individualismo), na certeza de pertencermos a algo maior do que nós mesmos (Self/Individuação).

De acordo com Carl G. Jung, Individuação é o processo de 'tornar-se si mesmo' ou 'o realizar-se do si mesmo'. Sri Rajneesh, o Osho, expressou essa idéia quando disse que, 'A nova humanidade, será uma congregação de indivíduos em que todos hão de ser mestres de si mesmos. Da mesma forma que as flores se revelam em variadas cores e perfumes, cada indivíduo se revelará... O novo indivíduo deixará de lado a idéia equivocada de que todos os seres humanos são idênticos, pois a verdade é que cada um é especial: este é um conceito muito mais elevado que o da igualdade. E, embora sejam diferentes, todos terão a mesma oportunidade de desenvolver seu potencial, seja qual for.'


Quando a Humanidade compreender que o Universo (Diversidade) é o verso daquele que é Uno (Deus), o Sol nunca mais se esconderá, e viveremos em eterna Primavera...


Salve a Primavera...


Tirada na íntegra de : http://espiritualizandocomaumbanda.blogspot.com.br/2010/09/eterna-primavera.html

A bíblia umbandista




Meus irmãos eu vou relatar um pensamento, que me foi apresentado, de um Guia, em uma gira de Exu-Velho, e sinceramente, eu fiquei impressiona do com a sabedoria deste Exu-Velho, no final do relato eu conto quem foi o Sr. Da Luz. Certo dia estava conversando com um conhecido de outra religião (totalmente oposta aos nossos conceitos) e acabamos entrando em uma discussão sobre livros e claro que o questionamento inevitável foi feito: - Porque a sua religião não tem uma Bíblia? O Silêncio tomou conta de nosso diálogo por um pequeno instante. Expliquei que temos vários livros que contam a história de nossa religião, procedimentos, condutas, fatos que são relatados, etc. Mas confesso que de início concordei com a observação do questionador. Bom, continuamos com a nossa conversa, mas aquilo ficou martelando em minha cabeça, por alguns dias, até a chegada da Luz do irmão e amigo Exu-Velho. É chegado o dia da Gira de Exu-Velho, os sábios Tatás que recebemos em nossa Sagrada Umbanda, e posso dizer a vocês de coração, realmente que sabedoria eles possuem. Todos os preparativos prontos, então nós iniciamos, defumação sendo passada, pontos cantados, energia circulando, trabalho aberto, assistência pronta para atendimento e o meu amigo e irmão, que tenho um respeito enorme, chega ao terreiro para os trabalhos e atendimentos. Os atendimentos são iniciados, os passes de limpeza, de cura, de incentivo etc. e a dúvida martelando em minha mente, até que uma voz meio idosa que saía do fundo da alma no meio do vazio dizia-me: - Sossega “burro novo”, acalme-se que depois nós conversamos, temos muito trabalho pela frente. Acatei os conselhos do Senhor e concentrei-me no trabalho. Após os atendimentos é chegada a hora dos esclarecimentos. Então o Sr. Exu-Velho com toda a sua Divina sabedoria dá a sua palavra para este “burro novo” (é assim que sou chamado por ele): - O “burro novo”, quando lhe perguntarem - Qual é a sua Bíblia? Você calmamente sorri e responde: “A minha Bíblia é imensa e chama-se Natureza, uma única e verdadeira obra Divina, feita única e exclusivamente pelas mãos do grande Criador do Universo, onde seus capítulos e versículos são: · A Cachoeira · A Pedreira · O Caminho · O Lago · O Mar · A Mata · O Céu · O Fogo · A Terra · A Chuva · O Vento · O Dia · A Noite · A Vida · A Morte Onde tudo que precisamos saber está escrito nela, e já faz um bom tempo que foi escrito, antes mesmo de aparecer a nossa escrita. E que tudo isso é obra do Divino Criador do Universo, onde devemos o devido respeito. Ela é a nossa Bíblia, ela é Bíblia do Umbandista”. Por estas poucas e sábias palavras eu agradeço ao Sr. Exu-Velho, pelo conhecimento passado a este “burro novo”. Laroyê Sr. Tatá Caveira, eu me curvo diante de vossa sabedoria e lhe agradeço por me escolher como vosso “burro” para trabalhar.

Mensagem passada pelo Sr. Exu Tatá Caveira através do médium Danilo Lopes Guedes.


 Saravá Umbanda. Saravá os Exus.

