Ai Ei Eiô,
Mamãe Oxum!
Mitos, Lendas,
Associações e principais características!
Logo que todos
os Orixás chegaram à terra, organizavam reuniões das quais mulheres não podiam
participar. Oxum, revoltada por não poder participar das reuniões e das
deliberações, resolve mostrar seu poder e sua importância tornando estéreis
todas as mulheres, secando as fontes, tornando assim a terra improdutiva.
Olodumaré foi procurado pelos Orixás que lhe explicaram que tudo ia mal na
terra, apesar de tudo que faziam e deliberavam nas reuniões. Olodumaré
perguntou a eles se Oxum participava das reuniões, foi quando os Orixás lhe
disseram que não. Explicou-lhes então, que sem a presença de Oxum e do seu
poder sobre a fecundidade, nada iria dar certo. Os Orixás convidaram Oxum para
participar de seus trabalhos e reuniões, e depois de muita insistência, Oxum
resolve aceitar. Imediatamente as mulheres tornaram-se fecundas e todos os
empreendimentos e projetos obtiveram resultados positivos. Oxum é chamada
Iyalodê (Iyáláòde), título conferido à pessoa que ocupa o lugar mais importante
entre as mulheres da cidade.
Nome de um rio
na Nigéria, em Ijexá e Ijebú. Segunda mulher de Xangô, deusa do ouro, riqueza e
do amor. É ele considerado a morada mítica da Orixá. Apesar de ser comum a
associação entre rios e Orixás femininos da mitologia africana, Oxum é
destacada como a dona da água doce e, por extensão, de todos os rios. Portanto
seu elemento é a água em discreto movimento nos rios, a água semi-parada das
lagoas não pantanosas e, principalmente as cachoeiras são de Oxum, onde
costumam ser-lhe entregues as comidas rituais votivas e presentes de seus filhos-de-santo.
Oxum tem a ela
ligado o conceito de fertilidade, e é a ela que se dirigem as mulheres que
querem engravidar, sendo sua a responsabilidade de zelar tanto pelos fetos em
gestação como pelas crianças recém-nascidas, até que estas aprendam a falar.
Para Oxum foi
reservado o posto da jovem mãe, da mulher que ainda tem algo de adolescente,
coquete, maliciosa, ao mesmo tempo que é cheia de paixão e busca objetivamente
o prazer. Sua responsabilidade em ser mãe se restringe às crianças e bebês.
Começa antes, até, na própria fecundação, na gênese do novo ser, mas não no seu
desenvolvimento como adulto. Oxum também tem como um de seus domínios, a
atividade sexual e a sensualidade em si, sendo considerada pelas lendas uma das
figuras físicas mais belas do panteão mítico iorubano.
Segundo a
tradição ioruba, seu metal é o cobre – mas a correlação com o ouro não está
basicamente errada, pois, de acordo com os historiadores, o cobre era o metal
mais caro conhecido naquela região. Oxum portanto, gosta das riquezas
materiais, mas não numa perspectiva de usura nem uma mesquinhez de quem quer
ter riquezas para escondê-las.
A iniciação
(na Umbanda ou no Candomblé) é um nascimento e o poder da fecundidade tem de
estar presente, pois Oxum mostrou que a menstruação, em vez de constituir
motivo de vergonha e de inferioridade nas mulheres, pelo contrário proclama a
realidade do poder feminino, a possibilidade de gerar filhos.
Existem 16
tipos diferentes de Oxum, das quase adolescentes até as mais velhas, sendo
portanto 16 o número sagrado da mãe da água doce. Diz a lenda que as mais
velhas moram nos trechos mais profundos dos rios, enquanto as mais novas nos
trechos mais superficiais. Além disso, o fluir nada fixo da água doce pelos
diversos caminhos, a maneabilidade do elemento se manifestam no comportamento
de Oxum. Sua busca de prazer implica sexo e também ausência de conflitos
abertos – é dos poucos Orixás iorubas que absolutamente não gosta da guerra.
Oxum,
corresponde ao arquétipo grega Afrodite e como ela é um "Sol Glorioso"
que permanece brilhando em nossa cultura. Ser abençoada por Oxum significa que
a mulher sentirá plenamente à vontade com sua sexualidade e cultivará a vaidade
e a beleza como atributos femininos cheios de poderes.
É através de
seu espelho de duas faces que Oxum toma consciência de sua sensualidade. Ao ver
sua imagem refletida, a consciência de si nasce. Entretanto, o espelho serve
também, de escudo e arma que pode cegar ou aprisionar com seu reflexo.
Arquétipo
Oxum, como
Afrodite, usa seus atributos femininos para conquistar os homens, mas as
mulheres que possuem o arquétipo de Oxum muito ativo, são volúveis e
inconstantes e gostam de estar sempre atrás de coisas novas e imprevistas. Como
a Deusa, a mulher-Oxum não gosta de criar raízes, pois vê a vida como uma
aventura, preferencialmente com um final romântico. Escolherá sempre homens
sofisticados, instruídos e com bom saldo no cartão de crédito, pois ela adora
roupas finas, cabelos esvoaçantes, jóias e muitos adornos.
Mas, acima de
tudo, em todos os seus relacionamentos, a mulher-Oxum coloca o
"coração".
