Sr. Tranca Rua (s) das Almas, mediunizando mãe Gladys Camorim em seu programa de rádio, disse certa vez que a incorporação das crianças era uma das mais difícies (se não for a mais) que existia na Umbanda.
Sempre que presenciamos uma gira de ibejada, vemos que os médiuns incorporam muito rapidamente suas crianças, que praticamente dispensam a tradicional concentração. Podemos dizer ainda mais: o aparelho do erê "treme" fortemente durante a possessão. E porque isso acontece?
A incorporação de criança se dá de forma particular dentre as entidades. Os exus e as pombas giras vibram o nosso cháckra básico. Os pretos velhos também regulam este, no entanto, atuam sobre outros de forma mais ou menos particular. Na criança, é um pouco diferente.
Observe a ilustração a seguir:
Nos instantes da incorporação, ocorre uma fortíssima descarga de energia em todos os chackras do médium, o que provoca os "tremidos" e, muitas vezes, sua queda ao solo. É justamente este fato que faz da possessão de ibejada algo tão particular dentro da Umbanda. Ou seja, enquanto os demais guias atuam especialmente sobre um chackra, a atuação da criança é sobre o chackra laríngeo, modificando a voz do médium e, em seguida, poderosamente sobre os demais núcleos energéticos.
A descarga nos centros de força é o que provoca no médium, além do tremor e da queda, a alta sensação de inquietude, agitação e alegria no aparelho. É de costume geral o juizo de que incorporação de criança, quando tem que acontecer, médium nenhum consegue segurar, justamente pelo fato de termos pouco domínio sobre o nosso corpo perispiritual.
As sensações adicionais variam entre os médiuns. Alguns, quando recebem erês de Iemanjá, dizem sentir a presença do mar e da brisa fresca da praia nos poucos instantes de concentração que se tem antes da possessão. Existem ainda os médiuns que sentem vontade de doce, outros, sentem suas mãos tocadas por poderosa força que a coloca em posição de oração, fato este que acontece quando a criança bate palmas assim que desce nos terreiros. Em geral, o costume entre médiuns é dizer que sentem a vibração dos guias pelas costas, ou seja, sentem como se algo viesse a eles, o que não é diferente quando o assunto é ibejada.
Muitos são aqueles erês que dançam ou agitam o corpo do médium. Nessas atitudes, acabam por ativar outros chackras particulares. No entanto, não há preocupação quanto a possível desregulação dos centros de força, tendo em vista que os erês são grandes mestres na área da regulação de chackras.
Com tudo isso entendemos a frase de Sr. Tranca Rua (s). A incorporação dos erês é considerada difícil pelo fato de mexer com muitos chackras, com muita energia diferente da que temos no plano físico e com uma estrutura mediúnica complexa. No entanto, infelizmente vemos muitos médiuns mistificando suas crianças e produzindo atitudes particulares que em nada condizem com os erês. As crianças são alegria, são amor, precisam ser respeitadas e amadas. Sua luz está aí para que todos vejam. Afinal, não é á toa que a linha que este blog cultua é uma das três linhas primárias da Umbanda, segundo o próprio Caboclo das 7 Encruzilhadas.
ONIBEJADA!
Texto na íntegra e imagem do chackra tirado do site: http://jardimdaibejada.blogspot.com.br/2013/03/processo-de-incorporacao-dos-eres.html
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