Tirado na íntegra de http://espiritualizandocomaumbanda.blogspot.com.br/2010/08/biblia-do-umbandista.html

DOAR: O anúncio que fez o mundo chorar


quinta-feira, 19 de setembro de 2013

VALE A PENA LER E REFLETIR

Para que possamos compreender perfeitamente o que nos dizem os Benfeitores do Espaço, em suas mensagens de esclarecimento, devemos, antes de tudo, substituir termos e palavras referentes à vida material pelo seu verdadeiro sentido para a vida espiritual, posto que nossa estada na Terra é considerada mero aprendizado e os acontecimentos existenciais, lições novas ou repetidas.
Sob essa lógica, o sinônimo espiritual para nossa posição, problemas e sofrimentos é o seguinte:

SORTE: estudo da prudência.
AZAR: aprendizado de paciência.
BELEZA FÍSICA: enfrentamento de tentações.
FEALDADE: reeducação de valores.
POBREZA MATERIAL: estímulo ao trabalho.
RIQUEZA E ABUNDÂNCIA: dádivas transitórias.
PODER: discernimento e misericórdia.
SERVIDÃO: mapeamento da humildade.
PENÚRIA: reaprendizado da posse.
DOENÇA FÍSICA: cura espiritual.
CONTRARIEDADES: domínio da irritação.
PROVOCAÇÕES: exercício da tolerância.
TENTAÇÕES: curso de vigilância.
FILHOS-PROBLEMA: tarefa de abnegação.
PAIS INTOLERANTES: disciplina da compreensão.
UNIÃO INFELIZ: aprendizado de amor.
INJUSTIÇAS: apostolado do perdão.
FRUSTRAÇÕES: curso de perseverança.
PROVAS: teste divino para ver como estamos..


Fiquem com Deus!

terça-feira, 10 de setembro de 2013

COM QUE OBJETIVO REENCARNAMOS?



No livro "Vida Antes da Vida", a Dra. Helen Wambach, psicóloga norte-americana, reporta-se à experiência de regressão de memória que fez com centenas de voluntários, levando-os ao limiar da presente existência.

Dentre variadas perguntas apresentadas, uma foi fundamental: "Com que objetivo você reencarnou?"

25% reencarnaram para desenvolver experiências de aprendizado sobre si mesmos e sobre a vida.

18% reencarnaram para se harmonizar com seus familiares.

18% reencarnaram para cultivar os valores do amor, aprendendo a se doar em favor dos semelhantes.

27% reencarnaram para crescer espiritualmente vinculando-se à orientação das pessoas.

Os restantes 12% tinham objetivos variados:

- Reencarnei para vencer o medo . . .
- Reencarnei para livrar-me do materialismo . . .
- Reencarnei para cultivar a humildade . . .
- Reencarnei para exercitar uma liderança construtiva . . .
- Reencarnei para treinar o contato com os irmãos do espaço . . .

Diz a psicóloga: “Em síntese, as razões para as pessoas escolherem esta vida na Terra não foram especificamente, com vistas ao desenvolvimento de seus talentos. Ao invés disso, os objetivos consistiam em aprender a se relacionarem com outros e a amarem sem exigências ou possessividade.”

Outro aspecto muito interessante:

Quase todos traziam uma orientação básica para que pudessem cumprir sua programação - fazer ao semelhante o bem que gostariam de receber dele.

A regra áurea de Jesus surge como a suprema orientação do Espírito ao reencarnar.

Assim como as pessoas pesquisadas por Helen Wambach, muitos de nós reencarnamos com propósitos edificantes, relacionados com nosso progresso, o combate aos vícios e às paixões, o domínio sobre nós mesmos, a prática do Bem, o empenho de renovação.

Uma perguntinha: “Estamos cumprindo essa programação?”

E mais: “Não serão nossas angústias e inquietações, desajustes e perturbações, dores e enfermidades, a mera conseqüência do descompasso entre o que planejamos e o que fazemos?”

Um bom assunto para conversar com nossos botões . . .

- Richard Simonetti***
De: Espíritos de Luz



Para ajudar, decidi compartilhar com vocês a reportagem completa clicando neste link:

Reportagem completa sobre o trabalho de Helen Wambach

quinta-feira, 5 de setembro de 2013

Cigana 7 saias - a deusa do amor




Cigana Sete Saias é considerada a Deusa do Amor pelo povo do oriente, e a ela que as moças recorrem quando desesperadas por falta de amor.

