quinta-feira, 30 de maio de 2013

Testes de Mediunidade (Texto para todos os médiuns de Umbanda)



Há muito tempo se adotavam nos terreiros de Umbanda, os testes de incorporação queimando-se pólvora nas mãos dos médiuns ou fazendo-os andar descalços sobre brasas ou fazendo-os ingerir grande quantidade de bebida alcoólica. Felizmente esta prática foi abolida por decisão do Astral Superior, através dos Guias-Chefes, Mentores substituindo estes "testes", por reuniões de doutrina.

Sintomas da Mediunidade:

O primeiro sintoma da mediunidade é a facilidade em captar energias negativas no local. O médium começa a abrir a boca, sente dores de cabeça quando está em um lugar com grande aglomeração de pessoas, torna-se irritadiço por qualquer motivo e tem dificuldades no convívio com a família, chegando a pensar que ninguém o entende.

Por ser mais sensível do que as outras pessoas, sente com mais frequência às flutuações de humor, além de vivenciar situações estranhas e aflitivas.

O maior estudioso deste tema foi o fundador do Espiritismo, Allan Kardec (1804 – 1869) que assim definiu a mediunidade: “todo aquele que sente em um grau qualquer influência dos espíritos, é, por esse fato, médium”.

Com as orientações do Caboclo das 7 Encruzilhadas (1908), viemos a ter as confirmações expostas por Allan Kardec em seus estudos.

O médium é capaz de produzir um fenômeno de atração magnética e, assim como um imã, consegue captar o campo áurico de uma pessoa ou de alguém que já morreu. Ele é uma ponte entre vivos e espíritos e experimenta fenômenos que desafiam até a ciência.

Para os céticos, o médium é considerado um “portador de algum distúrbio psiquiátrico”, o que não é verdade. O DSM (Diagnostic and Statistical Manual Of Mental Disorders) -- a bíblia da psiquiatria, orienta que os médicos devem tomar cuidado para não diagnosticar os médiuns como pessoas portadoras de alguma psicopatia.

A ciência é resistente aos fenômenos mediúnicos e, para entender porque isto ocorre, devemos lembrar que até o final do século XIX a mediunidade era chamada de “histeria de múltipla personalidade”.

Os médiuns são porta-vozes de um mundo que as pessoas desejam que exista; isto corre porque a ciência deixa de satisfazer ou atender a uma necessidade emocional.

Eles são, portanto, canais de alívio para muitas aflições, sendo encontrados na religião espírita, no catolicismo e não raro em outras religiões que seguem normas mais rígidas. A mediunidade não escolhe credo, raça ou condição social, ela é divina e universal.

Modalidade dos Médiuns Psicofonia (falantes)

O médium consciente conserva-se desperto, captando o pensamento do Espírito e o transmitindo pela palavra articulada. O médium inconsciente entra em transe mais profundo e “afasta-se” do corpo; o comunicante pode manifestar-se de forma mais direta, como se houvesse uma verdadeira incorporação. Quanto ao médium semi-consciente, reúne algo das outras duas modalidades. O transe não é tão profundo que produza a inconsciência, nem tão superficial que o mantenha plenamente desperto. Mal comparando, diríamos que o médium consciente pensa para falar; o inconsciente fala sem pensar; o semi-consciente pensa e fala simultaneamente.

Como funciona a mediunidade consciente?

O médium capta o fluxo mental do Espírito, gerando idéias e sensações, como se houvesse a intromissão de outra mente em sua intimidade; como se estivesse a conversar com alguém, dentro de si mesmo.

Ouve uma voz?

Seria fácil, mas não é bem assim. Idéias surgem, misturando-se com as suas, como se fossem dele próprio.

Parece complicado...

E é, sem dúvida, principalmente para médiuns iniciantes, que não distinguem o que é deles e o que é do Espírito. Muitos abandonam a prática mediúnica, em face dessa incerteza, que é perturbadora.

Como resolver esse problema?

É preciso confiar e dar vazão às idéias que lhe vêm à cabeça, ainda que pareçam embaralhadas, em princípio. Geralmente a mediunidade é desenvolvida a partir da manifestação de Espíritos sofredores, o que é mais simples. Não exige maior concatenação de idéias ou esforço de raciocínio. Cumpre-lhe, em princípio, apenas exprimir as sensações e sentimentos que o Espírito lhe passa.

Qual o conselho para o médium que enfrenta esse impasse?

Sentindo crescer dentro de si o fluxo de sensações e pensamentos, que tomam corpo independente de sua vontade, comece a falar, sem preocupar-se em saber se é seu ou do Espírito. A partir daí o fluxo irá se ajustando. É como o motorista inexperiente na direção de um automóvel. Em princípio há solavancos, mas logo se ajusta.

O que pode ser feito para ajudar o médium iniciante?

A participação do grupo é importante. O médium, nessa situação inicial, fica fragilizado. Sente-se vulnerável e constrangido. Qualquer hostilidade ou pensamento crítico dos companheiros, revelando desconhecimento do processo, poderá afetá-lo.

Nota-se que na atualidade os médiuns, em maioria, são conscientes. É uma tendência?

Sim. Embora implique em maior dificuldade para o médium, ele sai lucrando. A psicofonia consciente exige maior envolvimento com o estudo, a disciplina, a reforma íntima, habilitando-o a transmitir com maior eficiência as manifestações, sejam de obsessores, sofredores ou mentores.

E que a produtividade e a eficiência de um trabalho mediúnico dependem da sustentação fluídica, formada pelas vibrações dos presentes. Para que haja um padrão vibratório compatível é preciso que os participantes atendam a esses requisitos.

Um saravá amigo.

Por José Octávio

Fonte: www.maeyemanjaebaianozeferino.com.br

SEGURANÇA MEDIÚNICA



O Espírito, antes de reencarnar, traz consigo os dons mais ou menos aflorados desta ou daquela mediúnidade, de acordo com a sua missão na Terra. Somos preparados no mundo espiritual para o desempenho do ministério mediúnico, e esses compromissos nos darão uma abertura muito grande se forem todos bem cumpridos na sequência que os ensinos do Cristo nos orientam.

Nem sempre desempenhamos nosso papel de médium na urdidura dos compromissos com os benfeitores que nos assistem. Depois que nos envolvemos nos fluidos da carne, esquecemo-nos, ou nos fazemos de esquecidos, por nos ser exigido muito esforço e sacrifícios sem conta, no sentido de termos uma vida reta, na retidão dos próprios deveres.

Acontece que muitas criaturas que nasceram no mundo com determinada faculdade, a caminho de maior ascensão, rejeitam-na, forçando outras que ainda não possuem. Essa determinação é um desastre para a vida psíquica. É o que chamamos de mediúnidade forçada, fato que ocorre com muitas pessoas. Ela traz um cunho de vaidade, por querer copiar um dom de que outros são portadores, na sua mais intensa simplicidade.

Todos nós possuímos todos os dons mediúnicos que conhecemos e outros mais que escapam aos nossos conhecimentos. Todavia, quando a missão marca determinada tarefa para desempenharmos e nos esquecemos disso, procurando outra que não nos cabe conduzir, sofremos as consequências desse desacerto. Tudo aquilo que não nos convém fazer e que fazemos acarreta violência da própria consciência, trazendo para os nossos caminhos muitos desenganos. Mediúnidade forçada é estrada sem saída e ficamos sujeitos a não fazer o que poderíamos para o bem da coletividade.

Encontramos muitos médiuns que abandonaram suas missões mediúnicas, querendo ser mais do que deveriam, não se satisfazendo com a missão que lhes foi dada por misericórdia, no resgate de dívidas pretéritas e no aumento do celeiro do bem que deviam acumular no mundo da consciência. E no passarem a desejar ser o que não poderiam alcançar, perderam-se, por não encontrarem forças para suportar os problemas que sempre vêm ao encontro daqueles que acompanham Jesus. 