Sua beleza
física e interior pode ser um passaporte para muitos mundos, mas também
sobrevém-lhe uma palpável alienação. Uma vez que muitos homens a desejarão pela
beleza física e as mulheres a odiarão pelo mesmo motivo, muitas vezes a
mulher-Oxum poderá duvidar do seu real valor.
Graças ao seu
talento em manobrar os sentimentos e os projetos criativos no homem, a
mulher-Oxum pode despertar o "anima" (princípios femininos) do homem.
Quando o homem começa a entrar em contato com a sua "anima", a
mulher-Oxum passará a ser sua musa inspiradora, ajudando-o com novas idéias e
trabalho criativo.
A Deusa-Oxum
herdou ainda, as qualidades guerreiras da Deusa grega Ártemis, qualidades
essas, possivelmente decorrentes do meio em que vivia e de ter sido casada com
um Deus da Floresta e da Caça, com quem teve um filho. Como Deusa-Guerreira,
Oxum protege os rebentos dos animais e as crianças humanas.
Como
guerreira, Oxum desenvolve seus princípios masculinos "animus",
despertando-lhe um amor intenso pela liberdade, pela independência e autonomia.
Oxum passa então a ser "A Bela que é Fera", pois brigará e lutará
para preservar sua liberdade. Engolindo suas lágrimas, ela seduzirá seus
adversários, planejando vinganças pelas humilhações que lhe fizeram passar.
A energia
arquetípica da associação Ártemis-Oxum fazem com que as mulheres se sintam
perpetuamente jovens, não permitindo que percorram o caminho que as conduzirão
à maturidade. Esse é um período importante, pois é a essa altura da vida que
nos permitimos ajustes e adaptações. Entretanto, a mulher Deusa Oxum, amante da
natureza e de sua liberdade psique, terá muita dificuldade de descobrir que ela
é, se não se permitir amadurecer.
A maior chaga
da mulher-Oxum é a dor da alienação, pois muitas vezes ela sentirá desprezo por
valores e formas da sociedade convencional. Ela se sentirá magoada com nossa
sociedade patriarcal que não consegue conter a ferocidade de seu espírito e nem
reconhecer plenamente seus belos dotes de mulher.
O arquétipo
psicológico associado a Oxum se aproxima da imagem que se tem de um rio, das
águas que são seu elemento; aparência da calma que pode esconder correntes,
buracos no fundo, grutas - tudo que não é nem reto nem direto, mas pouco claro
em termos de forma, cheio de meandros. Os filhos de Oxum preferem contornar
habilmente um obstáculo a enfrentá-lo diretamente, por isso mesmo, são muito
persistentes no que buscam, tendo objetivos fortemente delineados, chegando
mesmo a ser incrivelmente teimosos e obstinados.
A imagem doce,
que esconde uma determinação forte e uma ambição bastante marcante, colabora a
tendência que os filhos de Oxum têm para engordar; gostam da vida social, das
festas e dos prazeres em geral.
O sexo é
importante para os filhos de Oxum. Eles tendem a ter uma vida sexual intensa e
significativa, mas diferente dos filhos de Iansã ou Ogum.
Os filhos de
Oxum são mais discretos, pois, assim com apreciam o destaque social, temem os
escândalos ou qualquer coisa que possa denegrir a imagem de inofensivos,
bondosos, que constroem cautelosamente.
Na verdade os
filhos de Oxum são narcisistas demais para gostarem muito de alguém que não
eles próprios – mas sua facilidade para a doçura, sensualidade e carinho pode
fazer com que pareçam os seres mais apaixonados e dedicados do mundo.
Faz parte do
tipo, uma certa preguiça coquete, uma ironia persistente porém discreta e, na
aparência, apenas inconseqüente. Verger define: O arquétipo de Oxum é o das
mulheres graciosas e elegantes, com paixão pelas jóias, perfumes e vestimentas
caras.
Até um dos
defeitos mais comuns associados à superficialidade de Oxum é compreensível como
manifestação mais profunda: seus filhos tendem a ser fofoqueiros, mas não pelo
mero prazer de falar e contar os segredos dos outros, mas porque essa é a única
maneira de terem informações em troca.
Fonte de
Pesquisa:
http://www.rosanevolpatto.trd.br/deusaoxum.htm
http://guardioesdaluz.com.br/oxumafro.htm
http://www.umbandaracional.com.br/oxum.html
Fonte:
http://umbandasemmisterio.blogspot.com.br/2006/12/ai-ei-ei-mame-oxum.html
Resumo de
acordo com o Lar Mensageiros de Maria
Sincretismo:
N. Senhora Aparecida
Sua cores:
Amarelo ouro e dourado
Saudação: Ora
iêiê ô! Deriva do irorubá "Oore
yèye" que significa "benevolente mãezinha". "Ora iêiê
ô", seria "Salve benevolente mãezinha!" ..
Seu dia:
Sábado
Oferenda: Ovos
cozidos, flores amarelas, velas amarelas
Elemento: Água
doce
Habitat: Rios
e Cachoeiras
Festa: 12 de
outubro, Dia de N. Senhora da Aparecida, com quem está identificada.
Metal: Cobre e
Ouro
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