A cigana 7 Saias tem esse nome por usar uma saia composta por sete cores diferentes. A história conta que essa Cigana quando criança viu pela primeira vez o arco íris e ficou tão encantada que pediu a sua mãe que fizesse uma saia com aquelas cores.
Sempre foi muito bonita, gostava de usar jóias douradas e laços no cabelo. Tocava pandeiro e se saía muito bem na arte de jogar cartas e leitura de mãos. Sua família como toda de origem cigana viajava muito, e em uma dessas viagens a cigana 7 Saias conheceu aquele que foi seu grande amor. Porém ele era um gadjo, ou seja, um não cigano.
Apaixonaram-se perdidamente e pensaram até em fugir. Mas na tradição cigana esse amor era impossível, 7 Saias contou a sua família o que se passava em seu coração, e obviamente foi reprimida, e seu pai, já decidido a casá-la com outro cigano a quem já havia prometido a mão, resolveu levantar acampamento e ir de encontro a outra família. A 7 Saias nem pode se despedir de seu namorado, pois ficou fechada em sua tenda sendo vigiada até o dia da viagem.
Durante o percurso uma dor insuportável tomava seu peito, pensando por que o amor tinha de ser tão cruel? Tão dolorido? Apenas a tristeza lhe tomava o peito, um enorme nó na garganta, assim nem conseguiu comer. E isso continuou por dias... dias e dias... até chegarem ao local aonde a outra família estava instalada.
Seus pais pensavam que esse amor de jovem passaria, e que ao conhecer seu noivo 7 Saias se encantaria novamente e seria muito feliz. Afinal já haviam visto tantos casos de ciganas que ameaçavam fugir, se matar pra não casar com o noivo escolhido pela família e depois estarem felizes no casamento. Esperavam isso pra filha deles.
Contudo não foi isso que aconteceu. A 7 Saias continuou na sua tristeza profunda, reclusa, sem se alimentar direito, apenas com aquele olhar triste e perdido para o céu.
Até que chegou o dia do casamento, porém a família que esperava naquele dia estar festejando o enlace da filha tão querida estava ferida no coração, com muita dor. A família do noivo recebeu então ao invés da noiva tão esperada para o filho, o corpo de uma jovem e bela cigana morta. Então ao invés de casamento, as duas famílias celebraram um funeral.
Como ultima homenagem, a mãe vestiu 7 Saias com sua saia favorita, a que tinha 7 véus coloridos como o arco íris.
Assim seu espírito ajuda aqueles que sofrem com problemas de amor, pede pra Dona 7 Saias que ela lhe ajudará. E o que ela une nada irá separar.

***No blog disponibilizo as formas de agradar a Cigana 7 Saias.

autor: Rose Laura ( adaptado do livro Cigana 7 Saias de Alzira da Cigana da Praia)
http://www.instintocigano.com.br/artigos-de-baralho-cigano.php?id=2
De: ✿ܓAlma Cigana✿ܓ

quarta-feira, 4 de setembro de 2013

Obaluaê



Xapanã

Este Orixá conhecido por sua fúria e vingança contra malfeitores e pessoas que tratam as coisas sem o devido respeito e honestidade, é muito respeitado em todas as Nações da África ao Brasil. Pertence a Xapanã todas as doenças materiais e espirituais, principalmente as doenças de pele, como varíola e a lepra, com estas normalmente castiga quem merece. Uma de suas missões no mundo material e espiritual, é varrer as coisas que não tem mais utilidade, por este e outros motivos, é um dos Orixás que responde junto com Xangô e Iansã pelos processos de desencarnação, pelos cemitérios, pela destruição e em defesa dos espíritos maléficos.


Saudação: AbaoDia da Semana: Quarta-feira Número: 07 e seus múltiplos Cor: Vermelho e Preto Guia: uma conta vermelha e uma preta Oferenda: Pipoca, feijão miúdo torrado, feijão preto cozido, amendoim torrado, um opeté de batata inglesa e sete tiras de carne crua sem gordura ou nervo Adjuntós: Xapanã Jubeteí com Oiá ou com Obá, Xapanã Belujá com Iansã ou com Oxum Olobá, Xapanã Sapatá com Iansã ou com Obá Ferramentas: Xaxará, vassoura, cachimbo, favas, moedas e búzios. Ave: Galo Carijó(preto e branco) ou vermelho Quatro pé: Cabrito Branco ou qualquer cor, menos preto