Disse o Mestre: ³ Não é dado fardo pesado a ombros frágeis.
Não é dado, mas temos o livre arbítrio de fazer ou deixar de fazer o que nos foi entregue para realizar. E se nós mesmos aumentamos esse fardo, certamente que caímos no meio do caminho, por não suportarmos o peso da tarefa que escolhemos por vaidade. O orgulhoso é compelido à cegueira, e sempre falta em seu caminho uma companheira de grande valia que se chama humildade. 

O médium que imagina, visualiza e começa a criar uma auto admiração, não se lembrou de orar e vigiar. É levado pela falsa superioridade que desemboca na areia movediça. A vaidade orgulhosa faz-nos perder a sensibilidade, como nos desvia a audição e apaga a nossa visão de sorte a não sentirmos, não ouvirmos e não vermos os avisos de vigilância, que vêm de todos os lados.

Estamos conversando com todos os médiuns na mais pura fraternidade, sem a intenção de desanimar os companheiros, mas alertando-os para o cumprimento dos deveres. Nada deves forçar no tocante ao que fazes. Devemos ter uma conduta reta em tudo o que fazemos, desde, a formação dos pensamentos, até as grandes realizações. E se queres avaliar melhor de que estamos falando, podes buscar exemplos na história de grandes personagens. Alguns, quando forçaram o que não deveriam ser, caíram por terra como folha seca na ventania. Todos nós somos instrumentos da vontade soberana do Senhor, que nos dirige a todos.

Humildade cristã é o que aconselhamos com mais segurança, para todas as fases dos nossos trabalhos. Quem desconhece a humildade, mesmo conhecendo a rota pelas estrelas, mesmo confiando nos aparelhos mais sofisticados feitos pelos homens, está sujeito a perder a direção do barco que o conduz pela vida.

Se nada devemos fazer forçados, muito menos o exercício da mediúnidade. Sabemos que ela carece de desenvolvimento. No entanto, devemos crer que ela é faculdade que desabrocha como a flor ao beijo dos raios solares. Querer exercitar um dom que se encontra no fundo da consciência, esperando outras reencarnações, como oportunidade para se expressar, é violentar a engrenagem da própria vida, a fazer da pessoa o que ela não pode ser.

Se não sabes e queres descobrir qual o teu dom aflorado, começa aprimorando-te intimamente, trabalha na caridade e procura amar do modo que ensinou Jesus, que tal dom irá crescendo e crescendo. Quem não percebe uma flor que se destaca em algum galho? Até as crianças observam. E serás feliz, por trilhar no caminho determinado por Deus, porque quem faz a vontade d'Ele, nunca contraria a consciência. Procura ser honesto contigo mesmo e justo com as tuas diretrizes.

Miramez (Espírito). Segurança mediúnica / Miramez; psicografado por João Nunes Maia. ² 12. Ed. ² Belo Horizonte, MG: Fonte Viva, 1998.


PRECE PELA SAÚDE


Pai amado! Sei que a saúde é dádiva preciosa através da qual posso me movimentar com mais proveito dentro das tarefas que me cabem no mundo!...
A saúde é dom que ativa o entusiasmo e a alegria de viver; sem ela nada é prazeroso ou adequado, e a sua ausência faz a vida esvair-se lentamente qual areia em mãos frouxas e insensíveis... 
Tenho consciência, Senhor, de que muitas vezes fui o responsável pelos sofrimentos físicos a que me vi submetido, notando a doença instalar-se em mim com a irreverência dos convidados insensatos, por minha falta de atenção no terreno da prudência e da higiene...
Outras vezes, foi a Providência Divina, bem sei, quem lançou mão do recurso da enfermidade como prova ou resgate ao meu espírito necessitado, e para que eu me percebesse da importância da saúde para toda e qualquer realização terrena.. .
Por isso, Pai, ajuda-me a tomar consciência de que preciso velar sobre o meu corpo como quem vela sobre vaso de preciosa e delicada origem!... Auxilia-me a compreender, sempre que eu me sentir inclinado a abusos de qualquer sorte, de que necessito dele para prosseguir minha jornada com bom ânimo e disposição e que se arruinado por minha própria negligencia, me serão cada vez mais difíceis as encarnações futuras e consequentemente o meu progresso e a minha felicidade!...

Assim seja!

terça-feira, 28 de maio de 2013

Por que rezar?



A oração nem sempre nos retira do sofrimento, mas sempre nos reveste de forças para suportá-lo.

Não nos afasta os problemas do cotidiano, entretanto, nos clareia o raciocínio, a fim de resolve-los com segurança.

Não nos modifica as pessoas difíceis dos quadros de convivência, no entanto, nos ilumina os sentimentos, de modo a aceitá-las como são.

Nem sempre nos cura as enfermidades, contudo, em qualquer ocasião, nos fortalece para o tratamento preciso.

Não nos imuniza contra a tentação, mas nos multiplica as energias para que lhe evitemos a intromissão, sempre a desdobrar-se, através de influências obsessivas.

Não nos livra da injúria e da perseguição, entretanto, se quisermos, ei-la que nos sugere o silêncio, dentro do qual deixaremos de ser instrumentos para a extensão do mal.

Não nos isenta da incompreensão alheia, porém, nos inclina à tolerância para que a sombra do desequilíbrio não nos atinja o coração.

Nem sempre nos evitará os obstáculos,e as provações do caminho que nos experimentem por fora, mas sempre nos garantirá a tranqüilidade, por dentro de nós, induzindo-nos a reconhecer que, em todos os acontecimentos da vida, Deus nos faz sempre o melhor.

sábado, 25 de maio de 2013

ORAÇÃO PARA ARCANJO MIGUEL ♥ ♥





Este é um momento de Paz! Respire profundamente e visualize-se envolto em uma esfera de Luz Azul.
Silencie a mente colocando a sua atenção no centro do seu coração e declare em voz alta:

Amado Arcanjo Miguel..
Deixo lá fora todas as minhas preocupações.
Elevo neste instante, minhas vibrações de Amor e Paz,
na mais alta freqüência da energia Cósmica.Amado Arcanjo Miguel
Socorrei-me quando estiver na dúvida sobre o caminho a seguir.
Mostre-me por onde ando.
Oriente-me em direção a Luz.
Amado Arcanjo Miguel
Afaste de mim todas as vibrações negativas, criadas por minha mente.
Deixai-me conviver na percepção dos sinais deixados pela Vossa Presença.

Amado Arcanjo Miguel
Instalai na minha consciência e em meu coração um dispositivo que me alerte quando me desviar do caminho da Luz.

Amado Arcanjo Miguel
É meu desejo sincero que a Paz que procuro e encontro, estenda-se por toda a Terra.
Que na União com os Povos, na Compreensão, no Perdão, na Paciência, na Solidariedade e na Harmonia habite um único poder. 
O Poder do Amor.

Que assim seja.

AMEM!

Um grande abraço de luz...

( Sérgio Tarragô)

Via: Caminhos do Vento, visitem esta linda página:
http://www.facebook.com/CaminhosDoVento

sexta-feira, 24 de maio de 2013

Dia de Santa Sara - Dia 24 de Maio - Hoje é Dia dos Ciganos


Santa Sara é a Padroeira dos Ciganos nos quatro cantos do mundo. Na Umbanda é sempre louvada pela falange dos Ciganos e muitos terreiros festejam esses trabalhadores na mesma data de sua padroeira.




