Quem é?
YEMANJÁ:Ye + omo + eja = mãe dos filhos peixes, ou,
Yèyé omo ejá (Mãe cujos filhos são peixes). Rege a maternidade, e é a mãe dos
peixes que representam fecundidade.
YEMANJÁ é considerada mãe de todos os demais ORIXÁS
OGUM, XANGÔ, OBÁ, OXOSSI e OXUM que nasceram de caso ilícito que teve com IFÁ.
NANÃ como vimos, é mãe de OMULU e OXUMARÉ. YEMANJÁ, por sua vez, filha de
OLODKUN, ORIXÁ masculino em BENIN, ou feminino em IFÉ, sempre do mar. No
Brasil, é muito venerada, e seu culto tornou-se quase independente do
CANDOMBLÉ. É representada como uma sereia de longos cabelos pretos.
História
ou lendas
YEMANJÁ era uma deusa do rio de igual nome, que
banha o território da nação iorubana de Egbá. As guerras fizeram com que o povo
dessa nação fosse tangido para as margens do rio Ogun, cujo nome nada tem a ver
com o orixá do ferro e das artes manuais. E foi deste rio que a grande iyabá
partiu, para ser rainha do mar.
Mitos nagôs explicam como Yemanjá, graças a poderes
mágicos, foi morar no oceano, reino de Olokun, seu pai. Aliás, essa mudança de
deusa fluvial em deusa marítima tem sua implicação sociológica. O homem, como
explorador, principiou, em rudes canoas, a singrar as águas dos rios; só muito
mais tarde se aventuraria a enfrentar o desconhecido, na estrada larga do mar.
Ensina Verger que o grito com que se saúda a deusa –
odô iyá! Significa "mãe do rio". Reverencia, pois, uma divindade
fluvial. Ainda segundo Verger, o nome YEMANJÁ vem do iorubá yeyê ama ejá,
"mãe cujos filhos são peixes".
Em Cuba o nome permaneceu o mesmo que o do rio
africano onde a deusa nasceu. Por que, no Brasil, ganhou um "n" após
o primeiro "a", transformando-se em Iemanjá? Simplesmente por uma
certa tendência, em nossa língua, de uma consoante nasal provocar o
anasalamento da vogal seguinte.
MÃE DOS ORIXÁS?
Na África, as esculturas com a efígie de Iemanjá
mostram uma mulher de seios exuberantes, símbolo de fecundidade. Essa opulência
mamária, no entanto, não justifica conhecido mito teogônico em que Iemanjá é
apontada como a mãe de todos os orixás.
Narra tal mito que da união de Obatalá e Odudua
nasceram Aganju, a terra firme, e Iemanjá, as águas. Os dois irmãos também se
unem e geram Orungã, o ar, o espaço entre o céu e a terra.
Orungá apaixonou-se perdidamente por sua mãe,
Iemanjá. Um dia em que pai estava ausente, ele a raptou, violou e propôs
continuassem às ocultas o amor incestuoso. Iemanjá, desesperada, desprende-se
dos braços do filho, mas ele a persegue. Quando o Édipo iorubano está prestes a
alcançá-la, Iemanjá cai morta, de costas. Dos seios enormes nascem dois rios,
que adiante se unem formando um lado, o lago Iemanjá. Do ventre desmesurado,
que se rompe, nascem os orixás: deuses das atividades de subsistência, como
Okô, da agricultura e Oxosse, da caça; e Xangô, deus do trovão, Ogun, do ferro
e das artes manuais, Dadá, dos vegetais; e Olokun, do mar, Oloxá dos lagos,
Okê, das montanhas; e as deusas dos rios nigerianos Oxun e Oiá(Niger); e
Xankpanã, da varíola, Ajê-Kalagá, da saúde, Orun, o sol, Oxu, a lua.
O mito, que não inclui Exu e Ifá, duas divindades da
mais alta importância, é contestado pela autoridade de Pierre Verger, que
afirma jamais tê-lo encontrado na África. A história foi inventada por um
missionário, o padre R.P.Noel Baudin (1884) e teve a sua perpetuidade garantida
pelo ilustre coronel A B.Ellis, autor de um livro famoso. O mito, repetido por
Ellis, foi citado por Nina Rodrigues, com a ressalva, porém, de que jamais o
encontrou na Bahia, onde os negros que professavam o culto iorubá ou declararam
que o desconheciam ou contestaram sua existência.