Xapanã Jubeteí: São Roque quando faz adjuntó com Oiá, São Lázaro quando faz adjuntó com Obá Xapanã Belujá: Jesus Cristo crucificado quando faz adjuntó com Oxum Olobá, Senhor dos Passos quando faz adjuntó com Iansã Xapanã Sapatá: Jesus Cristo crucificado quando faz adjuntó com Iansã, São Lázaro quando faz adjuntó com Obá


Seus filhos são obstinados e honestos, mas por outro lado são rancorosos. Gostam muito de prestar ajuda aos outros e são extremamente sensíveis. Tem rosto anguloso, tronco pequeno e, na maioria das vezes são magros e altos com manchas no corpo.


Xapanã, originário de Tapa, leva seus guerreiros para uma expedição aos quatro cantos da terra. Uma pessoa ferida por suas flechas ficava cega, surda ou manca, Obaluaê-Xapanã chega ao território de Mahi no norte de Daomé, matando e dizimando todos os seus inimigos e começa a destruir tudo o que encontra a sua frente. Os Mahis foram consultar um Babalaô e o mesmo ensinou-os como fazer para acalmar Xapanã. O Babalaô diz que estes deveriam tratá-lo com pipocas, que isso iria tranqüiliza-lo, e foi o que aconteceu. Xapanã tornou-se dócil. Xapanã contente com as atenções recebidas mandou construir um palácio onde foi viver e não mais voltou ao país Empê. O Mahi prosperou e tudo se acalmou. Xapanã continua sendo saudado como rei de Nupê e pai em Empê.Chegando de viagem à aldeia onde nascera, Xapanã viu que estava acontecendo uma festa com a presença de todos os orixás. Xapanã não podia entrar na festa, devido à sua medonha aparência. Então ficou espreitando pelas frestas do terreiro. Ogum, ao perceber a angústia do Orixá, cobriu-o com uma roupa de palha, com um capuz que ocultava seu rosto doente, e convidou-o a entrar e aproveitar a alegria dos festejos. Apesar de envergonhado, Xapanã entrou, mas ninguém se aproximava dele. Iansã tudo acompanhava com o rabo do olho. Ela compreendia a triste situação de Xapanã e dele se compadecia. Iansã esperou que ele estivesse bem no centro do barracão. O xirê (festa, dança, brincadeira) estava animado. Os orixás dançavam alegremente com suas equedes. Iansã chegou então bem perto dele e soprou suas roupas de palha com seu vento. Nesse momento de encanto e ventania, as feridas de Xapanã pularam para o alto, transformadas numa chuva de pipocas, que se espalharam brancas pelo barracão. Xapanã, o deus das doenças, transformara-se num jovem belo e encantador. Xapanã Sapatá e Iansã Igbalé tornaram-se grandes amigos e reinaram juntos sobre o mundo dos espíritos dos mortos, partilhando o poder único de abrir e interromper as demandas dos mortos sobre os homens. Sua Mãe, Nanã Burukun, abandonou-O na praia quando pequeno por suas feridas em grande quantidade. Xapanã foi recolhido as profundezas do oceano, cuidado e criado por Iemanjá, que fez para Ele uma roupa de palha-da-costa, cobrindo-O da cabeça aos pés. Ficou forte e saudável, porém as cicatrizes nunca desapareceram. Normalmente os filhos deste Orixá são marcados pelo corpo, com pequenas feridas, espinhas, manchas e secreções que assim como aparecem, desaparecem, ficando neste processo pelo resto da vida.


PRECE A OBALUAÊ
Dia de Obaluaê (16/08)

BABALUAYE

Mestre das almas!
Meu corpo está enfermo…
Minha alma está abalada,
Minha alma está imersa na amargura de um sofrimento
Que me destrói lentamente.
Senhor Omolu!
Eu evoco – Obaluaê
Oh!Deus das doenças
Orixá que surge, diante dos meus olhos
Na figura sofredora de Lázaro.
Aquele que teve a graça de um milagre
No gesto do Divino Filho de Jesus.
Oh!Mestre dos mestres
Obaluaê
Teu filho está enfermo…
Teu filho se curva, diante da tua aura luminosa.
Na magia do milagre,
Que virá de tuas mãos santificadas pelo sofrimento…
Socorre-me…
Obaluaê…
Dai-me a esperança da tua ajuda.
Para que me encoraje diante do martírio imenso que me alucina,
Faças com que eu não sofra tanto – Meu Pai
Senhor Omolu!
Tu és dono dos cemitérios,
Tu que és sentinela do sono eterno,
Daqueles que foram seduzidos ao teu reino.
Tu que és guardião das almas. Que ainda não se libertou da matéria,
Ouve a minha súplica, atende ao apelo angustioso do teu filho.
ATOTÔ


COMO AFASTAR OS MAUS ESPÍRITOS?