        Falando um pouco da Linha dos Ciganos na Umbanda...

Os Espíritos Ciganos são também, uma linha de trabalhos espirituais que busca seu espaço próprio, pela força que demonstram em termos de caridade e serviços a humanidade. Seus préstimos são valiosas contribuições no campo do bem-estar pessoal e social, saúde, equilíbrio físico, mental e espiritual, e tem seu alicerce em entidades conhecidas popularmente com "encantadas".

São entidades que há pouco tempo ganharam força dentro dos rituais da Umbanda. Erroneamente no começo eram confundidos com entidades espirituais que vinham na linha dos Exus, tal confusão se dava por algumas ciganas se apresentarem como Cigana das Almas, Cigana do Cruzeiro ou nomes semelhantes a esses utilizados por Exus e Pombas-Gira. Hoje, o culto está mais difundido, se sabe e se conhece mais coisas sobre essas entidades, chegando algumas casas a terem um ou mais dias específicos para o culto aos espíritos ciganos.

Não tem na Umbanda o seu alicerce espiritual, como dissemos; se apresentam também em rituais do tipo mesa branca, Kardecistas e em outros rituais específicos de culto à natureza e todos os seus elementos, por terem herdado de seu povo, o cigano, o amor incondicional à proteção da natureza.

Encontraram na Umbanda um lugar quase ideal para suas práticas por uma necessidade lógica de trabalho e caridade.

Na Umbanda passaram a se identificar com os toques dos atabaques, com os pontos cantados em sua homenagem e com algumas das oferendas que são entregues às outras entidades cultuadas pela Umbanda. Encontraram lá, na Umbanda, uma maneira mais rápida de se adaptarem a cultos e é por isso que hoje é onde mais se identificam e se apresentam.

São entidades oriundas de um povo muito rico de histórias e lendas, foram na maioria andarilhos que viveram nos séculos XIII, XIV, XV, XVI e XVII. Tem na sua origem o trabalho com a natureza, a subsistência através do que plantavam e o desapego as coisas materiais.

Dentro da Umbanda seus fundamentos são simples, não possuindo assentamentos ou ferramentas para centralização da força espiritual. São cultuados em geral com imagens bem simples, com taças com vinho ou com água, doces finos e frutas solares. Trabalham também com as energias do Oriente, com cristais, incensos, pedras energéticas, com as cores, com os quatro sagrados elementos da natureza e se utilizam exclusivamente de magia branca natural, como banhos e chás elaborados exclusivamente com ervas.

Diferentemente do que pensamos e aprendemos, raramente são incorporadas, preferindo trabalhar encostadas e são entidades que devem ser cultuadas na direita, pois quando há necessidade de realizarem qualquer trabalho na esquerda, são elas que se incumbem de comandar as entidades ciganas que trabalham para este fim, por isso, não precisam de assentamentos. Por isso tudo fica evidenciado que são entidades que trabalham exclusivamente para o bem.

Santa Sarah Kali é sua orientadora para o bom andamento das missões espirituais. Não devemos confundir tal fato com Sincretismos, pois Santa Sarah é tida como orientadora espiritual e não como patrona ou imagem de algum sincretismo.

Ciganos na Umbanda, são espíritos desencarnados homens e mulheres que pertenceram ao povo cigano.

Os ciganos em geral, tem seus rituais específicos e cultuam muito a natureza, os astros e ancestrais. A santa protetora do povo cigano é "Santa Sara Cali". Dentro da Umbanda, trabalham para o progresso financeiro e para as causas amorosas. Cheios de simpatias espitiruais, os espíritos ciganos trabalham para a cura de doenças espitiruais.

Os ciganos, dentro da ritualistica umbandista, falam a língua "portunhol", alguns, poucos, falam o romanês, língua original dos ciganos. As incorporações acontecem geralmente em linha própria, mas nada impede que eles possam a vir trabalhar na linha de Exu.



 "A vida as vezes nos mostra algo, que não entendemos no ato, mas com certeza no futuro entenderemos, então não adianta o desespero antecipado, sempre haverá uma explicação para tudo que passamos. Eu vivo a minha verdade, então o que espera para viver a sua?"
(Pelo Espírito Cigano das Almas 05/06 2005)




                                       
                                            A Lenda de Santa Sara Kali...
              (A cigana escrava que venceu os mares com sua fé e virou santa)






Conta a lenda que Maria Madalena, Maria Jacobé, Maria Salomé, José de Arimatéia e Trofino, junto com Sara, uma cigana escrava, foram atirados ao mar, numa barca sem remos e sem provisões.
Desesperadas, as três Marias puseram-se a orar e a chorar. Aí então Sara retira o diklô (lenço) da cabeça, chama por Kristesko (Jesus Cristo) e promete que se todos se salvassem ela seria escrava de Jesus, e jamais andaria com a cabeça descoberta em sinal de respeito. Milagrosamente, a barca sem rumo e à mercê de todas as intempéries, atravessou o oceano e aportou com todos salvos em Petit-Rhône, hoje a tão querida Saintes-Maries-de-La-Mer. Sara cumpriu a promessa até o final dos seus dias.
Sua história e milagres a fez Padroeira Universal do Povo Cigano, sendo festejada todos os anos nos dias 24 e 25 de maio. Segundo Míriam Stanescon - Rorarni (princesa do clã Kalderash), deve ter nascido deste gesto de Sara Kali a tradição de toda mulher cigana casada usar um lenço que é a peça mais importante do seu vestuário: a prova disto é que quando se quer oferecer o mais belo presente a uma cigana se diz: Dalto chucar diklô (Te darei um bonito lenço).
Além de trazer saúde e prosperidade, Sara Kali é cultuada também pelas ciganas por ajudá-las diante da dificuldade de engravidar. Muitas que não conseguiam ter filhos faziam promessas a ela, no sentido de que, se concebessem, iriam à cripta da Santa, em Saintes-Maries-de-La-Mer no sul da França, fariam uma noite de vigília e depositariam em seus pés como oferenda um diklô, o mais bonito que encontrassem. E lá existem centenas de lenços, como prova que muitas ciganas receberam esta graça.
Para as mulheres ciganas, o milagre mais importante da vida é o da fertilidade porque não concebem suas vidas sem filhos. Quanto mais filhos a mulher cigana tiver, mais dotada de sorte ela é considerada pelo seu povo. A pior praga para uma cigana é desejar que ela não tenha filhos e a maior ofensa é chamá-la de DY CHUCÔ (ventre seco). Talvez seja este o motivo das mulheres ciganas terem desenvolvido a arte de simpatias e garrafadas milagrosas para fertilidade.









ORAÇÃO EM ROMAIN:

Manglimos Katar e Santa Sara Kali Tu Ke San Pervo Icana Romli Anelumia Tu Ke Biladiato Le Gajie Anassogodi Guindiças Tu Ke daradiato Le Gajie, Tai Chudiato Anemaria Thie Meres Bi Paiesco Tai Bocotar Janes So Si e Dar, E Bock, Thai O Duck Ano Ilô Thiena Mekes Murre Dusmaia Thie Açal Mandar Thai Thie Bilavelma Thie Aves Murri Dukata Angral O Dhiel Thie Dhiesma Bar, Sastimôs Thai Thie Blagois Murrô Traio Thie Diel O Dhiel.


VERSÃO EM PORTUGUÊS:

Tu que és a única Santa Cigana do Mundo.
Tu que sofrestes todas as formas de humilhação e preconceitos.
Tu que fostes amedrontada e jogada ao mar.
Para que morresses de sede e de fome.
Tu sabes o que é o medo, a fome, a mágoa e a dor no coração.
Não permitas que meus inimigos zombem de mim ou me maltratem.
Que Tu sejas minha advogada perante à Deus.
Que Tu me concedas sorte, saúde e que abençoe a minha vida.
AMÉM.









