sábado, 31 de agosto de 2013

Hábitos, vícios e mediunidade




A mediunidade a serviço do Bem é incompatível com certos hábitos e com toda espécie de vícios. A mediunidade de cura carrega uma grande responsabilidade diante dos enfermos. O médium viciado, por meios que escapam até mesmo à sua sensibilidade, transfere para o doente o miasma oriundo dos vícios,aquele magnetismo inferior que representa uma doação imprestável.O cigarro, adotado por certos homens como distração, passa a dominá-los como necessidade e avança ainda mais, ficando na escala dos vícios. O homem, esse grande ser dotado de inteligência e razão,que domina todas as coisas, é dominado, dependendo, para viver, desse ato inferior para o qual arruma mil desculpas sem fundamentos, que lhe permitam sustentar a sua inferioridade e desrespeitar os que não usam o fumo. O fumo não faz mal somente ao físico. Atinge, por meios sutis, outros corpos que o espírito usa. Não estamos combatendo nada, estamos apenas mostrando o que, por vezes, escapa ao entendimento de muitos.A intriga, muito comum nos meios humanos e que pertence a variadas escalas, perturba a função mediúnica, distorcendo as forças do bem, e impedindo que o fluido cósmico, na sua candidez, viaje por todos os centros de forças encravados no corpo espiritual com o seu seguro desempenho. O álcool em excesso, além de provocar ruptura em delicadas membranas protetoras que separam o mundo espiritual do mundo físico, desativa e retarda as vibrações do centro energético esplênico, interrompendo a distribuição de forças vitais a todo o organismo, impedindo as próprias glândulas endócrinas da fabricação adequada de hormônios, elementos indispensáveis à vida humana, além de outras responsabilidades que têm esses instrumentos louváveis do corpo humano.O centro de força esplênico irradia uma luz rosa encantadora no homem dotado de equilíbrio, que já aprendeu a cultivar as virtudes mencionadas pelo Evangelho de Jesus. Tais virtudes devem ser cultivadas pelo médium, consciente desses tesouros que Deus concedeu a todos. O desinteresse pelo Bem,principalmente da comunidade que o cerca, trava as pétalas de luz de alta velocidade do centro coronário -que, nos espíritos evoluídos, se manifestam com policromias indescritíveis - e este se escurece pelo que recebe da mente viciada e sem disposição para a caridade e o amor.O sexo em demasia, canalizado pela distorção da mente eivada de pensamentos inferiores,embrutece a área dos sentimentos, e o centro cardíaco, que no homem de bem desprende luzes de um amarelo mesclado com azul celeste, no sexualista exagerado passa a soltar um vermelho de cor destonante pela violência que recebeu dos impulsos inferiores. A maledicência e o humor picante são vícios terríveis que igualmente modificam todo o sistema de irrigação vital, que acompanham o grande rio sanguíneo, na sua manifestação de vida em todo o complexo humano.Não nos parece necessário falar mais dos desvios da mediunidade, pois pelo que já vimos, podes deduzir as conseqüências das outras no campo mediúnico. A iniquidade é campo fértil para a desarmonia, e a desarmonia é festa para as sombras. Se o companheiro ainda não tem forças para se libertar dos hábitos incômodos e dos vícios perniciosos, não intentes, por enquanto, desenvolver teus dons espirituais, porque uma coisa não pode se misturar à outra, para que não advenham terremotos internos e conflitos incompreensíveis. Todavia, para tudo existe solução e esta se encontra no trabalho da caridade, desde que não se exija nada em troca, pelo teu dever de ajudar aos teus irmãos carentes.Faze-te companheiro do bom livro, que ele te orienta, e torna-te amigo de homens que se entregaram à reforma moral, que eles vão ajudar-te nos primeiros passos na senda da verdade. Tudo o que procuras existe dentro de ti, até o próprio céu.Os vícios somente prendem e usam seu poder sobre os inferiores, que neles se deliciam das coisas transitórias, por desconhecerem as belezas eternas que as virtudes restabelecem nos corações.Se és médium curador, procura analisar a tua vida. Mas faze isso todos os dias e exige de ti mesmo uma mudança, se for o caso. Aquela que obedece à lei da harmonia, mas que nunca pára de modificar para melhor.A missão da criatura que já se libertou das inferioridades morais é ajudar aos outros no silêncio dos exemplos, com o mesmo sorriso e a mesma dedicação dos discípulos do Mestre, quando chamados por Ele a servir de instrumentos de educação para a humanidade. Sê um deles na feição que te agrade trabalhar.Faze tudo com amor, que o amor tem a força de transportar todos os vícios, lançando-os para fora, e instalando a luz no seu mundo interno, para que viceje a verdadeira felicidade no centro de teu coração e nele nasça o Cristo, convidando-O para o banquete de luz, na luz de Deus. Longe de nós incentivar o fanatismo. Apenas procuramos irmãos de boa vontade para o equilíbrio das nossas forças espirituais, dominando os instintos animais que, porventura, queiram nos impedir na conquista da nossa liberdade. O médium que ainda não se esqueceu dos vícios, anda com passos largos para as casas de alienados mentais, onde vai aprender pela dor o que não se dispôs a conquistar pelo amor. Àquele que quer se renovar interiormente não lhe faltarão as mãos benfeitoras da espiritualidade maior, amparando-o em todos os seus esforços, como bênçãos de Deus e como misericórdia de Jesus aos filhos que pedem a melhoria não só com palavras, mas com os próprios esforços. Vamos dar-nos as mãos, espíritos e homens, com lealdade, para melhor compreendermos o Evangelho do Mestre e, nessa sintonia dos nossos corações com Ele, nada mais teremos a esperar, senão a luz.




Fonte: Segurança Mediúnica – Miramez
Curtir · Compartilhar · 29 de agosto

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