Os maus espíritos não vão senão onde acham com o que satisfazerem a sua perversidade; para afastá-los, não basta pedir-lhes nem mesmo ordenar, é preciso despojar de si o que os atrai.

Os maus espíritos farejam as chagas da alma, como as moscas farejam as chagas do corpo.

Do mesmo modo que limpais o corpo para evitar a bicheira, limpai também a alma de suas impurezas para evitar os maus Espíritos.

Como vivemos num mundo onde pululam os maus Espíritos, as boas qualidades do coração não nos colocam ao abrigo de suas tentativas, mas dão a força de lhes resistir.

Como disse Jesus aos Escribas e Fariseus: “ . . . limpai primeiramente o interior do copo e do prato, a fim que o exterior também esteja limpo. Porque sois semelhantes a sepulcros caiados, que por fora parecem belos aos olhos dos homens mas, por dentro, estão cheios de toda sorte de podridão. Assim, por fora, pareceis justos aos olhos dos homens, mas, por dentro estais cheios de hipocrisia e de iniqüidades."
(O Evangelho segundo o Espiritismo - cap. 28, item 16)


OBSERVAÇÃO: Este conselho e explicação de Allan Kardec corresponde ao afastamento de Espíritos maldosos que convivem conosco neste planeta e que querem nos influenciar, ou seja, que investem em nossas falhas morais para nos obsediar. É um modo de prevenção. Mas, aos que já estão obsediados, além da mudança na sua conduta moral estes devem buscar ajuda numa casa espírita.


GRUPO DE ESTUDO ALLAN KARDEC
De: Espíritos de Luz

CONVERSA DE EXU E OXALÁ


O céu e a terra fundiam-se no horizonte distante, parecendo uma coisa só, como se não houvesse separação entre o mundo espiritual e o material, a consciência individual e a cósmica.

Sentado sobre uma pedra em uma enorme montanha, de cabeça baixa e olhos apenas entreabertos, Exu observava o fenômeno da natureza e refletia sobre o seu interminável trabalho.

Como é difícil a humanidade – pensou em certo momento – parece nunca estar satisfeita, está sempre querendo mais e, em sua essência egoísta desarmoniza tudo, tudo... Tudo que era para ser tão simples acaba tão complicado.

Com os olhos habituados a enxergar na escuridão e na distância, Exu observou cada canto daqueles arredores. Viu pessoas destruindo a si mesmas através de vícios variados, viu maldades premeditadas e outras praticadas como se fossem atos da mais perfeita normalidade. Viu injustiças, principalmente contra os mais fracos e indefesos. Com seus ouvidos, também atentos a tudo, ouviu mentiras, palavras de maledicência, gritos de ódio e sussurros de traição.

Exu suspirou.

Serei eu o diabo da humanidade? – pensou ironicamente, ao lembrar o quanto era associado à figura do demônio. Passou horas observando coisas que estava habituado a ver todos os dias: mentiras, fraudes, corrupção, traições, inveja, e uma gama enorme de sentimentos negativos.

Foi quando estava imerso nesses pensamentos que Exu ouviu uma voz ao seu lado, dizendo naquele tom austero, porém complacente:

Laroyê, Senhor Falante.

Exu ergueu os olhos e vislumbrou a figura altiva de Oxalá.

Èpa Bàbá – respondeu Exu, fazendo um pequeno movimento com a cabeça, em sinal de respeito.

Noto que está pensativo, amigo Exu – falou Oxalá.

Exu respirou fundo, contemplou novamente o horizonte e respondeu:

Trabalhamos tanto... e incansavelmente, mas os homens parecem não valorizar nosso esforço.