ORAÇÃO...

Sara, Sara, Sara, fostes escrava de José de Arimatéia, no mar fostes abandonada (pedir para que nada nos abandone: amor, saúde, felicidade, fé, amigos, dinheiro...).

Teus milagres no mar se sucederam e como Santa te tornastes; à beira do mar chegastes e o ciganos te acolheram. Sara, Rainha, Mãe dos Ciganos, ajudaste e a ti eles consagraram como sua protetora e mãe vinda das águas. Sara, Mãe dos Aflitos, a ti imploro proteção para o meu corpo, luz para os meus olhos enxergarem até no escuro (pedir forças para os seus olhos, vidência), luz para o meu espírito e amor para todos os meus irmãos, brancos, negros, mulatos, enfim, a todos os que me cercam.

Aos pés de Maria Santíssima, tu, Sara, me colocarás e a todos que me cercam para que possamos vencer as agruras que a terra nos oferece.

Sara, Sara, Sara, não sentirei dores nem tremores, espíritos perdidos não me encontrarão e assim como conseguistes o milagre do mar, a todos que me desejarem mal, tu com as águas me fará vencer (quando a pessoa não está bem e querendo resolver algo muito importante, nesse momento, beber três goles de água).

Sara, Sara, Sara, não sentirei dores nem tremores e continuarei caminhando sem parar, assim como as caravanas passam, no meu interior tudo passará e a união comigo ficará; e sentirei o perfume das caravanas que passam deixando o rastro de alegria e felicidade. Teus ensinamentos deixarás!

Amai-nos Sara, para que eu possa ajudar a todos que me procurem, ajudados pelos poderes de nossos irmãos ciganos. Serei alegre e compreensiva(o) com todos os que me cercam.

Corre no Céu, corre na Terra, corre no Mundo e Sara, Sara, Sara, estará sempre na minha frente.

Assim como os ciganos pedem: Sara fique sempre na minha frente, sempre atrás, do lado esquerdo, do lado direito.

E assim dizemos: somos protegidos pelos ciganos e pela Sara que me ensinará a caminhar e a perdoar.

Reze três Ave-Marias: a 1ª para Santa Sara, a 2ª para os Ciganos e a 3ª para você.








ORAÇÃO...

Farol do meu caminho!
Facho de Luz! Paz!
Manto Protetor!
Suave conforto. Amor!
Hino de Alegria! A
bertura dos meus caminhos!
Harmonia!
Livra-me dos cortes.
Afasta-me das perdas.
 Dai-me a sorte!
Faz da minha vida um hino de alegria, e aos seus pés me coloco, minha Sara, minha Virgem Cigana.
Toma-me como oferenda e me faz de flor profana o mais puro lírio que orna e traz bons presságios à Tenda.
Salve! Salve! Salve!








ORAÇÃO...
Faça essa oração, sempre que precisar de energia:

Santa Sara, pelas forças das águas, Santa, com seus mistérios, possa estar sempre ao meu lado, pela força da natureza.
Nós, filhos dos ventos, das estrelas e da lua cheia, pedimos à Senhora que esteja sempre ao nosso lado; pela figa, pela estrela de cinco pontas, pelos cristais que hão de brilhar sempre em nossa vida.
E que os inimigos nunca nos enxerguem, como a noite escura, sem estrelas, sem luar.
A Tsara é descanso do dia-a-dia, a Tsara é nossa tenda.
Santa Sara me abençoe; Santa Sara me acompanhe.
Santa Sara, ilumina minha Tsara, para que a todos que batam a minha porta, eu tenha sempre uma palavra de amor e de carinho.
Santa Sara, que eu nunca seja uma pessoa orgulhosa, que eu sempre seja a mesma pessoa humilde.







ORAÇÃO...

Santa Sara, minha protetora, cubra-me com seu manto celestial.
Afaste as negatividades que porventura estejam querendo me atingir.
Santa Sara, protetora dos ciganos, sempre que estivermos nas estradas do mundo, proteja-nos e ilumine nossas caminhadas.
Santa Sara, pela força das águas, pela força da Mãe-Natureza, esteja sempre ao nosso lado com seus mistérios.
 Nós, filhos dos ventos, das estrelas, da Lua cheia e do Pai, só pedimos a sua proteção contra os inimigos.
Santa Sara, ilumine nossas vidas com seu poder celestial, para que tenhamos um presente e um futuro tão brilhantes, como são os brilhos dos cristais.
Santa Sara, ajude os necessitados; dê luz para os que vivem na escuridão, saúde para os que estão enfermos, arrependimento para os culpados e paz para os intranqüilos.
Santa Sara, que o seu raio de paz, de saúde e de amor possa entrar em cada lar, neste momento.
Santa Sara, dê esperança de dias melhores para essa humanidade tão sofrida.
Santa Sara milagrosa, protetora do povo cigano, abençoe a todos nós, que somos filhos do mesmo Deus.

Salve Santa Sara! Arriba meu Povo Cigano! Optcha!
Saravá a Linha dos Ciganos na Umbanda!









fonte: http://espiritualizandocomaumbanda.blogspot.com.br/2012/05/dia-de-santa-sara-dia-24-de-maio-hoje-e.html






Música "Santa Sara" (Wal Hei):

"Sempre ao meu lado ela está
com seus mistérios, sua luz.
Santa Sara, Santa Sara,
Minha vida tu conduz.
Somos filhos do vento,das estrelas, do luar.
Tua voz, meus sentimentos.
Tua força em meu cantar.
Te pedimos pela figa,
pelo brilho dos cristais.
Estrela de cinco pontas,
meu caminho, sigo em paz.
Escureça como a noite o olhar dos inimigos
A ti peço todo dia que abençoe minha tsara
Santa Sara, me acompanhe,ilumine o meu cantar,
e palavras de carinho
quero a todos ofertar.
E me afasta do orgulho,da vaidade, ambição.
Sei que herdarei o mundo,dando a ti meu coração.
Santa Sara, me acompanhe,ilumine meu pensar,
e palavras de carinho
quero a todos ofertar."

fonte deste vídeo e letra: http://www.youtube.com/watch?v=3Q1dm1PexsA


domingo, 19 de maio de 2013

Umbanda e Xamanismo






“Enquanto a Umbanda é a farmácia o Xamanismo é a medicina”.

Essa frase não me desceu bem quando a ouvi pela primeira vez. Pareceu-me mais uma forma de preconceito com relação a Umbanda, pois vamos a farmácia quando precisamos comprar um remédio receitado pelo médico. A Umbanda não é um balcão comercial onde se pode comprar remédios, mesmo que alguns a queiram torná-la nisto, pois ela própria é capaz de receitar os remédios apropriados para certos males da alma e do corpo humano sem cobrar mais que a consciência necessária para tal, afinal, boa parte das pesquisas de laboratório de novos fármacos surgem da sabedoria ancestral. É verdade que quando a coisa aperta o ser humano procura recorrer àquilo que está mais a mão, da mesma maneira que quando uma dor física surge recorre-se a emergência hospitalar. Mas a Umbanda não é uma medicina espiritual de emergência, apesar de no imediatismo para resolvermos os nossos problemas, supostamente espirituais, que nós mesmos geramos, na maioria das vezes, recorrermos a um templo umbandista. Sendo assim ao escrever sobre Umbanda e Xamanismo quero dizer que Umbanda é Xamanismo. E se Xamanismo é Medicina, Umbanda também o é. A meu ver Umbanda é um dos Xamanismos que existem.
Mas há muita incompreensão nessa área.
Xamanismo é um conceito muito vasto e plural, pode-se falar em Xamanismos, mas todos os estudiosos reconhecem que essa pluralidade possui elementos comuns, tornando-se uma unidade na diversidade. Assim não há Xamanismo sem o culto à Terra e suas forças espirituais e sagradas. Um xamã é alguém que é capaz de dizer, sentir e perceber a Terra como sua e a si mesmo como pertencente à Terra, é alguém plenamente consciente de sua ligação com a Terra e suas forças espirituais. Ele diz: - Tudo isto é meu, toda a Terra é minha. E a própria Terra lhe responde: - E tu és meu. Isso confere uma consciência da responsabilidade para com a Terra e suas forças espirituais que é a marca do xamã.
E sendo o Xamanismo um conhecimento vasto e plural, a Umbanda também o é, assim existem diferentes Umbandas. Isso é sabido e notório. Mas entre todas as diferentes Umbandas existem elementos comuns. São eles, em nosso modo de ver, os seguintes:

1 – O culto as forças espirituais da Natureza: Os Orixás

2 – O cultivo do poder espiritual do ser humano

As diferentes formas de culto aos Orixás são:

1 - Através de trabalhos mágicos que usam o magnetismo humano, animal, vegetal, mineral e do próprio ambiente natural, dentro de uma geometria, em conformidade com os pontos cardeais da Terra e outros pontos de poder da Terra.
2 – Através das chamadas de poder ou pontos cantados onde são usados instrumentos musicais como o tambor ou atabaque.

As diferentes formas de cultivo do poder espiritual do ser humano são:
1 – A mediunidade, da qual a incorporação é apenas um tipo, mas é o tipo preponderante na Umbanda praticada hoje em dia e através da qual são realizadas as consultas, isto a nosso ver contribui para aquele quadro de atendimento que molda a Umbanda dentro de uma visão de farmácia, pois na maioria das vezes as pessoas vão em busca de resolver problemas imediatos e materiais de ordem emocional ou profissional, ignorando a busca pela sabedoria dos Orixás.
2 – A sintonização: a capacidade de concentrar-se e vibrar dentro de uma freqüência de energia para se alcançar certos estados alterados de consciência que nos conduzam a um estado de iluminação plena, nossa perfeita integração com nós mesmos e com a Natureza.
Não há na prática diferença entre a mediunidade e a sintonização, mas estamos usando os dois conceitos para criar uma diferença intencional que é a seguinte:
Em nosso modo de entender, na Umbanda, o progresso espiritual do ser humano não consiste em receber entidades porque nesse caso são elas que estão vindo até nós. O verdadeiro progresso espiritual consiste numa ampliação da consciência onde somos capazes de ir até as realidades onde as diversas entidades vivem e estar mais conscientes de nossas próprias realidades interiores (padrões de comportamento). Assim, a mediunidade que é entendida, normalmente, como processo de incorporação é diferente da sintonização que entendemos como um processo de ampliação da consciência, que envolve a conexão com o nosso deus interior.
Para que a sintonização ocorra o processo de desenvolvimento espiritual tem que estar assentado em nossa capacidade de administrar a nossa própria energia. Isso se dá em três passos estratégicos simples:
1 – Acumular
2 – Recanalizar
3 – Ampliar
Assim, a Umbanda pode ser definida como uma medicina xamânica que usa a força dos Orixás para o processo de ampliação da consciência humana e não um atendimento de balcão espiritual para tão somente resolver questões imediatas e materiais. Está na hora do ser humano acordar de vez para urgência de assumir a responsabilidade sobre sua própria vida e não querer que outros a resolvam para si. Antes ele deve buscar estar consciente do que nele promove os problemas nos quais ele próprio se envolve.
Os Orixás são os Deuses da Natureza, forças impessoais e conscientes (que foram antropomorfizadas por determinado nível de compreensão humana), que no Egito Antigo eram chamados de Néteres e que possuem diferentes nomes conforme a tradição mística de cada povo.
É bom definirmos o que entendemos por Orixá. Orixá é uma força cósmica que atua através de uma determinada potência da Natureza. Assim, por exemplo, Iemanjá é uma força cósmica que atua através do Mar.
Há sete Orixás essenciais dos quais os outros são desdobramentos. Como as sete notas musicais são capazes de comporem infinitas melodias, os 7 Orixás são capazes de criar infinitas formas naturais, gerando um tipo de informação ou conhecimento que pode ser acessado através da própria Natureza e que está codificado no próprio ser humano.
Cada elemento da Natureza é influenciado por um Orixá. Assim cada Orixá possui uma ou mais plantas que lhe são pertencentes porque energeticamente compatíveis. O mesmo vale para as pedras, os metais e os animais, incluindo o ser humano, que possui como atributo peculiar a capacidade de sintonizar em diferentes freqüências vibratórias mesmo tendo uma que lhe é própria ou que prepondera em seu campo de energia.
O que habilita o ser humano a vibrar em diferentes freqüências vibratórias é um elemento de seu corpo de energia que xamãs, tal como Carlos Castaneda, chamam de o ponto de aglutinação. A grosso modo o ponto de aglutinação é uma espécie de “dial” que nos permite sintonizar em diferentes faixas vibratórias porque atravessado por infinitos campos de energia vibratória do nosso multiverso.
Essa capacidade de sintonização do ser humano lhe permite um nível de realização pessoal que é profundamente mágico, pois o habilita a transformar-se num ser capaz de mudar sua estrutura energética, fazendo-o assim um xamã, após árduo treino e disciplina de uma vida inteira.
Essa capacidade mágica do ser humano de vibrar em diferentes freqüências de energia o vincula a uma força cósmica de uma maneira muito peculiar, a um Orixá de forma muito especial, que é um Orixá síntese, por que congrega em si os outros Orixás: Oxalá ou Orixalá, que significa o Orixá dos Orixás. Assim o ser humano é capaz de seguir a trilha do orixalato, pois é capaz de transitar conscientemente entre diferentes faixas vibratórias, mesmo tendo em si uma faixa onde vibra mais facilmente e que prepondera em seu campo de energia.
Dentro da Umbanda existem antigos xamãs de origem índia e africana que compõem a sua egrégora e guardam consigo os segredos ancestrais. Eis uma outra razão para se compreender que Umbanda é Xamanismo, pois sua egrégora espiritual está formada por xamãs de diferentes procedências unificados através Dela, Umbanda.
Um desses segredos ancestrais é o culto da Jurema, Yurema, árvore sagrada em diferentes culturas, que se faz referência em pontos cantados de Umbanda e que está sendo resgatado.
A própria Bíblia lhe faz referência. Na própria Bíblia a árvore do conhecimento ocupa um papel central porque proibida ao homem. Porque haveria de ser o acesso ao conhecimento algo proibido? A quem interessa manter o homem na ignorância? Há um conhecimento que foi perseguido, proibido, reprimido e que precisa ser revelado para que o homem possa reconquistar seu lugar no Jardim do Éden.
Assim, uma das funções da Umbanda é o resgate desses antigos conhecimentos ancestrais que foram destruídos devido ao processo de colonização que o Brasil sofreu por parte de Portugal, patrocinado ideologicamente pela Igreja Católica.
Esse processo de colonização deixou marcas severas na alma do povo brasileiro e uma dessas cicatrizes ainda não devidamente fechada é o preconceito com relação à própria Umbanda. E nem nela, na própria Umbanda se vista como farmácia, poderíamos encontrar um remédio que possa sanar o preconceito, já que a ignorância é um vírus que assume diferentes formas, mutável, e de antídoto ainda a ser encontrado. Por outro lado, se estamos executando o resgate desse conhecimento ancestral é porque fomos criando a necessária resistência contra a ignorância e a dominação ideológica em suas diferentes manifestações viróticas.