Em outra versão, contam que Yemanjá é filha de
Olokum, a Senhora dos Oceanos, e que foi casada com um homem poderoso com quem
teve dez filhos. Um dia, cansada de sua permanência em Ifé, foge na direção
oeste, levando consigo uma garrafa que havia ganho certa vez de Olokun,
contendo um misterioso preparado, a qual ela deveria quebrar jogando ao chão
quando estivesse em perigo.
Iemanjá instalou-se em Abeokutá (seria uma alusão à
migração da nação Egbá). O marido lança seu exército em busca de Iemanjá, com o
objetivo de trazê-la de volta a Ifé. Quando se vê cercada, ela não se entrega,
mas segue os conselhos de Olokum e quebra a garrafa.Imediatamente forma-se um
rio, que a leva para Okun, o mar, morada de Olokum.
Deusa da foz dos rios e quebra-mares, a rainha dos
mares, como é conhecida, é ciumenta mas não demonstra, preferindo aguardar a
hora da revanche. É poderosa e atraente e quando invocada por quem realmente a
conhece, propicia favores e ajudas inestimáveis.
Tem a grande capacidade da mãe que sempre atende a
um filho, que geralmente caracteriza-se por ser pessoa voluntariosa.
Filhos
de Yemanjá
Arquétipo dos filhos:
Os filhos de Iemanjá são fortes, altivos, rigorosos,
algumas vezes impetuosos e arrogantes, facilmente irritáveis, mudam de humor de
um instante para o outro; são capazes de perdoar uma ofensa mas não de
esquecê-la. São sérios, maternais e preocupados com os outros.
Maternais, amorosas, inteligentes, disponíveis,
trabalhadoras, sensitivas, bonitas, corajosas, sutis, elegantes.
Manhosas, choronas, faladeiras, nervosas,
revoltadas, dissimuladas.
O tipo psicológico dos filhos de YEMANJÁ é
imponente, majestosa e belo, calmo, sensual, fecundo e cheio de dignidade e
dotado de irresistível fascínio (o canto da sereia). As filhas de YEMANJÁ são
boas donas de casa, educadoras pródigas e generosas, criando até os filhos de
outros (Omulu). Não perdoam facilmente, quando ofendidas. São possessivas e
muito ciumentas. YEMANJÁ, por presidir a formação da individualidade, que como
sabemos está na cabeça, está presente em todos os rituais, especialmente o
BORI.
Têm o sentido da hierarquia, fazem-se respeitar e
são justas mas formais; põem à prova as amizades que lhes são devotadas,
Preocupam-se com os outros, são maternais e sérias. Sem possuírem a vaidade de
Oxum, gostam do luxo, das fazendas azuis e vistosas, das jóias caras. Elas têm
tendência à vida suntuosa
Suas
características de simbolização e admiração
Seu maior símbolo..................âncora, barco,
peixe, remo.
suas plantas................................colônia,
aguapé, lágrima de Nossa Senhora.
seu dia....................................sábado
sua cor....................................cristal,
azul claro
seus símbolos...........................leque
(abebé) com sereia, concha
seu mineral..............................prata
seus elementos.........................água
saudação..................................Odôyabá!
Odó Iyá !
Domínios:..................................mar
comidas:...................................peixe,
camarão, canjica, arroz, manjar; mamão.
Dia de sua comemoração
............................ 08 de
dezembro, dia de Nossa Senhora da Conceição, com quem está sincretizada.
Oferendas ..............................Yemanjá gosta
muito de flores e é costume oferecer-lhe sete rosas brancas abertas, que são
jogadas ao mar para agradecimento.
Informações tiradas do site: http://espadadeogum.blogspot.com.br/2009/12/iemanja-rainha-do-mar-festa-na-praia.html
Vídeo legal fala muito
sobre as características Dela. Bela homenagem. E de quebra, uma canção de
marujo. Tudo a ver.
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