Oxalá moveu os lábios para dizer algo, mas antes que isso acontecesse, Exu, como que prevendo o que seria dito, continuou:

Não falo em tom de reclamação, sou um trabalhador incansável e o amigo sabe disso. É com prazer que levo o que tem ser levado e retiro o que deve ser retirado. É com satisfação que abro ou fecho os caminhos, de acordo com a necessidade de cada um, é com resignação que acolho sobre minhas costas largas a culpa do mal que muitos espíritos encarnados e desencarnados fazem, não reclamo do meu trabalho. Sou Exu, para mim não existe frio ou calor, cansaço ou preguiça, existe apenas a necessidade de cumprir a tarefa para qual fui designado.

Se mostra tão resignado e, no entanto, parece que deixa-se abater pelo desânimo – comentou Oxalá, apoiando-se em seu paxorô.

Exu soltou uma gargalhada, ao que Oxalá deu um leve sorriso, com um movimento quase imperceptível no canto direito dos lábios.

Não sou resignado nem tampouco estou desanimado – falou Exu – estou pensativo sobre pouca inteligência dos homens. Veja só: como responsável pela aplicação da Lei Cármica observo muita coisa. Observo não apenas o sofrimento que alguns homens impõem a si mesmos, mas vejo também as incessantes oportunidades que o Universo dá a cada um dos seres que habitam a Terra. O aprendizado que tanto precisam lhes é dado por bem, mas quase nunca enxergam pelo amor, então lhes é dada a oportunidade de aprender pela dor, mas geralmente só lembram a lição enquanto a dor está a alfinetar sua carne. Com o alívio vem o esquecimento e todos os erros e vícios voltam a aflorar.

Oxalá fez menção de dizer algo, mas com o dedo em riste entre os lábios, novamente Exu o impediu de falar.

Ouça – disse Exu, colocando a mão em concha na orelha, como se ele e Oxalá precisassem disso para ouvir melhor. E ambos ouviram o som que vinha da Terra. O som da inveja, dos maus sentimentos, da maledicência, da promiscuidade, da ganância. Exu deu outra gargalhada e disse:

Percebe? Temos trabalho por muitos séculos ainda.

E isso não é bom? – perguntou Oxalá, que dessa vez não deixou Exu responder e continuou:

Pobres homens, ignorantes da própria grandeza espiritual e da simplicidade do Universo. Se não desconhecessem tanto o funcionamento das coisas, seriam mais felizes.

Não estão preocupados em discernir o bem do mal – resmungou Exu.

E você está, Senhor Falante? – tornou Oxalá.

Mais uma vez Exu gargalhou.

Para mim não existe o bem ou o mal. Existe o justo, bem sabe disso.

Então por que tenta exigir esse discernimento dos pobres homens?

Eu conheço os caminhos – respondeu Exu um tanto irritado – para mim não existem obstáculos, todos os caminhos se abrem em encruzilhadas. Para mim as portas nunca se fecham e as correntes nunca prendem. Conheço o sutil mistério que separa aquilo que chamam de bem daquilo que chamam de mal. Não sou maniqueísta, não sou benevolente, pois não dou a quem não merece, mas também não sou cruel, pois sempre ajo dentro da Lei. Os homens, coitados, acreditam na visão simplista do bem e do mal, como se todo o Universo, em sua “complexa simplicidade” se resumisse apenas entre o bem e o mal.

Pobres homens – repetiu Oxalá.

Pobres homens – concordou Exu – mesmo olhando o Universo de uma forma tão simplista, dividido apenas entre bem e mal, acabam sempre demonizando tudo, achando que o mal é o melhor caminho para conseguir o que desejam ou então acreditam que são eternas vítimas do mal. E o que é pior, quase sempre eu é que sou o culpado.

Mas é você o responsável pelo mal? – perguntou Oxalá, admirando o horizonte.

Sou justo, apenas isso – respondeu Exu.

Não seria a justiça uma prerrogativa de Xangô? – tornou o maior dos orixás.
Exu olhou fundo nos olhos de Oxalá e respondeu:

Estou a serviço do Universo, de cada uma das forças que o compõe, inclusive do Senhor da Justiça.

Isso significa que trabalha em harmonia com o Universo, caro Exu?


Imaginei que soubesse disso – respondeu Exu, irônico como sempre.

Acho que sempre soube. Quando observo o horizonte e vejo o céu fundindo-se à Terra, percebo o quanto o material pode estar ligado ao espiritual. Mas também lembro que o sol vai raiar e acredito que apesar de todas as dificuldades que os próprios homens criam, é possível acender a chama da fé em seus corações. Percebo o quanto eles são falhos, mas percebo também o quanto são frágeis e precisam de nós – e nesse momento pousou a mão sobre o ombro de Exu – sejam dos que trabalham na luz ou na escuridão, pois tudo faz parte do Uno e se inter-relacionam. O mesmo homem que hoje está nas profundezas mais abissais, amanhã pode ser o mensageiro da luz.