Salve o Xamanismo, Salve a Umbanda! Saravá, Alex!


            Fonte: http://pistasdocaminho.blogspot.com/

Fonte: http://espiritualizandocomaumbanda.blogspot.com.br/2011/03/umbanda-e-xamanismo.html

terça-feira, 7 de maio de 2013

As Causas Principais das Quedas e Fracassos dos Médiuns




Esses são assuntos dos quais todos se escusam de falar, ou de escrever, e quando o fazem, é por alto e indiretamente.

Vamos abordar o assunto de maneira mais clara possível, a fim de levar um alerta a todos os nossos irmãos umbandistas, principalmente àqueles que estão predispostos a caírem nesses erros, visto termos esperanças de que essa advertência venha trazer luz em cada espírito, e ainda possa chegar a tempo de cada um recuar para a sua regeneração.

Não queremos, de maneira nenhuma, nos arvorarmos de juízes das causas alheias, visto termos também nosso débitos com o astral superior, mas sim, após anos de trabalho, termos observados médiuns fracassando ou caindo, incorrendo em erros elementares e, para se reabilitarem, continuando na prática de suas mazelas, culminando em suas quedas, muitas vezes sem retorno.

Temos observado que a maioria desses médiuns vivem um tormento interior, como labaredas de fogo a queimar-lhes a consciência, e eles não têm forças para se reerguerem, visto estarem presos nas garras dos marginais do baixo astral e dificilmente conseguem se libertar de suas mazelas e, ainda por cima, sendo alertados pelos seus Guias Espirituais constantemente, nada fazendo para se libertarem das garras desses magos negros, por estarem atolados até o pescoço no pantanal da ignorância do astral inferior, pois também estão contribuindo, e muito, não mantendo uma vida ilibada e com moral.

Isso acontece devido à lei de atração, onde semelhante atrai semelhante.

Os quiumbas já se deram conta de que esses médiuns estão praticando atos que são de comum acordo com a confusão que rege os reinos inferiores, fazendo assim com que surja um casamento fluídico médium/quiumba, pois os dois estão em sintonia vibratória.

É muito difícil se libertar de um quiumba, ainda mais quando nós fomos a causa da aproximação desse quiumba por atração fluídica.
E quando esse casamento fluídico perdura por anos a fio, o sistema neuro- psíquico-mediúnico torna-se denegrido, fazendo com que os seus Guias Espirituais não tenham condição de aproximar-se, pelo fato de não haver mais simbiose espiritual entre médium e Guia Espiritual.

O caso mais grave é quando os Guias Espirituais se afastam devido às causas morais, e o médium, mesmo com os alertas, prefere continuar em seus erros, ou seja, não existe renúncia e nem remorso por parte do médium, preferindo esse continuar a sua caminhada, incorrendo nas mesmas causas que o levaram para o astral inferior.

Só existe um meio de se libertar, e esse meio só o médium pode realizar, pois não terá ajuda direta a não ser subsídios, conselhos, orientações, para assim por si só se reerguer, fazendo com que o seu sistema mediúnico-espiritual se eleve novamente e entre em contato com os planos superiores.

Será necessária uma intensa reforma íntima, acrescida de renúncia dos erros passados, muita oração e prática dos ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, principalmente na realização da caridade desmedida e constante.

Para nos situarmos, vamos abordar três aspectos principais, pelos quais o médium se precipita nos abismos da queda mediúnica.
Embora não podemos nos esquecer dos demais erros e vícios tão divulgados pelos Guias Espirituais, os quais devemos estar em alerta para não adquiri-los.

• A vaidade excessiva, que causa o entusiasmo, por nos sentirmos especiais em tudo o que realizamos, abrindo os canais mediúnicos a toda sorte de influência negativa.

• A ambição pelo dinheiro fácil, que vem através dos agrados que recebemos devido a um bem efetuado a alguém, ou por algum trabalho realizado, fazendo com que o médium veja a facilidade de adquirir bens materiais em troca de favores espirituais.

Em decorrência disso, existe a possibilidade de crescer no interior do médium a ambição, fazendo com que cada vez mais faça cobranças em tudo e por tudo.

• A condição sexual incontida, que lhe tira a razão, pelo fato de ser uma das energias mais poderosas existentes no plano terrestre, e ser uma energia geradora, criativa, e recheada de desejo.

O que acontece é que começa a existir interesses vários, onde o desejo e a sensualidade tomam a frente, quando o fascínio existente pelo sacerdote toma um rumo diferente do que devia ser.

O mesmo acontece com o corpo mediúnico, ou fora do Templo, onde começa a existir outros interesses que não seja a fraternidade, ou o puro sentimento.

No caso da vaidade excessiva, tem seu início na prática mediúnica. Quem tem o dom mediúnico o traz de berço, pois adquiriu através de sucessivas encarnações o direito de externar, por herança, os dons de Deus.

Em certa altura da sua vida, a mediunidade começa a aflorar, e eis que surge o Caboclo, o Preto-Velho, o Baiano, o Boiadeiro, e assim por diante.

Com o desenvolver da mediunidade, começam a surgir os fenômenos tais como curas, descarregos, aconselhamentos certeiros, conhecimentos irrefutáveis; e são tantos os casos positivos trazidos pelos Guias Espirituais, que se dá o início ao surgimento da vaidade no médium.

Esse se acha possuidor de todos esses conhecimentos e não mais o Guia Espiritual.

Também existe o caso do médium achar que o seu Guia Espiritual é o mais poderoso.

São tantos os casos positivos que acontecem em volta desse médium, que em torno do mesmo forma-se uma corrente de admiração e, muitas vezes, de fanatismo também.

As pessoas em torno desse médium, diante de tudo o que vêem, começam a bajulá-lo, a agradá-lo com presentes e com isso vão inconscientemente incentivando a sua vaidade.

Isso acontece com o médium, muitas vezes, pelo fato do mesmo ser ignorante de conhecimento, e algumas vezes se recusa a estudar o mediunismo, suas causas e conseqüências.

O Guia Espiritual do médium faz de tudo para alertá-lo das conseqüências dos seus atos (respeitando o seu livre-arbítrio), através de sinais, alertas, conselhos, intuições, etc.

Mas, como o médium está predisposto a vaidade, deixa de escutar o seu Guia Espiritual, e chega ao ponto de se julgar o tal, um mestre, um escolhido, um mago, um semi-deus, e que a força é dele, chegando a pensar que é propriedade sua.

O médium vai crescendo em vaidade, devido às pessoas o respeitar e acatá-lo em respeitoso silêncio, sem questionar, e aí vai crescendo as exibições mediúnicas.

O que acontece nessa altura é que o médium já perdeu o contato mediúnico de fato, exercendo tão somente o animismo.

O grave é quando o médium está mediunizado por um quiumba; aí sim é a queda total dele e dos que estão a sua volta.

As portas da sua mediunidade estão abertas às influências negativas e toda sorte de manifestações magísticas destrutivas.

Com o tempo, o médium vai se acostumando com os fluidos dos quiumbas, e não quer perder o cartaz por nada nesse mundo.

Porém, os fenômenos antes efetuados por manifestações mediúnicas positivas, não mais acontecem, e as pessoas ao seu redor já começam a olhá-lo com certo desprezo e se afastam, fazendo todo o tipo de comentário negativo, embora num passado tenham se beneficiado desse médium.

O médium que se entregou à vaidade excessiva se torna um sofredor, pois começa a perceber que para incorporar já começa a ter que representar e o tormento toma conta de sua cabeça.

Aí entra a descrença, que é o golpe fatal para a sua pessoa.

No caso da ambição pelo dinheiro fácil, devemos diferenciar o médium que cai pelo dinheiro fácil e os que podemos incluir aos milhares, que são os espertalhões, que usam o nome da Umbanda e de suas entidades a fim de explorarem a ingenuidade das pessoas de todas as maneiras.

Esses (espertalhões) são bem reconhecidos, pois seus “terreiros” são vistosos, com roupas multicoloridas, uma grande profusão de “guias” no pescoço e outros adornos que sabemos serem desnecessários em nossos cultos.

Vivem e fazem de tudo um ganho, seja em dinheiro ou facilidades na vida.

Costumam fazer festas por quaisquer motivos, todas regadas a excentricidades no visual, muita bebida alcoólica e carnes, muitas vezes, levando essas festas religiosas em ambientes profanos, a fim de angariarem um grande número de admiradores e outros tantos que gostam de se apresentarem e se mostrarem em público a fim de terem reconhecimento.

Tudo nesse ambiente é movimento, encenação, panorama e desfile.
Por ali, tudo se paga.

Desde uma consulta, até os tais despachos e ebós.

Até a famosa camarinha, onde vêem mediunidade em todos; e aja firmar “santo” na cabeça das pessoas.

São antros de exploração, que chafurdam o nome sagrado da Umbanda, a pecha de grupo folclórico, a atenderem seus mais mesquinhos interesses.

São verdadeiras arapucas, onde tudo é duvidoso.

Dentro da Umbanda, é sabido que a prática da magia branca faz parte, como um recurso Divino, para atender a necessidade prementes de seus filhos.

Para a feitura de algumas magias, há necessidade de certos materiais, que corretamente devem ser adquiridos pela pessoa beneficiada.

Muitas vezes, no caso de um consulente sem condições, damos o que temos.

Quando realmente há necessidade dessa magia, os nossos Guias Espirituais pedem o material necessário à pessoa, sem grandes desmandos, satisfazendo a “Lei de Salva”.

Tudo o que é manipulado pelas nossas entidades espirituais costumam sempre dar certo, pois tem o discernimento necessário para saberem o que necessitamos.

Disso tudo surge um grave problema, pelo fato das pessoas que perambulam pelos “terreiros” encontrarem uma grande facilidade, achando que é só fazerem um trabalhinho para resolverem a sua vida.
Grande ignorância, quem assim pensa.

Temos que nos reformar interiormente, seguindo os passos e os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo.

Antigamente, devido à má informação e formação de sacerdotes e médiuns conscientes da realidade espiritual, muitos faziam do “despacho” ou de “tais trabalhinhos” uma panacéia para tudo.

Era só ter um probleminha ou problemão, seja ele qual for que imediatamente tinha um despacho para resolver tal questão.

E haja despacho pra tudo.

Tudo era resolvido no despacho.

E hoje a coisa somente mudou de nome.

Trocou-se o nome despacho para magia.

Tem magia pra tudo.

É só ter um probleminha ou um problemão, seja ele qual for que imediatamente acha- se uma magia para resolver tal questão. Pode?
Quero ver alguém encontrar um despacho ou magia para despertar nossa fé, nosso amor, nossa devoção, magia para ser bondoso, caridoso, humilde.

Magia para se efetuar reforma íntima, para perdão.

Magia para se espiritualizar, ter moral, ter vida ilibada. Não vêem que essas tais magias é tão somente para coisas matérias?

Para facilitar a vida material?

Não vêem que muitas dessas magias são utilizadas em momentos de revoltas, demandas, ódios, retorno.

E até (pasmem): “clonar” espíritos.

Infelizmente, é fato real, que na Umbanda estão aparecendo muito mais “magos” e “mestres”, do que servidores agradecidos, somente interessados em servir a espiritualidade, tudo fazendo para a honra e a glória de Deus.

É muito cacique pra pouco índio.

No começo, o médium obedece tão somente o que suas entidades espirituais pedem para a realização de uma magia.

Com o tempo, esse médium começa a observar e pensa seriamente na facilidade do dinheiro.

Então, ele entra na “Lei de Salva”, tão conhecida pelos magistas, e abusa dessa lei em benefício próprio.

Aí começou a imperar nesse médium a ambição pelo ganho fácil, quando começa a exceder na “Lei de Salva” (dentro da magia), dando a desculpa que necessita do dinheiro para o seu anjo da guarda, para o cambono, ou para “pagar o chão”.

Concordamos que deva haver uma remuneração suficiente para o médium adquirir materiais necessários que consta de certo número de velas, elementos da Natureza, ou mesmo uma certa quantia de dinheiro suficiente para que o médium que realizou o trabalho possa utilizar esse dinheiro para a sua locomoção, ou mesmo comprar materiais necessários à manutenção da sua vida espiritual, e nunca para sustentar seus vícios e luxos.

Geralmente, pedimos ao interessado o material necessário à feitura da magia e juntamente uma pequena quantidade de velas ou outros materiais necessários utilizados no Templo.

Quanto à locomoção, pedimos gentilmente ao interessado que nos forneça uma condução.

Quando o interessado esta passando por dificuldades financeiras que impedem a compra dos materiais para a feitura da magia, doamos de bom grado o que temos.

Jamais aceitamos dinheiro como paga ou mesmo agrado; Se houver interesse da pessoa em doar alguma coisa, que faça espontaneamente ao Templo ou a alguma entidade assistencialista, e não ao médium.

As pessoas, pelo fato de quererem uma melhoria de vida em todos os sentidos, pagam o que for para que seus problemas sejam resolvidos.

Aí está o perigo.

Em primeiro lugar, devemos esclarecer que magia só deve ser usada quando a pessoa não tem competência momentânea para resolver seus problemas.

Nesse momento, fazemos uso da magia para levantar essa pessoa.
Depois do problema urgente resolvido, vamos para a reeducação da pessoa, reforma íntima, com conselhos, e tudo ordenado dentro de um conhecimento elevado, principalmente no Evangelho de Jesus.

Nesse momento, o médium, já começando a fazer trabalhos por conta própria e tudo, geralmente direcionado com Exu e Pomba Gira, vai utilizando materiais cada vez mais pesados (sangue, carnes, ossos, etc.), chafurdando tanto ele como a pessoa beneficiada, incorrendo aí no risco de criar ligações perigosas com o que de mais baixo existe no astral inferior.

Quando esses ditos trabalhinhos saem da linha justa da magia, até Exu e Pomba Gira se afastam do médium.

O seu Guia Espiritual, como é de praxe, já o alertou várias vezes e ele não deu ouvidos, pois o dinheiro está entrando que é uma beleza.

Por ele estar cego e surdo, não ouve a ninguém e, aí, o seu Guia respeita a sua escolha, pois é sabedor da lei do livre-arbítrio.

Quando numa necessidade verdadeira, esse médium clama por seu Guia Espiritual, aí ele vê que não tem resposta, fica abalado.

Começa a perceber que o que está à volta dele são verdadeiros e poderosos quiumbas.