Exu olhou para os olhos de Oxalá, como se não estivesse concordando, mas dessa vez foi Oxalá quem não deixou que o outro falasse, prosseguindo com sua narrativa:

Se não fossem os valorosos guardiões que trabalham nas regiões trevosas, dificilmente os que ali sofrem um dia alcançariam o benefício da luz. Se houvesse apenas a luz, não haveria o aprendizado, que tem como ponto de partida o desconhecimento, as trevas. O Universo tão simples é ao mesmo tempo tão inteligente, que mesmo nós, que observamos os homens a uma distância grande, às vezes nos surpreendemos com sua magnitude. Os homens são frutos que precisam amadurecer e você, amigo Exu, é a estufa que os aquece até o ponto certo da maturação e eu sou a mão que os colhe como frutos amadurecidos.

Quem diria que trabalhamos em harmonia? – disse Exu em meio a um sorriso – acreditam que vivemos a digladiar quando na verdade trabalhamos em busca de um mesmo objetivo: o aprimoramento da raça humana.

Oxalá só não soltou uma gargalhada porque não era esse seu hábito (e sim o de Exu), mas disse sem conseguir esconder o contentamento:


Então, companheiro Exu, não temos porque lamentar. A ignorância em que vivem os homens é sinal de que ainda temos trabalho a realizar. A pouca sabedoria que possuem significa que ainda estão muito próximos ao ponto de partida e cabe a nós, não importa se chamados de “direita” ou “esquerda”, auxiliá-los em sua caminhada, que é muito longa ainda. Apenas contemplar as mazelas dos corações humanos não irá auxiliá-los em nada. Sou a luz que guia os olhos da humanidade e você é o movimento que não a deixa estática. Se pararmos por um segundo sequer, atrasaremos em séculos e séculos o progresso da raça humana, que tanto depende de nós.

Nesse momento o sol começou a raiar timidamente no horizonte, separando o céu e a Terra. Exu levantou-se da sua pedra e se pôs a caminhar montanha abaixo.

Aonde vai, Senhor Falante? – perguntou Oxalá, como se não soubesse.

Vou trabalhar, Senhor dos Orixás – respondeu Exu gargalhando novamente – Esqueceu que sou um trabalhador incansável e que trabalho em harmonia com o Universo, mesmo que ele me imponha a luz do sol?

Oxalá não respondeu, mas esboçou um sorriso tímido. Assim trabalhava o Universo: sempre em harmonia. Os homens, mesmo ainda presos a tantos conceitos primários, trilhavam os primeiros passos em direção ao progresso, pois não estavam órfãos de seus orixás e protetores."

-->Pelo Templo Tião D'angola e Boiadeiro Sete Porteiras.

domingo, 1 de setembro de 2013

Meu pai Oxóssi





Vós que recebestes de Oxalá o domínio das matas, de onde tiramos o oxigênio necessário á manutenção de nossas vidas durante a passagem terrena, inundai os nossos organismos coma vossas energia, para curar de nossos males!

Vós que sois o protetor dos caboclos, dai-lhes a vossa força, para que possam nos transmitir toda a pujança, a coragem necessária pra suportarmos as dificuldades a serem superadas!

Dai-nos paz de espírito, a sabedoria para que possamos compreender a perdoar aqueles que procuram nossos Centros, nosso guias, nossos protetores, apenas por simples curiosidade, sem trazerem dentro de si um mínimo da fé.

Dai-nos paciências para suportarmos aqueles que se julgam os únicos com problemas e desejam merecer das entidades todo o tempo e atenção possível, esquecendo-se de outros irmãos mais necessitados!

Dai-nos tranqüilidade para superarmos todas as ingratidões, todas as calúnias!

Dai-nos coragem para transmitir uma palavra de alento e conforto aqueles que sofrem de enfermidades para quais, na matéria, não há cura!

Dai-nos força para repelir aqueles que desejam vinganças e querem a todo custo magoar seus semelhantes!

Dai-nos, enfim, a vossa proteção e a certeza de que quando um caboclo, num gesto de humildade, baixar até nós, ali estará a vossa vibração!