Esse médium começa a fazer tudo o que pode e sabe para o seu Guia voltar, e nada.
Mesmo assim, não larga do dinheiro fácil, pois está afundado na ignorância espiritual, quando percebe que esse dinheiro é um dinheiro maldito, pois as conseqüências são nefastas.
O fim de todos eles é muito triste.
Entram nos vícios, falta de emprego, perdem tudo o que tinham na vida, pois os Sagrados Orixás os Guias Espirituais e os Guardiões não acobertam erros de ninguém; esses médiuns se desiludem com a religião, culpando-a dos seus problemas e, perdendo sua fé na Umbanda, vão a procura de outras religiões, a fim de se refazerem da desgraça que adquiriram em suas vidas.
Mas mesmo assim, devido à soberbia, não assumem seus erros e culpam a um pretenso demônio, o qual desgraçou sua vida, pois estavam na religião errada, sob a influência desse demônio que dirigia aquela religião.
Geralmente acabam virando ex-pais, ex-mães e ex-filhos de encosto, o que não deixa de ser verdade, pois esses médiuns nunca serviram a Deus, aos Orixás e nem aos Guias Espirituais e Guardiões verdadeiros, mas sim, a encostos.
Deviam sim, observarem que Deus lhes deu uma oportunidade bendita e redentora na prática da caridade desmedida através da mediunidade redentora, e eles, por ignorância e muitas vezes maldade, praticaram os atos mais absurdos, tudo em nome da Umbanda. 

Não se esqueçam que somos espíritos endividados, que estamos encarnados todos sob a pele do cordeiro (que é o nosso corpo).
Todos têm a mesma oportunidade para se erguerem, mas não temos condições de observarmos quem é quem; aí que cada um semeie bem, pois Jesus disse:
“A semeadura é livre, mas a colheita é obrigatória”, “e cada um vai colher aquilo que plantou”.
“Quem semeia somos nós, mas quem colhe é Deus Pai Todo Poderoso”.
O terceiro e último caso é o sexo fácil.
Esse é um dos aspectos mais críticos e perigosos, e um dos mais difíceis de ser perdoado.
Temos visto, em nossa caminhada pela Umbanda, vários médiuns caírem pelo sexo.
Inclusive atualmente, médiuns “famosos”, casados, utilizando-se de sua influência e aproveitando a carência afetiva de algumas irmãs iludidas por acharem que estão sendo “amadas” por alguém “iluminado” (os famosos semi-deuses, mestre, magos ou orixás encarnados), forçam uma situação, e aproveitam-se sentimentalmente e sexualmente, satisfazendo seus sórdidos desejos.

Esses casos são difíceis de serem perdoados, porque a moral do médium fica na lama em que ele mesmo se sujou.
Por mais que tente, nunca vai conseguir apagar a lembrança dos atos cometidos e sempre vai ter alguém a lembrá-lo de sua queda, pois iludiram, enganaram e usaram pessoas desequilibradas em seus sentimentos.

É uma mancha que, mesmo que nos reabilitemos, nunca será apagada.
Devido aos envolvimentos existentes com bajulações e fanatismo, ele constantemente é endeusado. 
Daí, para receber elogios do sexo oposto (ou do mesmo sexo) fica visado, e tem a propensão para se deixar fascinar, quando se vê numa pessoa muito apessoada.

Quando trabalhamos na luz, constantemente somos combatidos pelo baixo astral, que envia todas as formas existentes, principalmente em nossas fraquezas, para que caiamos.
Lembre-se de Jesus: “Orai e vigiai, para não cairdes em tentação”.
Logo, quando o baixo astral vê uma brecha, e essa brecha é uma forte predisposição sexual, é aí que eles vêem a oportunidade de atacá-lo.

Lançam mão de todos os recursos, até conseguirem seus objetivos.
O médium que está desavisado, por ignorância espiritual, ou mesmo por ter o espírito doente, cai nas malhas do baixo astral, e se entrega ao sexo desmedido dentro do ambiente religioso.
Como temos dito, o médium é constantemente avisado pelos seus Guias Espirituais sobre todos os aspectos que o cercam.
Estão sempre vigilantes, mas acontece que esse médium, usando de seu livre- arbítrio, já dentro de uma incontida predisposição ao sexo, cai e vira as costas à moral, repelindo automaticamente toda influência benéfica que poderia tirá-lo de sua caída.
Tanto pela forte incontinência sexual, como por uma sexualidade irrefreável com os médiuns do “terreiro”, não há desculpas.
A caída do médium, pelo fato de se relacionar sem moral com os médiuns do “terreiro”, ocasiona seu fracasso, e nesse caso não há desculpas.

Quando o médium começa a sofrer as conseqüências do seu ato insano, vai à procura de Guias Espirituais de outros médiuns, a fim de resolverem seus problemas.
O Guia Espiritual, como é sabedor da questão, diz que: “em surra de Guia, eu não ponho a mão” ou “quando Caboclo bate, não reparte pancada”.

E haja punição.

Após algumas disciplinas necessárias, alguns desses médiuns se emendam, ficam com medo, e procuram não mais errar, e se voltam às linhas justas dos trabalhos espirituais.
Porém, a maior parte desses médiuns, mesmo passando por uma disciplina, não se emendam e continuam praticar os mesmos atos, como se nada houvesse acontecido e infelizmente acabam denegrindo a imagem de suas vitimas, geralmente dizendo que eles é que estavam sendo seduzidos por uma pessoa inescrupulosa e que essa pessoa é uma servidora das trevas para destruí-lo.
Então os Guias Espirituais vêem que não há mais jeito, e se afastam do médium, deixando-o a mercê da sua própria sorte.
Uma coisa é verdade. Nenhum desses médiuns fracassados ficou com o seu Guia Espiritual em sua guarda, pois erraram e persistiram no erro.

O que acontece muito é que esses médiuns costumam dar a desculpa que estão com uma demanda em cima deles, muito forte.
A força de pemba é tão grande em cima desses médiuns, que rapidamente fazem com que percam sua fé na Umbanda, e o redirecionam a outra religião, pois aqui não souberam sorver a Espiritualidade Superior emanada de nossos Guias Espirituais.
Creio que todos tenham entendido bem tudo o que aqui está escrito, e compreenderam bem, pois não é o erro em si, porque errar é humano e todos podemos errar um dia.

A questão é cometer o mesmo erro, é persistir nos mesmos erros.
Os nossos Guias Espirituais não são carrascos, mas não podem acobertar nossos erros, e nem a repetição dos mesmos.
Outro fato, até corriqueiro no meio Umbandista é quando temos pessoas ao nosso lado, dizendo serem nossas amigas, e quando, por qualquer motivo se afastam de nós, acabam tornando-se “inimigas” e a partir daí, tudo o que acontece de ruim na vida daquela pessoa é por força de demanda.
A mínima dor de cabeça, falta de dinheiro, mal estar, sempre será culpa do outro médium ou do outro terreiro que esta demandando com ele, querendo destruí-lo.

Inclusive, acontece também o fato de que outras pessoas que também se afastaram daquele terreiro, achegando-se àquela pessoa, através de comentários e fofocas, com suas mentes conturbadas acabam sendo alertadas por aquele individuo que estão com uma demanda, também mandada por aquele terreiro e assim a corrente da discórdia e das mentiras vai crescendo assustadoramente.
O baixo astral, astuto e inteligente, apossa-se desses médiuns incautos e através de persuasão mental acabam convencendo-os da realidade das demandas, inclusive fazendo até “vários videntes” verem a demanda sendo feita.

Com isso, o médium incauto acaba realizando magias defensivas e ofensivas, cometendo injustiça e ai sim, caindo de vez nas malhas do baixo astral que sai vitorioso.
O baixo astral é ardiloso e faz tudo para convencer as pessoas, utilizando todos os meios a fim de convencê-la, para que acredite estar sendo prejudicada por outros.
A coisa é grave, pois esses médiuns incautos ainda não aprenderam o Evangelho, o amor, a bondade, o perdão e a fé.
Quem é sabedor da Lei da Causa e Efeito e da Lei do Retorno, jamais deveria levantar sua mão contra ninguém, pois teria a certeza de que a providência Divina estaria do seu lado.''

Ensinamentos de Pai Juruá - Dirigente do Templo Estrela Azul - São Caetano do Sul - SP